26 de junho de 2010

Verônica - o filme

Esse filme passou despercebido no cinema e portanto não fez o mesmo sucesso que Divã, Se fosse você 2 etc. E eu lamento por isso, porque é um filme excelente. Lembro-me que quando assisti ao trailer no cinema, de cara eu pensei “esse filme é bom e eu quero ver”. Entrou em cartaz, e eu não vi. Mas agora tive a oportunidade de alugar e não me decepcionei.

Ok, em princípio ele pode lembrar um “Central do Brasil” versão 2010. Mas muito além que a imagem da professorinha desiludida e infeliz, e um garoto pobre sem futuro, a trama é dinâmica (beeeem diferente de Central do Brasil), o roteiro é instigante e a interpretação de Andrea Beltrão é um talento a parte. Ela simplesmente é fantástica no papel da professora guerreira.

O filme fala SIM de pobreza, tráfico, policiais corruptos, Rio de Janeiro violento, decadência do ensino público, etc etc etc... porém é a realidade com cara de cinema. Sinto falta de filmes nacionais com esse ritmo de filme policial e suspense e, claro, bem feito.

A história conta o drama de uma professora da rede municipal, exausta e sem paciência, que se vê envolvida em uma sinuca de bico. Depois de um dia de trabalho, ninguém vem buscar um de seus alunos. Sem outra solução, ela resolve levar o garoto para casa dele, quando descobre que seus pais foram assassinados. Então, mais uma vez sem saída, ela leva o garoto com ela, sem saber que ele é uma bomba relógio.

22 de junho de 2010

Infinito enquanto dure? (parte 1)

Existe relacionamento para vida toda? Li uma reportagem na Superinteressante (edição 278, mês maio 2010) em que defende-se a tese de que qualquer relacionamento tem prazo de validade. E mais: a maioria dura sete anos. Os motivos? Quando a rotina atrapalha, a monogamia deixa de fazer sentido para o corpo e por aí vai. A explicação passa até pelos antepassados.

Vamos lá: segundo a matéria, a natureza inventou três mecanismos cerebrais que controlam o amor nos seres humanos: luxúria (desejo sexual), paixão/romance e ligação. O primeiro depende da quantidade de hormônio testosterona. O segundo é alimentado pela dopamina. Já o terceiro é criado pela ocitocina (mulher) e vasopressina (homem). Esses três sistemas são independentes entre si, porém, ao mesmo tempo, podem interferir uns com os outros. Ou seja, o sexo bom pode provocar a paixão que, por sua vez, cria ligação.

Enquanto essa primeira fase do romance equivale ao período da paixão, quando tudo são flores, já a segunda prevalece a rotina, quando quase nada é surpreendente na vida do casal. Até o apetite sexual diminui, o que desenrola uma série desencontros. Por último, chega a fase do término, quando nada mais combina. Agora, olha a “explicação” científica ou antropológica para isso:

“Para entender, é preciso voltar no tempo e fazer um passeio pelas savanas africanas, 3 milhões de anos atrás. O homem caçava e protegia a família. A mulher cuidava dos filhotes. Mas, em determinado momento, os casais se separavam. O objetivo da família nuclear – nome técnico que os antropólogos dão ao conjunto de pai, mãe e filhos – era garantir que o homem ficasse por perto tempo suficiente para criar o filhote. Somente isso. Quando o filhote já estava crescidinho e não exigia atenção integral da mãe, o pai estava livre para ir embora e procurar outras fêmeas para procriar. É daí que vem a chamada crise dos 7 anos. Esse é o período necessário para que uma criança se torne minimamente independente”. Será que cola essa explicação? Será que o ser humano não evoluiu o suficiente para discernir que fidelidade e companheirismo estão acima de qualquer sentimento, digamos, selvagem, ou irracional?

Pois bem, outro ponto interessante dessa matéria: com ou sem ciúme (sentimento que tenta preservar a monogamia), a verdade é que boa parte dos relacionamentos está destinada a acabar E mesmo assim o ser humano não está preparado (como também a morte do próximo) para esse momento da separação. O cérebro se acostuma com a pessoa amada, então reage de diversas maneiras: desde o sofrimento físico e emocional (a pessoa se sente frustrada, arrasada, depressiva etc.), até a fase da raiva ou da aceitação. Vale ressaltar aqui a definição de ódio (versus amor): “é uma defesa do organismo para nos fazer seguir em frente”.

De tudo isso, eu penso que se há uma razão científica para explicar o fim de relacionamentos, por que as pessoas acreditam em amor eterno? Será que isso virou utopia? Ou a ciência insiste em criar teorias, fundamentos, fórmulas e razões para tudo? Prefiro continuar pensando como o matemático Blaise Pascal: “o coração tem razões que a própria razão desconhece”.

17 de junho de 2010

As vaidades humanas


“Você sabe com quem você está falando?”. Essa vergonhosa frase é bastante conhecida e temida por muitos. Mas além de achar prepotente, ela soa superior, coisa que nós, seres humanos, não somos definitivamente. Acho incrível como as pessoas, digamos, mais instruídas (e que tiveram boas oportunidades na vida) utilizam para passar por cima do próximo. Infelizmente essas criaturas esquecem a verdade absoluta tanto na lei do homem (muitas vezes falha), quanto na Lei Divina: Todos somos iguais.

Parece estranho repetir o senso comum, mas para maioria não é. Para os mais oprimidos, a ignorância lhe faz pensar que qualquer “culto” torna-se “doutor”. E por sua vez, para os doutores (só os que fizeram doutorado), essa formação não permite que sejam superiores a ninguém.

O que mais se escuta em um primeiro diálogo é: “este é fulano, doutor em blábláblá, presidente do glugluglu, catedrático em fufufu, já esse aqui é especialista...”, e por aí vai. Antes de ser tudo isso, ele é um ser como outro qualquer, com os mesmos defeitos e qualidades de um semelhante.


E sem querer, querendo, nós absorvemos essa forma de agir e pensar e, quando nos percebemos, estamos tratando o fulaninho como o respeitável doutor e o Zé das Couves como um qualquer. Não é de hoje que conheço essa frase: “quer conhecer alguém de verdade, mesmo sendo seu melhor amigo? Observe como ele irá tratar um garçom”. E é a pura verdade. Mesmo as pessoas mais simpáticas e carismáticas que conhecemos e achamos amigas, muitas vezes nos decepcionam quando percebemos essas destratando um garçom, um porteiro ou mesmo a sua empregada doméstica. “Ela tem que saber o lugar dela”. Que história essa? Qual é o “lugar” dela? Então tratamos as pessoas conforme sua posição social, sua formação (ou falta dela) e ocupação profissional?

“Gentileza gera gentileza”. Virou clichê a frase dita pelo “profeta” Gentileza, sendo estampada até camisetas na cidade do Rio. Mais uma vez, infelizmente, não é isso que presenciamos no nosso cotidiano. As pessoas não têm mais paciência com ninguém. São todos uns mal educados, grossos e prepotentes, quando não querem passar a imagem de “espertos’, furando a fila do banco, conseguindo vantagens, entrando nos lugares “exclusivos” por conhecerem alguém influente etc.

A vaidade humana é um dos males mais perigosos. Digo isso porque ela é invisível aos olhos vivos. É muito mais fácil perceber a maldade, a inveja, a violência do homem do que a vaidade. Ela está nos pequenos atos do dia-a-dia, nos diálogos entre chefes e subordinados, velhos e jovens, e principalmente entre ricos e pobres. 


No meio acadêmico chega ser patético. Primeiro porque os doutores da ciência se preocupam muito mais em mostrar superioridade intelectual do que ensinar e passar a própria experiência aos que querem aprender. Todos querem ser Ph.Deuses, buscam cargos importantes e disputam prestígio no meio, com reputação do nome e sobrenome. Segundo que esses esquecem que toda sabedoria e competência devem servir de verdade para o progresso da ciência e da humanidade – ou seja, para o bem maior – e não para o próprio umbigo.

Não sou contra (em absoluto) que cada pessoa busque crescer profissionalmente na vida. E para isso, o estudo é único, fundamental. Já diz minha mãe que a melhor herança a ser deixada por ela é a formação que ela pôde me proporcionar durante minha juventude. Dinheiro se gasta, cultura se perpetua. Entretanto, a busca pela boa formação não pode ser encarada como uma corrida ao egocentrismo, ao quem pode mais, manda mais e se entrega ao mundo da arrogância e da vaidade. Já ouvi pessoas muito próximas dizerem “quero passar para um bom emprego público, para ganhar muito, trabalhar pouco e torrar o dinheiro em luxo e riqueza”. Pobres de espírito.

Essas pessoas não têm idéia (ou fingem que não têm) como ferem o próximo com seus atos e preconceitos. A pior sensação do ser humano é se sentir rebaixado, humilhado e inferior. Somos criados para sermos competitivos o tempo todo, querendo ou não. “Não basta ser bom, tem que ser o melhor”. E quando não conquistamos esse pódio de número um na vida, nos sentimos um merda (desculpa o termo chulo), um fracassado, um nada. Então, para “ser alguém na vida”, com Nome e Sobrenome reconhecido, você tem que buscar a perfeição, ser o máximo, o poder em pessoa. Isso muito me assusta. Assusta por não saber onde tudo isso vai acabar, que seres estamos formando, que gerações irão construir o progresso necessário do nosso planeta. Alguém ouviu dizer em Caridade, Abnegação, Humildade, Amor ao Próximo, Doação?

16 de junho de 2010

Estádio Jornalista Mário Filho


Nunca liguei para futebol, não sou fanático pelo flamengo e confesso que só em tempo de Copa do Mundo (como atualmente) eu paro para assistir a um jogo. Mas o pretexto para escrever esse post é sobre um dos pontos turísticos mais badalados do Rio de Janeiro. Para um país que é conhecido pelo seu carnaval, samba e futebol, nada mais representativo ter o Maracanã como um desses pontos mais importantes.

O Maracanã completa hoje 60 anos com slogan “60 anos bem jogados e muita emoção pela frente”. A comemoração inclui uma mostra com relíquias e fotos importantes, além de iluminação especial.


Mesmo não tendo essa paixão toda por futebol, o que significa que fui pouquíssimas vezes assistir jogos por lá, eu tenho uma relação com o famoso estádio. Primeiro começando pelo nome. Estádio Mário Filho. Desde garoto, sempre ouvi piadinhas em referência ao meu nome e até certa maneira tirava onda em dizer que o nome do estádio era uma homenagem a minha pessoa. Na época do colégio, tive um professor de educação física que só me chamava de Maracanã enquanto fazia a chamada da turma.

Para quem não sabe, Mário (Rodrigues) Filho – o original – foi um importante jornalista esportivo que adorava futebol e um dos fundadores do Jornal dos Esportes. Além disso, ele foi irmão do também jornalista (e mais conhecido) Nelson Rodrigues e, numa família de jornalistas (o Mário pai foi o primeiro a começar a saga de jornalistas), Mário Filho se destacou como especialista em jornalismo esportivo. Mais um detalhe: eu também sou jornalista (mas estou longe de ser especialista nesse assunto!).

A segunda coisa é o fato de eu morar muito próximo ao estádio e passar por ele quase diariamente. Ou seja, morar perto de um dos “templos mais importante do futebol brasileiro” tem lá seu valor, porque querendo ou não você vivencia essa história o tempo todo. Lembrando também que o Complexo do Maracanã não é só um estádio de futebol. Ele concentra um dos maiores centros esportivos do mundo (já foi considerado o maior estádio do mundo). Além do campo de futebol, há o Ginásio do Maracanãzinho, famoso pelos jogos de basquete e vôlei, o Parque Aquático Julio Delamare e a Pista de Atletismo Célio de Barros. O entorno do estádio também é muito freqüentado pelos adeptos do exercício físico! – eu inclusive costumava correr algumas voltas por lá (cada volta cerca de 1.800 metros).

Mas o que mais me recordo desse estádio foram os eventos nada esportivos que ocorreram por lá. Para recordar a infância, lembro da famosa “chegada do papai Noel” que descia de helicóptero e era sensacional para crianças. Além disso, ia quase todas as apresentações de Holiday On Ice no Maracanãzinho, sensacionais! Fiz até simulado para vestibular no Maracanã lotado de estudantes estressados na época.

Já fui a dois grandes shows no gramado o que dá uma sensação muito legal quando você olha de baixo para cima, ou seja, da visão dos jogadores para o público na arquibancada. Ah sim, os show foram The Police (dezembro de 2007) e Madonna (dezembro de 2008). Sem esquecer também da belíssima cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos em 2007. (essas datas me assustam, porque parece que foi ontem que isso aconteceu!).

Vale a pena também conhecer a exposição permanente do Museu do Futebol, muito bem organizado (e que nada perde para o espaço do Estádio Santiago Bernabéu, do Real Madri).
 

14 de junho de 2010

Para comemorar o dia a dois


Era para ter postado um texto sobre o Dia dos Namorados antes, mas como não fiz a tempo, aproveito para escrever como foi a comemoração (ou parte dela!).

Lembrando que desta vez eu comemorei SIM o dia dos namorados, ao contrário do ano passado que tive o casamento de uma amiga. Não costumo escrever no blog um diário das minhas atividades cotidianas, até porque não é o objetivo deste Rascunho aqui! Mas acho que pela programação vale a pena...

Eu queria assistir a uma peça de teatro, para sair do lugar comum: “cinema-jantar-etc-e-tal”. Recebi um e-mail do site Peixe Urbano com oferta de uma peça por um preço bem interessante. Para quem não conhece, esse site Peixe Urbano oferece quase diariamente promoções variadas (desde serviços de beleza até shows, peças etc), e para a promoção acontecer, deve ter um número mínimo de participantes (compradores). Atingindo esse número, você recebe um e-mail confirmando a compra do produto e o período de troca do cupom. No meu caso, eu achei arriscado, porque eu não tinha certeza se iria ou não conseguir ir ao teatro no sábado dia 12, mesmo efetuando a compra dos ingressos. No final, deu tudo certo e conseguir trocar a tempo os cupons para dois ótimos lugares no sábado.

A peça foi “Os homens querem casar. As mulheres querem sexo”, com ator Carlos Simões, interpretando Jonas – um solteirão em busca da mulher ideal para casar. A comédia tem uns lances legais, mas está longe de ser super engraçada. Confesso que sou muito chato com esse tipo de peça (são poucas peças de comédia que realmente me fazem rir!). Mas valeu para o início da noite fria (quase congelante!) do Rio.

De Ipanema, partimos para famosa Lapa, mais especificamente no tradicional Clube dos Democráticos! Por lá, estava rolando “Orquestra Republicana” (não é Orquestra Imperial, aliás, bem menos conhecida!). O repertório misturava samba, choro, forró, e outras especiarias musicais brasileiras! Para esquentar a noite, muita dança a dois e rostinho colado! Aliás, programação boa é sair para dançar a dois, mesmo para quem não curte dança de salão. Para quem prefere boate, é válido também. O problema que o clima de pegação e azaração pode atrapalhar um pouco...

Mesmo sabendo que é um dia comercial, não tem como deixar de entrar no clima e não comemorar o dia bem acompanhado. O desafio é saber o que fazer no dia, para não tornar um programa de índio, e perder horas na fila dos lugares nem pegar lotação em outros.

Bem, como adiantei lá em cima, só escrevi parte da comemoração. O resto fica para imaginação alheia!

9 de junho de 2010

Uma declaração de amor

“Tu és divina e graciosa, estátua majestosa no amor por Deus esculturada (...) És mãe da realeza, és tudo enfim que tem de belo em todo resplendor da santa natureza”.

Hoje venho dedicar essa belíssima letra a minha amada mãe como verdadeira declaração de amor. Quando me refiro a figura materna, lembro da imagem sublime de Maria carregando em seus braços o pequeno Jesus, com seu manto protetor e aconchegante. É exatamente essa imagem de benevolência, entrega maior e amor imensurável que me faz “iconizar”, se assim posso definir, a figura materna. E é como vejo em vários momentos a minha, com sua dedicação infinita em prol da felicidade não só de seus filhos, mas de toda a família. Abnegação e doação – talvez fossem essas as palavras que a definissem melhor, por tudo que já passou e por ainda passa.

Sua fortaleza transparecida talvez oculte uma fragilidade escamoteada, pois sabemos que nenhuma mulher (nem homem) é capaz de enfrentar desafios tão pesados sem ao menos tropeçar. “Sorri vai mentindo a tua dor, e ao notar que tu sorris, todo mundo irá supor que és feliz”. Não é fingimento. Ao contrário, é real! Digo isso porque sei que apesar das tristezas inerentes da vida terrena, está a certeza na verdadeira felicidade “que não está nesse mundo”. E ela mais que ninguém acredita nisso, por isso enfrenta qualquer dor como prova divina, responsável pelo seu crescimento espiritual necessário. Afinal, estamos todos aqui para aprender, seja na alegria, seja na tristeza.

Entretanto não é de pedras no caminho que desejo refletir agora.

Minha declaração vai para a mulher que me criou, educou e mostrou o caminho do bem. Mais que isso, me definiu e consolidou o ser humano que sou hoje. Não perfeito (longe disso), mas na busca dela, como todos nós deveremos buscar. É de sua coragem que criei a minha. É de sua educação e sabedoria, que formei a minha. É de seu amor fraternal, que absorvi e construí o meu. E dessa fonte beberei até quando Deus assim me permitir. Peço a Ele sempre para que a proteja de qualquer mal, abençoe sempre sua estrada, ilumine sua trajetória, e que dê forças para nunca abalar sua fé. Seu sorriso é meu maior presente, assim como sua lágrima é a minha maior melancolia. Seu afago é meu conforto, minha proteção. Suas palavras são minhas cartilhas. Seu ser é minha fortaleza. Sinto-me um privilegiado, por ter, dentre tantos espíritos afins, o mais sublime perto de mim e ainda poder chamá-lo de mãe. Te amo!

Parabéns!

3 de junho de 2010

Multifuncional


Você é contratado para escrever. Ponto. Não importa o que se escreve - do discurso do presidente até nota de falecimento. No início, você só escreve. Até que um dia...

- Você pode fotografar o evento de hoje? O nosso fotógrafo faltou.
- Claro, tudo bem.

Passa-se a escrever e fotografar. Um tempo depois, o designer fica doente, você improvisa o layout para o cartaz do evento. Logo depois o gerente pede para você melhorar a apresentação dele em PowerPoint para uma reunião importantíssima em dois dias. Então, você passa a escrever, fotografar, diagramar e preparar ppt.

- Semana que vem, iremos receber a visita do diretor financeiro, você pode nos auxiliar na recepção?
- Como?

Você acompanhou aquela e mais tantas outras visitas, além de escrever, fotografar, diagramar, preparar ppt. Até um dia que o publicador estava muito ocupado, então você escuta do seu chefe:

- Quando tiver uma matéria já pronta e não puder esperar alguém publicar, você mesmo pode aprender. É só mexer um pouco no Photoshop para acertar a imagem e a legenda, depois aprender o software de publicação na web e pronto!
- Ah... claro! Tudo bem.

Depois de um ano...

- Precisamos organizar a chegada o Presidente da Guatemala e sua comitiva aqui. Então, você pode elaborar um convite formal para enviar ao cerimonial, preparar a apresentação institucional na língua certa, receber os visitantes, tirar foto do encontro, escrever uma matéria sobre o evento, imprimir as fotos e em seguida colocar no porta-retrato para entregar no final da visita e publicar a matéria na homepage?
- Oi?

2 de junho de 2010

Casal moderno

- Mô, você já viu que uma lâmpada da sala queimou? 
- Já vi sim.
- E por que não trocou ainda?
- Não tive tempo.
- Aliás, o ventilador do quarto ainda precisa ser trocado, a descarga do banheiro ainda está quebrada e você ainda não chamou o técnico da máquina de lavar.
- Por que você não chamou o Zé para resolver isso tudo?
- Porque eu não casei com o Zé porteiro, Seu Zé... Mané.
- De “Mô” já virei Mané, valeu!

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- Linda, o que vamos almoçar no domingo? 
- Bem, temos três opções. 
- Opa, que maravilha! Quais são? 
- O cardápio da casa da sua mãe, ou cardápio da casa da minha mãe, ou o cardápio do restaurante.
- Eu não perguntei “onde” vamos almoçar, e sim “o quê”. 
- E o que você quis dizer? 
- Qual o prato que VOCÊ iria preparar aqui em casa.
- Meu bem, você acha que final de semana a Maria não tira folga? 
- O que a empregada deixou pronto na geladeira?

1 de junho de 2010

Tinha que ser com você - Filme


Sugestão de um filme bacana é “Tinha que ser com você”, uma comédia romântica digamos... da meia idade. Diferente de várias comédias românticas americanas, esse longa narra a história de duas pessoas já “maduras” que se encontram “por acaso” e têm pelo menos uma coisa em comum: a falta de uma boa companhia. Não necessariamente um amor arrebatador, avassalador, digno da puberdade, ou dos casais mais afoitos. Mas um relacionamento sereno, maduro, mas não deixando de ser apaixonante. Ela uma solteirona, sem filhos e com uma mãe dependente emocionalmente. Ele um divorciado, pai de uma filha que lhe troca pelo padrasto e com uma ex-mulher não muito receptiva.

Harvey Shine (Dustin Hoffman) é um compositor de jingles que está com o emprego em risco. Em um fim de semana ele viaja a Londres para acompanhar o casamento de Susan (Liane Balaban), sua filha, mas precisa estar de volta a Nova York na segunda, devido a uma reunião importante. Ao chegar, Harvey descobre que Susan escolheu Brian (James Brolin), seu padrasto, para levá-la ao altar. Aborrecido, Harvey decide deixar o casamento antes da recepção e parte para o aeroporto, mas perde o vôo. Com isso ele é demitido por Marvin, o que o leva até um bar para afogar as mágoas. É lá que conhece Kate (Emma Thompson), uma funcionária do Departamento de Estatísticas Nacionais que se sensibiliza por ele.

Acaba que um complementa o outro, nas suas histórias, nas suas experiências (ou falta delas) afetivas. O resultado é uma história interessante, quando eles apostam nessa oportunidade que a vida lhes deu.