24 de novembro de 2011

Dono de casa


Quando resolvi morar sozinho, achei que muita coisa iria mudar em minha vida, principalmente o lado “dono de casa”. Realmente pensei na época que aprenderia cozinhar e ser um faz-tudo. Mas alguns anos se passaram e eu percebi que não sou um bom dono de casa. Não tenho nenhuma habilidade para atividades domésticas. Se a corda do secador de roupas arrebentar, por exemplo, demoro para resolver o problema, até chamar alguém para consertar para mim.

Por um lado, aprendi a dar valor aquilo que sempre meus pais fizeram muito bem. Meu pai, por exemplo, sempre consertou, ajeitou, pendurou, aparafusou, trocou tudo que precisava dentro de casa. Mas ele gostava disso e sempre aprendeu sozinho. Por outro, percebo que falta talento de minha parte, ou melhor, empenho e dedicação.

Nunca procurei saber, mas acho que deveriam existir cursos básicos de tarefas domésticas para solteiros ou recém-casados. As tarefas de passar, limpar e cozinhar são até mais fáceis aprender. Mas quando o assunto é mais específico, falta conhecimento de causa e principalmente prática para isso. No final, você acaba contratando o serviço, mesmo que ele seja banal.

Na cozinha, eu não passo fome. Gosto de inventar alguns sanduíches, umas pastas, umas saladas e massas. Mas nada de preparar grandes jantares, com pratos refinados etc. Uma coisa é certa: você aprende fazer mercado. Depois de algumas tentativas frustradas comprando frutas além da conta, carnes duras, produtos de péssima qualidade e caixas de congelados Sadia, agora a lista básica é pensada evitando qualquer desperdício ou produto fora do orçamento.

O mais engraçado de tudo isso é perceber que exatamente aquilo que você mais criticava quando criança, agora você faz o mesmo. Se eu estiver na rua e passar em frente a um mercado, sempre penso “o que está faltando lá em casa e preciso comprar?”. Era exatamente assim, quando estava com minha mãe e ela passava na frente do Mundial. Sempre tinha “um leite para levar, um sabão em pó para comprar, um iogurte que acabou”. Eu passei ter trauma daquele mercado, conhecido como o mercado dos idosos e das filas gigantes.

2 comentários:

Ju disse...

hehehehhe eu também não tenho grandes dotes para consertar as coisas, mas dou o meu jeito! Consigo ter saídas criativas para alguns problemas domésticos ;)
beijocas, ju

railer disse...

eu já gosto de consertar, fazer comida, lavar louça e até roupa. só não me peça pra passar roupa...hehe

morar sozinho é bom. claro que tem aquelas situações que descrevo no meu blog o tema 'morar sozinho é...'

abraços,raileronline