8 de março de 2008

Dia internacional da Mulher.

Parece mentira, mas em pleno século 21 devemos comemorar o Dia Internacional da Mulher pelo simples fato de que elas ainda não são iguais em direitos em relação ao homem. O mundo ainda é machista.

Ainda ouvimos histórias bárbaras de mulheres violentadas e discriminadas no Oriente Médio, na África e outros cantos do planeta. Cheguei a comentar em outro texto aqui sobre a vida quase desumana que mulheres viviam no período dos talibãs no Afeganistão, esquecidas pelo Estado e mal tratadas pelos maridos.

Mas infelizmente não precisamos ir tão longe para conhecer casos absurdos de maus tratos domésticos. Recentemente, conheci um caso de uma mulher, professora do ensino público, com filhos e netos, que apanhava do marido desempregado. Este, além de viver a custas dela, levava uma vida misteriosa, com negócios obscuros, que nunca quis sair de casa e sempre a ameaçou para que ela nunca o denunciasse. Ao contrário de mulheres ignorantes, que são “obrigadas” a conviver com este tipo de homem, esta além de ser independente, é instruída e conhece bem seus direitos. Mas o medo, a angústia, o pavor de ter seus filhos e netos ameaçados por este homem, sempre a forçou se manter calada. Depois de muitos acontecimentos quase trágicos, e com ajuda de amigos, ela denunciou para polícia federal e hoje ele já está fora de casa, longe dela.

Quantas mulheres ainda não vivem esta situação?

Por outro lado, o Dia Internacional das Mulheres serve também para homenagearmos aquelas mulheres que fazem a diferença. Mulheres que brigam pelos seus direitos, que lutam pela igualdade. Mais que isso, ensinam seus filhos o que é ser um verdadeiro cidadão, respeitando a mulher na sociedade. Muitas são matriarcas e, portanto, responsáveis pela base de uma família, a base da educação, do amor e respeito ao próximo, base da cidadania.

Não posso deixar de homenagear aquela que me deu a oportunidade de vida! Esta que me ensinou os valores morais desde cedo, entre eles, o de sempre respeitar a mulher, principalmente no casamento.

Essa falta de respeito e valorização da mulher advém da sociedade machista, arraigada há séculos. A própria mulher, por muitos anos, foi educada a aceitar, por exemplo, a infidelidade do homem, o papel de mãe e de dona de casa e até a submissão ao marido.

Esse tipo de educação não está tão ultrapassado assim. A mãe de uma grande amiga educou sua filha a deixar seu namorado transar com outras mulheres para que ela não perdesse cedo sua virgindade. Chega ser absurdo imaginar uma mãe “moderna” ter um pensamento tão machista assim.

Ao contrário desta visão machista, a minha sempre me ensinou que fidelidade não é um “privilégio” das mulheres, porque foram educadas assim. Os homens devem ser fieis tanto quanto as mulheres, sendo o princípio número um da relação entre homem e mulher. O respeito ao Dia Internacional das Mulheres deve começar por aí.

Um comentário:

Leila Souza disse...

Olá moço.
Legal seu post!
Eu, particularmente, não sou muito apegada á esta data, a ponto de ficar magoada por não receber os cumprimentos omo fiam algumas pessoas que conheço, mas acho legal o fato de datas como esta despertarem a reflexão sobre valores tão importantes como o respeito mútuo.
Beijos