10 de abril de 2012

Sobre Roberta Sá, “pra bom entendedor, meia palavra bas...”


Ela está lançando seu quinto álbum – Segunda Pele, mas parece que foi ontem que Roberta Sá começou sua carreira. De fato, foi ontem. A primeira aparição veio no programa Fama, em 2002, mas sua passagem foi esquecida, principalmente por ela. Na biografia em seu site, ela não cita essa participação, quando tinha apenas 21 anos.

Seu primeiro CD foi lançado dois anos depois, em 2004, já com sucesso “A Vizinha do Lado”, de Dorival Caymmi, como tema da novela “Celebridade”. No mesmo álbum, vieram: “Eu sambo mesmo” (Há quem sambe muito bem/ Há quem sambe por gostar/ Há quem sambe por ver os outros sambar), “Casa Pré fabricada” e “Ah, Se eu vou”.

Sua voz suave chama atenção, não só pelo bom repertório como também pela leveza e simplicidade no seu canto. Ela não faz esforço para cantar, muito menos grita (no estilo Ana Carolina). No início de carreira, alguns confundiam sua voz com Marisa Monte, justamente pela semelhança no modo suave de cantar.

Dessa nova geração de cantoras brasileiras, ela certamente se destaca. Já ouvi participação de Roberta Sá em diversas gravações importantes, desde homenagens a ícones de MPB (como Carmem Miranda), até parceria com Ney Matogrosso, MPB4 e Gilberto Gil para abertura de novela. Em seus últimos dois trabalhos, ela vai além do samba carioca, e mistura um pouco de tudo, de coco, maxixe, até maracatu, xote e samba-de-roda. Ela é eclética musicalmente e pode-se dizer que grande influência de suas escolhas profissionais tem a ver com seu parceiro e marido Pedro Luís.

Em “Segunda Pele”, Roberta Sá explora ainda mais os ritmos brasileiros, com arranjos que incluem, pela primeira vez, metais (trombone, trompete e sax), reunindo oito músicos no palco. E no show, Roberta Sá caprichou no figurino colorido, na simpatia e na energia empolgante.

Quando perguntei “qual artista da MPB você gostaria de homenagear em um possível álbum”, Roberta Sá deu dicas de Caetano Veloso, como compositor, mas também citou Elis, Gal e Maria Bethânia como intérpretes que merecem ser homenageadas. “Tenho uma vida para tantas homenagens”, promete a cantora aos seus fãs.

E para quem não entendeu o título, em seu show, Roberta canta “Ta?” de Mariana Aydar, que inicia com esse verso.

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