30 de agosto de 2010

Cidade Imperial


Não é a primeira vez que escrevo em Rascunho lugares no Rio que nos fazem ter orgulho de ser carioca. Gosto de me sentir turista em minha própria cidade e por isso curto muito conhecer tais lugares e sempre quando posso tirar fotos. Chamo isso de “Carioca in Rio”!


Domingo de sol, reunimos a família e fomos passear em Petrópolis, município do Estado do Rio, na região serrana. Um lugar encantador que nos remete aos anos do Império, com vários prédios históricos e um museu especial.

Muitos turistas quando vêm ao Rio ficam de certa forma frustrados quando chegam à Quinta da Boa Vista, onde encontra-se a antiga residência da família imperial, e não encontram nenhum pertence da família por lá. No local existe um museu sim, mas não é o museu imperial. É em Petrópolis que o turista vai encontrar a coroa do imperador, os móveis, algumas jóias e outros pertences da família real brasileira.

Visitar o Museu Imperial faz parte da vida escolar, mas apesar de ter estudado no Colégio Pedro II, não me lembro desse tipo de passeio feito pela escola.



Logo na chegada, as charretes nos convidam a um passeio pelos tempos de D. Pedro e na entrada, o palácio majestoso nos lembra o brasão da família imperial, que por sinal é o mesmo do meu antigo colégio, portanto, me pareceu bem familiar.

Infelizmente não é possível tirar fotos no interior do museu, mas o que se encontra por lá é uma riqueza peculiarmente brasileira. A área verde também impressiona e o clima de Petrópolis nos mostra que estamos num ritmo muito mais tranqüilo que o Rio.

Depois do museu, partimos para o Palácio de Cristal, um presente à princesa Isabel construído em 1884. A estrutura pré-montada foi encomendada pelo Conde d´Eu. Desta vez, não fomos visitar a casa de Santos Dumont, mas é outro lugar imperdível.


Talvez um dia seja pouco para conhecer todos os pontos turísticos da cidade e ainda aproveitar para fazer umas compras na famosa rua Teresa. De toda forma, sair um pouco da cidade e conhecer um lugar que fica apenas a uma hora do Rio vale muito a pena conhecer.


26 de agosto de 2010

Aviso aos navegantes!

Não sei porquê o Rascunho fica desconfigurado quando acessado pela Internet Explorer. De qualquer maneira, se você puder acessar pelo Firefox, a visualização é melhor e o conteúdo não está alterado.

Observei que o Internet Explorer vem alterando minhas publicações...

Obrigado!

25 de agosto de 2010

Tudo novo de novo (conto)




A vida já tinha me proporcionado quase tudo. Parece que as emoções transgridem nossos ideais. Não há palavras para decifrar o que estou sentindo neste momento... 
Nasci em uma família pobre. Meus pais vieram buscar por essas terras alguma esperança de sobrevida, já que os tempos de guerra devastavam cidades, empregos e quaisquer sonhos. Então, criaram suas raízes por aqui mesmo, construindo sua própria família a custo de pedras, tropeços e lágrimas. Com toda lástima e desnutrição, éramos felizes com as migalhas que nos restavam. Eu e meus irmãos crescemos acreditando num futuro bom, promissor. Não tínhamos medo nem vergonha de arriscar. Aceitávamos quase todo tipo de trabalho, desde que fosse honesto. Tornei-me um homem adulto por necessidade. Com treze anos já sabia o que era salário, e foi assim que comecei meu pé de meia. Fui um autodidata da vida. Sem ter consciência, aprendi a ser economista, engenheiro, enfermeiro, advogado e empreendedor, mesmo sem diploma de doutor. Juntei um dinheiro, construí minha casa, cuidei de meus pais doentes, defendi minha família na justiça e abri meu pequeno negócio. Depois de 30 anos de casado, perdi minha amada para a mais cruel das doenças. Mal sabia que ali o meu recomeço estava programado. Já era pai de dois homens feitos. Busquei neles o meu consolo, meu renascimento. Sim, porque para mim, já não havia mais vida. Mas esta nos surpreende a cada alvorada.
         A minha maior felicidade era ver minha pequena Maria feliz. E mesmo diante da morte iminente, ela sorria com seus olhos de esperança. Ela acreditava em outra vida. Eu era descrente desse mundo invisível. Dizia-me que a plena felicidade não era deste mundo, por isso, confiava em algo que eu não podia acreditar. Eu estava surdo. Os anos se passaram, e minha dor ainda era imensurável. Mergulhava-me nas profundezas da amargura. Tornei-me um homem mordaz, duro e insensível. Aos subalternos, só lhes restavam os xingamentos e os insultos. Aos mais próximos, a impaciência e o pré-julgamento. Só aos meus filhos, tentava buscar alguma paz.
         Em uma carta, um desconhecido afirmava com toda propriedade que minha pequena Maria havia mandado uma sublime mensagem. Meus princípios não permitiam crer na suposta carta além-túmulo. Seria impossível, pensei. Incrédulo, debochei.
         Outra carta chegou, e esta o recado foi direto:
        
Querido João, não duvide das palavras que lhe envio. Sei que o véu que lhe cobre da verdade ainda lhe impede a compreensão plena. Mesmo assim, descrevo minhas esperanças para que possa encontrar a paz. Trago-lhe boas novas! Muito em breve estaremos juntos novamente. A dádiva da vida terrena me será agraciada, porque assim está escrito. Por isso, meu bem, não se aflige, pois a angústia lhe traz cólera. Beijos de sua pequena Maria.

 O alento veio em códigos, pouco esclarecedores, portanto. As palavras soaram falsas, vagas, sem sentido. Afinal, quem era o calhorda capaz de zombar de minha profunda tristeza e ainda inventar tamanha falácia? Como minha pequena Maria poderia retornar do além-túmulo?
 Por longos dias, mesmo ainda incrédulo, confesso que tal mensagem não saía de minha lembrança, às vezes de forma perturbadora. Até que uma boa nova realmente chegou alegrando o coração desse velho insosso. Meu filho mais velho me daria um neto.
Os sonhos desvendavam encontros entre almas afins. Mensagens subliminares despertavam minha curiosidade. Afinal, será que a carta estava certa? Não importava. Minha felicidade era tamanha com a chegada de meu amável netinho que nenhum assombro mais me assustava.

Estou na sala de espera. A luz de outono brilha como nunca, nos presenteando com um azul celestial límpido. Há tempos não me recordo de uma tarde tão ansiosa como esta. Não consigo esconder meu nervosismo. Ao meu lado, meu filho aguarda seu momento de glória. Será pai pela primeira vez. As horas se arrastam até que finalmente a enfermeira com leve sorriso em seu semblante ressurge no corredor da expectativa. “Nasceu! É uma linda menina”!

23 de agosto de 2010

Tema de novela

Gosto de novelas bem escritas e, quando bem feitas, atraem minha atenção fácil. E mais que isso, aprecio quando o tema envolve a espiritualidade. O que antes era considerado tabu, porque ia contra princípios de religiões mais populares, como a católica e evangélica, hoje já é visto com outros olhos, felizmente.

E assuntos como vida após a morte e reencarnação vêm despertando cada vez mais atenção de um público curioso. A primeira novela de grande sucesso com a temática espírita foi A Viagem. Aos poucos, mesmo que de forma fantasiosa e às vezes deturpada, o tema vem sendo abordado em várias telenovelas, como Alma gêmea, O Profeta, Páginas da Vida. Depois chegou à telona, com um sucesso inesperado do filme Bezerra de Menezes – o diário de um espírito (longe de ser obra prima), e mais recentemente Chico Xavier, sem esquecer do próximo lançamento Nosso Lar.

Apesar da autora de Escritos nas Estrelas, Elizabeth Jhin, afirmar em entrevista que a parte espiritual mostrada na novela não é ligada à religião nenhuma, no caso a doutrina espírita, os temas que são abordados como reencarnação, resgate de vidas passadas, obsessão, provas e expiações estão sempre presentes de forma clara, lúdica e respeitosa.

A influência disso, segunda a própria autora, veio sim de livros espíritas e de pessoas que estudam a doutrina. “Sempre tive simpatia pelo espiritismo. Mas nunca havia estudado o assunto. Quando procurei me informar (...) conversei muito com Luiz Queiroz e com Wagner de Assis, diretor do filme ‘Nosso Lar’. Eles me deram livros que me fizeram tão bem que eu comecei a ler mais. Pode ser pretensão, mas hoje, mais do que nunca, as pessoas têm vontade de ouvir coisas boas, que possam ajudá-las a evoluir”, afirma a novelista.

O fato é que a novela, mais uma vez, é um sucesso porque trata de um assunto que quase todo mundo tem, no mínimo, curiosidade. Uns gostam apenas da fantasia, do lúdico, outros já acreditam que isso é possível sim, dependendo da crença de cada um, e terceiros não só acreditam como confirmam muitas passagens da novela, porque estudam a doutrina espírita e praticam sua mediunidade.

Particularmente, vejo com bons olhos esse sucesso de público, porque acredito que o interesse sobre a vida após a morte está se tornando real entre as pessoas. Posso dizer que desde minha adolescência escuto, leio e participo de estudos sobre a Doutrina decodificada por Allan Kardec, e vejo que muitas passagens da novela retratam justamente assuntos importantes, que nos ajudam a pensar sobre a evolução eterna do homem.

As evidências estão em toda parte, em pequenos gestos, intuições, passagens de nossas vidas. Há aqueles que têm olhos para olhar, ouvidos para ouvir, já outros ainda duvidam mas nem por isso deixam de aprender com as provas da vida e exercer o bem ao próximo, e no final, é isso que importa.

Qual sua opinião sobre isso?

14 de agosto de 2010

Brincando de neve em Bariloche


Em quase trinta anos, eu nunca tinha visto neve na vida, então a expectativa era grande. Em princípio, Bariloche não estava no roteiro da viagem, mas felizmente resolvi incluir. E valeu muuuito a pena!


Depois de passar por Buenos Aires, que mesmo tendo seu encanto, ainda é uma metrópole, com suas avenidas movimentadas, trânsito complicado, metrô lotado, ou seja, comparada a outra cidade urbana; chegar em Bariloche parece que a viagem tomou outro ritmo, bem mais tranquilo. Começando pela paisagem, cercada de montanhas e lagos com casas de madeira e pedras, a cidade lembra a região serrana do Rio (na minha referência, é claro), porém sem o seu principal cartão postal - o Lago Nahuel Huapi, muito menos neve!


O período de neve por lá inicia-se pelos meses de junho e julho e vai até setembro, portanto, a altíssima temporada é justamente no mês de férias escolares (julho), passando depois para média temporada no mês de agosto e baixa temporária em setembro. Para se ter uma ideia do que isso significa, até o dia 31 de julho o pacote para esquiar – o que inclui translado até a estação de ski, o aluguel de equipamento e duas horas de aula – pode sair por $280 pesos argentinos. Já a partir do dia 1o de agosto, esse mesmo pacote pode sair por $185 pesos (2h de aula e aluguel de equipamento) e o translado (fica a dica aqui!) pode ser feito por conta própria, pegando um ônibus local (que passa na calle Moreno), cuja passagem sai por $6 pesos. Em baixa temporada esse preço cai ainda mais!


E quem não pretende esquiar? Bariloche não se resume a ski ou snowboard. Há passeios fantásticos e outras opções para brincar na neve, como o imperdível skibunda, que para eles chamam de trenós. A sensação é maravilhosa, dá para se divertir muito e é muito mais tranquilo que o ski. Esse passeio pode ser feito no Cerro Otto, mais precisamente no parque de Piedras Blancas. Outra dica: se puder, prefira ir pela manhã, quando o gelo ainda está fofinho e as pistas estão em boas condições para descer.



Entretanto, para quem não conhece nada da cidade e quer ter uma boa noção do lugar, vale a pena fazer o chamado Circuito Chico. A beira do lago Nahuel Huapi, o trajeto inclui uma parada no Cerro Campanario onde tem um mirante (subida de teleférico), cuja vista é uma das mais bonitas que já vi. Em 360o, você consegue deslumbrar a combinação perfeita de lagos, montanhas e neve! Esse primeiro passeio termina na mais famosa estação de ski – Cerro Catedral, onde o branco da neve predomina na rua, nas casas, nas montanhas. Mesmo não estando incluído no pacote do passeio, vale a pena subir o teleférico que proporciona uma aventura à parte. O frio é congelante, mas chegar ao topo de uma dessas montanhas compensa. E aí, no topo, é que você vira criança mesmo. Não dá para criar um boneco de neve, mas já tem um pronto te esperando por lá. Fotografar pode, mas pagando $20 pesos, é claro!



O centro de Bariloche é bem movimentado, mas nem se compara ainda a uma cidade grande. A calle Mitre é a principal, onde se concentram as principais lojas. É impossível não comprar chocolates em Bariloche! A cada 50 metros você encontra uma loja, e em quase todas há provas de chocolate para os turistas. Há as lojas mais badaladas, como Mamuschka, Turista e Rapanui.



Outras dicas bacanas: para alugar uma roupa para neve (mesmo para quem não vai esquiar, é fundamental alugar uma), é bom pesquisar porque os preços variam bastante. Há lojas que chegam a cobrar $70 pesos a diária, e eu consegui por $30. Telefonar para o Brasil, pode procurar uma das lojas da Milka que tem serviço telefônico por $0,75 por minuto.


Bariloche é um lugar para curtir o dia, acordando cedo mesmo estando escuro (8h da manhã ainda era noite nessa época do ano). Mas para quem quiser aproveitar uma noite também, pode conhecer um de seus pubs, como o Wilkenny.



E o frio? Bem, já estava no penúltimo dia da viagem, quando fui entregar a roupa alugada, e o dono da loja tinha escutado no rádio que naquele momento estava fazendo –15 graus. Daí tirei a conclusão que abaixo de zero, não importa, a sensação vai ser a mesma, rs!

7 de agosto de 2010

Buenos Aires – Esporte, Política e Arte



Essa foto representa muito o espírito de Buenos Aires. Maradona é "O" idolatrado salve-salve dos argentinos, independente de time, mas principalmente pelos torcedores do Boca. Evita Perón ainda é uma figura forte da política do país, sendo até hoje idolatrada pelo povo como ícone da luta pelos direitos trabalhistas. Carlos Gardel é o tango personificado, marca da cultura tradicional de “Mi Buenos Aires Querido”!


Conhecer Buenos Aires é passar por esse tripé cultural, por todo lado da cidade. Desde quando o peso argentino passou a valer menos que o real (hoje praticamente 2 pesos valem 1 real), o destino de muitos brasileiros nas férias passou a ser o país vizinho – sendo mais barato do que muitos estados brasileiros. 


Quem sai do Rio, menos de três horas de vôo direto e você já está na capital argentina. E como toda cidade grande, apresenta seus pontos positivos e negativos. Antes de viajar, escutei muita recomendação para se ter cuidado com roubos e furtos nas ruas de B.A. Graças a Deus, comigo, nada aconteceu, mas durante a viagem escutei casos de turistas assaltados. Como bom carioca, a vivência em minha cidade já me faz ser mais atento a situações, digamos, perigosas ou suspeitas e talvez isso tenha ajudado a evitar esse tipo de transtorno.

De toda forma, as recomendações são as mesmas: evitar andar sozinho em lugares vazios, principalmente à noite; evitar expor objetos de valor, câmeras e também evitar tirar dinheiro no meio da rua etc.
E para aproveitar bem a cidade, mesmo ficando poucos dias (fiquei quatro dias em cada cidade, mas contando três dias inteiros), é preciso andar, andar e andar bastante pelas ruas, assim como pegar metrô (que é muito fácil!), táxi (que é barato!) e talvez se arriscar com ônibus (o mais complicado!). Quando você vai com excursão, além de ficar preso em certos pontos, o tempo que você tem é muito curto, então, definitivamente, não vale a pena. Eu tive direito (pelo pacote) a um city tour de três horas aproximadamente. Serviu para ter uma noção da cidade, mas longe de conhecer em detalhes. Então, resolvi voltar aos lugares que mais me interessei por conta própria.


Resumo do resumo, o que não podia faltar na minha passagem por Buenos Aires:
- Principais pontos turísticos: Obelisco (meu hotel era muito próximo, o que foi um perfeito para mim!); Plaza de Mayo (Catedral, Casa Rosada etc); Puerto Madero (melhores restaurantes e caminhada agradável); bairros Recoleta (Paseio Recoleta, Museu de Belas Artes, Faculdade de Direito e Flor Metálica) e Palermo (Jardim Botânico, Jardim Zoológico, Bosques etc.), Carminito (bem “turistão” com suas casas coloridas, mas faz parte!), Centro (Rua Florida, Galeria Pacífico etc.).
- Restaurantes e confeitarias: Siga La Vaca, La Cabaña Las Lilas, Gatto, Café Tortoni
-  Show de Tango e Milonga.

Sobre esse último, como sempre gostei de dança, não podia deixar de conhecer de perto a cultura do tango. E para isso o turista tem três opções. Eu tentei experimentar as três, mas consegui duas e fiquei satisfeito.


Show de tango existe em vários lugares, com diferentes propostas e preços. Eu queria assistir a um show grande, como eles dizem “para turista apreciar”, e para isso há as grandes casas como Señor Tango e Casa Carlos Gardel. Os preços são mais caros, mas mesmo assim o custo-benefício é bom, porque inclui jantar (pode comprar só o show, mas quem está na chuva é para se molhar, então melhor comprar o pacote completo). Eu assisti no teatro Casa Carlos Gardel e gostei bastante (só me arrependi de ter exagerado no vinho porque me bateu um sono intenso). O show contava a história do tango no país, desde 1930, passando por sua evolução até os dias atuais. Música ao vivo, dançarinos excelentes, figurinos impecáveis em alta produção.

A segunda opção é para quem quer assistir a um show pequeno, com músicos ao vivo e dançarinos profissionais também, mas em lugares bem menores, e nem sempre há serviço de jantar incluído. O charmoso Café Tortoni oferece esse tipo de show, em um salão intimista, com palco pequeno, mas eu não consegui assistir porque tinha que reservar por telefone e achei um tanto complicado. O preço é bem mais barato, é claro.

Já a terceira opção é para quem realmente gosta muito de dançar e quer conhecer de perto essa cultura do tango. Para isso, vale a pena conhecer a chamada milonga. Trata-se de bailes de tango, que são organizados por grupos ou pelo próprio recinto e, portanto, não tem lugar nem horário certo para acontecer. É preciso buscar essas informações e saber qual melhor destino. Geralmente, é freqüentado por senhores da melhor idade, que se reúnem em tardes dançantes. Se compararmos por aqui, é como se um turista conhecesse uma noite no Clube dos Democráticos na Lapa ou um baile em uma academia de dança de salão.

Além disso, em algum desses lugares é possível fazer duas horas de aula, o que dá um gostinho de quero mais! Assim eu conheci a Confeitaria Ideal, que fica no centro, perto da Av. Corrientes e tem programação de milongas e aulas durante toda a semana. Paguei 28 pesos (equivalente a 14 reais) por duas horas de aula com um jovem professor que se preocupou em passar mais a postura e o espírito de um “tangueiro” do que passos de dança. Mesmo assim valeu a experiência porque é como se você aprendesse uma língua estrangeira com um nativo, o que lhe dá mais “conhecimento de causa”, talvez. 


6 de agosto de 2010

Tirando a poeira do blog...

Voltando ao ritmo normal depois de algumas semanas de férias, andei sumido por aqui, mas retorno com novidades. Aproveitei uma semana para conhecer a terra dos nossos hermanos em uma viagem bem interessante, aproveitando o frio generoso que fez por lá. Como tem muita coisa para contar, pretendo escrever aos poucos, como sempre faço, em “diário de bordo”. Independente da viagem que se faça – perto ou longe de casa – é sempre bom sair um pouco da rotina, conhecer lugares diferentes, pessoas novas, viver outra realidade. E dessa vez, tive a oportunidade de realizar dois grandes desejos: ver neve de perto e aprender a dançar tango!

Dois lugares que têm propostas muito distintas, porém valem muito a pena conhecer. Um é destino certo para muitos brasileiros, principalmente quando o peso argentino passou a ser uma moeda mais barata para nós, em relação ao real: Buenos Aires. O outro também é bastante freqüentado por brasileiros, mas nem todo mundo está disposto a enfrentar frio intenso e arriscar alguns tombos no ski. De todo modo, Bariloche é um lugar maravilhoso, porque é completamente diferente da nossa realidade, pelo menos quem mora numa cidade quente como Rio, e não se resume apenas aos amantes do ski ou snowboard.

Antes de viajar, recolhi dicas de vários amigos que já foram, acessei vários sites, blogs e recebi muitos e-mails também. Enfim, todo mundo acaba dando dicas (umas boas outras nem tanto) para quem pretende conhecer Buenos Aires. Já para Bariloche, comprei uma revista de turismo cuja capa era sobre o lugar, então tinha lá quase tudo que eu precisava saber sobre o lugar. Dicas anotadas, passagens e mapas na mão, embarquei para Argentina com a certeza que iria aproveitar beeeem! Então, desta vez escrevo as minhas dicas para quem quiser aproveitar...