Semana passada assisti ao musical Gota d´água, que ainda está em cartaz na sua segunda temporada (até dia 5 de outubro!) no Centro Cultural Veneza, em Botafogo.
Para quem não conhece, este é um musical de 1975, escrito por Chico Buarque e Paulo Pontes, que fez o maior sucesso na época com a atriz Bibi Ferreira no papel de Joana, a mulher abandonada por Jasão. Inspirado na tragédia clássica de Medéia, o musical tem como pano de fundo um conjunto habitacional popular, em que os moradores contam a história trágica da relação entre Jasão, um compositor que começa fazer sucesso, Joana, a mulher abandonada por este e Alma, a filha do dono do condomínio, Creonte.
Nesta nova montagem, Izabella Bicalho assume Joana, em uma interpretação impecável e convincente. Outra característica impressionante desta peça é que todo o texto está em forma de poema, com mais de quatro mil versos.
Eu sou suspeito em falar de Chico Buarque, mas a peça é incrível não só pela musicalidade, com letras emocionantes, como também pelo enredo atemporal. Tirando Izabella, que é um show à parte, todo elenco está numa sintonia única.
Nesta montagem, o que prevalece é realmente a interpretação e a musicalidade de cada personagem. Talvez, seja por isso que o figurino e o cenário não tenham tido a mesma atenção e o cuidado. Em outras palavras... são pobres mesmo.
Mas como já disse, o que vale é a maneira como é conduzida a história. Vale ressaltar que o público curte mais ainda por já conhecer alguns clássicos de Chico, como próprio “Gota d´água” e “Partido Alto”, entre outros.
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