26 de janeiro de 2011

Amor de tatuagem


Os anos leves da adolescência nos deixam encantados, senão, atordoados. Você se apaixona por uma pessoa loucamente e nada mais comum que cometer... loucuras de amor (clichê assim mesmo). Então, você vive esse romance como se fosse o último – Amou daquela vez como se fosse a última...

Não basta fazer promessas de amor e pactos de sangue, é preciso ir mais, ir além, ir ao máximo da entrega carnal. A prova maior é quando surge a brilhante idéia de tatuar uma marca, um objeto ou próprio nome da pessoa amada, como se perpetuasse na pele a sua razão de viver. “Quero morrer ao seu lado, quero ser eternamente seu...”. Os diálogos geralmente são recheados de declarações calorosas, certezas absolutas e incontestáveis.

Ela tatua uma caveira feminina, ele uma masculina. E aquele símbolo do amor só diz respeito a eles, os apaixonados. Uma verdadeira prova de amor. Quero ficar no teu corpo feito tatuagem / Que é prá te dar coragem / Prá seguir viagem / Quando a noite vem...

Até que um dia...

Há um desentendimento. Os dois terminam o romance e com ele todas as juras, promessas, declarações, pactos... menos as tatuagens. Elas resistem a quase tudo. O símbolo do amor, que até então só tinha significado para eles, passa a incomodar profundamente. Geralmente é coberto (quando possível) por panos, cabelos, pulseiras e afins, tudo para tentar esconder algo do passado, algo desimportante, algo que já foi, já era.

O amor de tatuagem vem para ficar, mesmo que o objeto motivador não exista mais... nunca mais. Tirá-la talvez seja mais doloroso que sofrer por amor.

Não sei por que, mas acabei associando isso aos adolescentes, apesar de conhecer muitas histórias de pessoas bem mais velhas que cometem o mesmo... ato.

PS1: o post foi inspirado na linda finda história de amor vivida pela ainda jovem Yasmin Brunet.
“A caveira fiz há uns seis anos, para um cara que namorei. Era uma em cada pé, uma menina e um menino. Achava que íamos ficar juntos até a morte, aquela coisa de namoro aos 15 anos, retardada (risos). Quando terminamos, queria cortar meus pés fora (risos). Fiz 20 sessões de laser para tirar e foi a pior dor que senti na vida.”

PS2: Depois que publiquei esse post, conferi em um desses sites de compra coletiva (acredite!) uma super promoção para apagar de uma vez por todas a marca da paixão! Confira abaixo a propaganda fantástica!




2 comentários:

Ju disse...

eu pensei em fazer uma tatuagem em conjunto com mais duas amigas, seriam três estrelas, uma do lado da outra... na verdade, cada uma carregaria consigo duas estrelas.

eu carregaria a estrela colorida das duas, e por aí vai. Acabou que depois ficamos sem dinheiro, nunca foi a prioridade... ai acabamos não fazendo!

bjus, ju

railer disse...

pastor tattoo? hehe

tatuagem não é brincadeira, é algo sério, que precisa ser pensado e é preciso estar maduro para isso.