A tristeza adoece a alma e o corpo. Faz bem chorar, para não
guardar mágoas, dores, angústias, raivas. Chorar pode evitar câncer. Afinal,
essa é uma doença que desenvolve nas “escuras”, guarda rancores da alma,
tristezas não curadas que acabam dominando o corpo. Um aborrecimento sério pode
trazer no futuro a doença maligna, que destrói em pouco tempo toda uma vida.
Se o oposto de tristeza é alegria, o melhor remédio então é
rir. Rir das besteiras da vida, da piada engraçada, da figura hilariante, dos
micos passados. Vale rir de si mesmo. Deboche de suas próprias atitudes, leve a
vida um pouco menos a sério.
Fazer amizades também ajuda viver mais alegre. Reunir os
amigos para um bom bate papo é sempre divertido. Quando há intimidade então, é
impossível não se lembrar de um episódio engraçado, ou passar por situações
bizarras que levam a gargalhadas.
A vida é cheia de momentos sisudos, formais, sérios. São
reuniões, audiências, congressos, estudos, projetos, prazos, metas, trabalhos.
Quando não somos surpreendidos com doenças, tragédias, incidentes. Mas o bom
humor é sempre fundamental. Não digo para contar piada em velório, mas não
vamos rezar o Pai Nosso em encontros formais, nem resmungar na fila do açougue.
Rir traz a leveza que o corpo necessita para subir a
montanha. Deixa o ambiente sereno, leve, descontraído. Faz as pessoas se
aproximarem mais de você, sem medo de levar um fora, ou ser mal educado.
Alegria gera gentileza também e quebra antipatias gratuitas ou falta de vontade
alheia.
Estar alegre é um estado de espírito que precisa ser praticado diariamente, mesmo em dias difíceis. É claro que felicidade
demais soa estranho. Ninguém é 100% feliz todo tempo. Convenhamos que chega ser
estranho quando deparamos com pessoas “simpáticas” e “solícitas” demais. A
velha desconfiança do ser humano de achar que alegria demais cheira falsidade.
Quantas pessoas parecem carregar um piano de cauda nas
costas permanentemente? Estão sempre lamentando de alguma coisa que falta na
sua vida, porém são incapazes de enumerar o que já possui. São pessoas que
exalam compaixão, pena, dor. Muitas se fazem de vítima da própria vida, porque
nunca procuram em si mesmo a solução de seus problemas. Costumam, geralmente,
culpar sempre alguém por isso.
Por outro lado, há aquelas pessoas que sempre queremos por
perto, não é verdade? Mesmo sabendo que a pessoa tem lá seus problemas, ela é
sempre positiva, está de bom humor, transmite simpatia e alegra o ambiente por
onde passa. Todos querem ser amigo dela, porque sabe que com ela não existe
“tempo ruim”.
Isso serve de auto-análise. Reflita como as pessoas lidam
com você. Buscar a alegria nas pequenas coisas não é se tornar bobo ou
infantil. Saber lidar e ajudar as pessoas não é se anular perante o próximo.
Quando a nuvem negra paira sobre nossa cabeça, acabamos afastando as pessoas,
sem querer, muitas vezes. Tornemos nossas vidas ensolaradas, mesmo quando o
tempo estiver acinzentado.
A última coisa que eu pensei em escrever este texto é que se
tornasse algo tipo “auto-ajuda”, com palavras vazias e mensagens generalizadas.
Apenas tive vontade de escrever sobre a arte de rir e fazer rir. Conheço
histórias de pessoas que se deixaram adoecer porque não souberam ou não
quiseram rir quando estavam saudáveis. Pessoas sisudas, que chegam a fechar o
semblante para falar, porque preferem lidar com distância com o próximo. Pessoas
que carregam o tal piano eternamente, sem ter consciência o quão
estorvo se tornam. Porém, antes delas, penso em mim mesmo e o quanto me faço
rir para não me deixar triste ou aborrecido pelos percalços do dia-a-dia.
2 comentários:
Bom, se depender de risadas já ganhei meu cantinho no céu! Eu rio até quando eu não devia! Hahahahahaha!
rir é muito bom. eu tou sempre de alto astral.
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