19 de dezembro de 2008

Plante sua árvore de natal


Todo fim de ano, acabamos refletindo sobre tudo aquilo que colhemos durante este e tudo aquilo que gostaríamos de colher para o próximo. Desejamos sucesso no amor, no trabalho, na família, saúde para todos, muitas viagens etc. Nem tudo que planejamos se concretiza de fato. Quando fazemos um balanço das coisas positivas e negativas que aconteceram, percebemos que em todo ano as dificuldades são enormes, mas os prazeres, as conquistas e os sucessos recompensam, no final das contas.

Este ano, muitas transformações aconteceram, começando pela grande virada em minha vida em resolver morar sozinho, sendo plenamente independente. As outras vieram “agregar valor”, como a viagem para Europa e o primeiro carro. Porém, outras transformações vêm mostrar que realmente não viemos ao mundo a passeio. Estamos aqui para aprendermos com as dificuldades. Acredito que só assim somos capazes de amadurecer e crescer espiritualmente.

Assim como as tragédias que ocorrem em todo mundo - enchentes e desabamentos, crises financeiras, mortes estúpidas e fatalidades - vêm como alerta para humanidade. Estamos vivendo em um mundo de provas e expiações, passando para o momento de regeneração. E se há uma resposta para tamanha violência que vivemos e presenciamos em nossas rotinas, certamente está na explicação de que tudo isso faz parte do nosso crescimento. Talvez seja polêmica a idéia de que “se vivêssemos num mundo de calmaria plena, os ‘mauzinhos’ de coração não teriam chance de mostrar sua verdadeira face”. Em outras palavras, são em situações de risco, perigo e terror que o ser humano é capaz de mostrar sua natureza. Ok, posso ser mais claro? Só para citar um exemplo recente, em meio à tragédia de Santa Catarina, donativos são roubados e supermercados são saqueados. O homem se torna um sobrevivente, quando o lema é “salve-se quem puder”.

E para não pensar que estou generalizando, há os que estão no mundo para ajudar o próximo SIM! E são esses que acabam aprendendo a “lição” de que estamos neste mundo não de passagem, mas sim para servir ao próximo, para ser solidário, para praticar a caridade e para ser menos egocêntricos. Portanto, ao concluir o raciocínio, se hoje passamos por um mundo de provas e expiações até alcançar mais tarde um mundo de regeneração – do verbo regenerar: dar nova vida, reabilitar, recuperar, corrigir – é porque estamos tendo a chance de evoluir!

Por tudo isso, simbolicamente desejo que este ano, ao invés de presentes caros, sonhos fúteis e “muito dinheiro no bolso”, plantemos a nossa árvore de natal, semeando ainda este ano o que queremos e iremos colher no final do próximo ano. Apesar das dificuldades habituais durante o ano, esta pequena árvore irá crescer até o próximo natal.

15 de dezembro de 2008

Madonna... EU FUI!

Não podia deixar de comentar rapidamente a experiência única de assistir este ídolo pop mundial. Sei que muitos aguardavam ansiosamente por este momento, escrevendo cada notícia sobre a vinda dela ao Rio. A expectativa era grande de fato. E por isso meu medo de não ser correspondido. Confesso até que não esperava tanto pelo show, graças aos comentários de shows anteriores, críticas etc. Mas nada como o Rio de Janeiro, mesmo embaixo de uma chuva torrencial, para receber de braços abertos essa diva. O show foi do ca%#@*&!!!!! Um espetáculo para ser admirado muitas vezes. Certamente, um dos shows mais bem estruturados, emocionantes e empolgantes que já fui! Só a beleza do palco, com seu jogo de luz, movimentação, cenários, bailarinos já valeria a pena. E a estrela maior veio para mostrar porque ela é Madonna, aos seus 50 anos de idade.

A mulher pula corda, dança, canta, cai no chão, enxuga o chão molhado, dança, beija na boca da bailarina, reclama da chuva, canta na chuva, em cima do piano, diz que não vai cantar a música escolhida por um tal de Fábio porque não gosta da música etc, troca de roupa, dança, desce do palco e canta.

Apesar do cansaço, da chuva na cara, da roupa molhada de suor com capa de 5 reais, de muita gente alta na frente tampando a visão, não tem como explicar o calor da pista. Poderia citar vários momentos marcantes, várias músicas que empolgaram, mas resumo tudo isso em Like a Prayer. Sem dúvida, o clímax da festa! O último bloco deixa todos em êxtase até o “Game Over” anunciar que agora chegou ao fim mesmo.

9 de dezembro de 2008

Clandestinos – a peça

14 atores novatos que misturam ficção e realidade numa peça feita sob medida. Entendeu? Ok. Vou começar de novo. Ou melhor, do início.


Lá no mês de maio, o diretor de teatro, João Falcão, lançou inscrições através de um site (http://www.clandestinos.art.br/ ) para formação de uma oficina de teatro com intuito de montar uma peça no final com a companhia criada. Pois bem, na época, a propaganda boca-a-boca sobre o site fez com que 3 mil jovens de todo Brasil se candidatassem. Na inscrição, o candidato deveria falar um pouco de si, suas experiências, suas habilidades (se cantava, dançava, tocava algum instrumento) e porque estaria se candidatando. Até eu me candidatei nesta vaga (não me pergunte por quê!). Toda essa história está descrita no site, mas resumidamente falando, a peça foi escrita a partir dos atores/personagens que foram selecionados.

Na etapa final, 14 foram escolhidos, com suas diferentes origens, histórias de vida, experiências etc. Essa miscelânea deu origem a uma peça divertida, inteligente e inovadora. Ao tentar montar uma peça, o autor recebe influências de personagens ecléticos, que estão em busca de seu sucesso. Coincidência ou não, esses personagens são interpretados pelos atores jovens que sonham com a fama, ou pelo menos ter o reconhecimento de seu trabalho. Verídicas ou não, são essas histórias que costuram essa grande colcha de retalho dramática.

Além das atuações bacanas, chama atenção os talentos musicais de cada um, especialmente os que tocam e cantam durante o espetáculo. A maioria pode dizer que trata-se de um musical. Eu discordo. Em musical, geralmente cada frase vira um verso(o que pode não agradar a todos). Nessa peça, as músicas são bem vindas e se encaixam perfeitamente no enredo, sem forçar diálogos ritmados e melosos, comuns aos musicais. A idéia do cenário aberto, quase invadindo a platéia, também favorece aos movimentos de cena, aos cantos e “danças”.

Aos que já pensaram em ser ator ou atriz na vida, e já passaram pelo menos por um ou dois testes de elenco, em algum momento vão se enxergar no palco.

Pena que já está na reta final e deve sair de cartaz neste mês de dezembro. Mas depois de tudo isso que falei, vale a pena assistir. Eu ainda tive o privilégio de pagar apenas um real para assistir, com a promoção de último domingo do mês, nos teatros da Prefeitura do Rio. A tempo, a peça está em cartaz no teatro Glória.

Segue uma entrevista que li com o diretor e autor João Falcão:
http://extra.globo.com/blogs/eshow/post.asp?t=joao_falcao_homem_por_tras_de_clandestinos_de_um_monte_de_coisa_boa&cod_Post=143295&a=549

1 de dezembro de 2008

8 Coisas...

A pedido da Fabiana, depois de uma longa temporada sem atualizar o rascunho, escrevo o que seria uma lista de oito coisas que gostaria de fazer ou ver (ou ter, ou realizar etc...) antes de morrer. É de certo modo irônico escrever isso justamente depois de escrever um texto sobre “quando crescer...”.

Nascer, crescer e morrer. Seguimos uma linha do tempo em que somos obrigados o tempo todo a optar isso daquilo, andar por um caminho ao invés daquele outro, “desescolher” várias coisas na vida, para ter outras. Mas vamos a lista. Confesso que não é uma tarefa muito fácil.

1- A primeira coisa que devemos fazer antes de morrer, justamente para entender melhor o que é realmente a morte e – o mais importante – saber o que fazer quando chegar lá no outro lado, é ler pelo menos um livro sobre espiritismo. Independente de crença, religião, dogmas, lendas etc., acho importante conhecer um pouco sobre o outro mundo que existe por lá, nem que seja por mera curiosidade.
2- Não tem como não fugir do clichê (acho que todos devem colocar a mesma coisa), mas é fundamental, quase obrigatório na vida, viajar! Acho que se as pessoas fossem menos consumistas, sobraria mais dinheiro para conhecer e desvendar novos horizontes. Conhecer principalmente o Brasil, (Noronha, Foz, Manaus, Fortaleza etc), e países charmosos, com história viva em cada esquina, como Londres, Espanha, França etc.
3- Aprender uma arte, qualquer que seja. Desde criança, somos obrigados a seguir um roteiro pré-determinado que acaba robotizando o ser humano. Escola, curso de inglês, espanhol, francês, informática, kumon, fonoaudiologia, terapia. Acabam se tornando adultas chatas, estressadas e preocupadas com horários, reuniões, metas etc. Não estou sendo radical, afinal, tudo isso faz parte da vida. Porém, se colocarmos uma pitada de arte do dia-a-dia, tudo fica mais saboroso (ou pelo menos mais suportável). Então, vá fazer teatro (nem que seja para perder a timidez), vá aprender a dançar (dança de salão, por exemplo), aprender tocar um instrumento ou a cantar.
4- Pular de asa delta. Ainda não fiz, mas é um sonho que com certeza vou realizar. Quem mora no Rio, isso não é tão difícil.
5- Viver um grande amor.
6- Assistir ao show de três figuras ímpares da MPB: Bethânia, Lulu Santos e Marisa Monte. (Ir) Para entender melhor porque esses caras não precisam aparecer na mídia para serem quem são.
7- Ser uma pessoa honesta, estudar para ser alguém, ajudar o próximo e não perder o bom humor nunca! Fazer a diferença no final. Não precisa ser o ganhador do Prêmio Nobel, mas ter consciência de que fez alguma coisa de útil na vida para humanidade.
8- Construir uma família unida, amorosa e feliz, lembrando que a melhor herança que podemos deixar aos nossos herdeiros é justamente o tripé educação-amor-fé. O resto é conseqüência.