No Réveillon passado, meia noite, um pensamento veio na
mente: 2012 será um ano especial. E realmente foi. O principal motivo estava na
comemoração dos 30 anos.
1982 foi um ano cheio de importantes acontecimentos,
principalmente no universo cultural. E para minha satisfação, acabei
comemorando os meus 30 anos em diversos momentos, celebrando junto com outros
balzaquianos da estrada.
Só para citar alguns desses, estão a banda Blitz, Kid Abelha
e a chegada das canções pop rock de Lulu Santos, como minha preferida “Tempos
Modernos”. Foi o ano de “E.T. – O Extraterrestre”, “Rambo”, “Blade Runner”,
“Atari” e, claro, do lançamento de “Thriller”, segundo LP de Michael Jackson.
O Rock nacional ganhou espaço nas rádios e fez sucesso entre
os adolescentes “rebeldes” e jovens da época. Até hoje, a década de 80 é
referência quando são lembrados ícones nacionais como Renato Russo, Cazuza,
Lulu Santos, Lobão, Herbert Vianna, Arnaldo Antunes, Nando Reis etc. Ainda
vivíamos a ditadura militar, porém com os dias contados. Por isso, a geração
Coca-Cola vinha escrachar de vez, debochar dos políticos, se rebelar contra
sociedade hipócrita: “Somos os filhos da revolução, somos burgueses sem
religião, somos o futuro da nação/ E aí então vocês vão ver, suas crianças
derrubando reis, fazer comédia no cinema com as suas leis”. Ao mesmo tempo,
Lulu garantia a presença de gente fina, elegante e sincera, com olhar otimista
para os tempos modernos.
Nascemos numa época de transição. Os militares deixavam o
poder e a democracia chegava de forma tímida, apesar das campanhas de “Direta
Já”, com comícios fervorosos nas ruas da cidade. Crescemos em meio às crises
econômicas no país, castigado pela alta inflação e pelas mudanças de moedas –
Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro de novo, Cruzeiro Real e finalmente
Real. Tudo bem que pouco importava o troco no bolso. Nossa preocupação era
saber se Papai Noel iria trazer minha Caloi (“Não esqueça a minha Caloi”), os
novos cartuchos do Atari 2600, Meu Primeiro Gradiente e até o famoso Ursinho
Teddy.
Quando os primeiros minutos de 2012 chegavam, imaginei como
o ano seria cheio de recordações, comemorações e emoções (desculpe a
aliteração). Muitos amigos, assim como eu, também chegaram na casa dos 30, o
que só intensificou as celebrações. E como não podia deixar de lembrar também, nada
mais significativo ressaltar outro clássico de 1982, o livro “Feliz ano velho”,
de Marcelo Rubens Paiva, que não deixou de ser atual, jovem e contemporâneo,
como nós, balzaquianos. É assim que continuo celebrando o meu ano: Feliz 1982!
4 comentários:
Feliz 1982! Daqui a alguns dias será a minha vez de entrar na casa dos 30!
obs: esquecestes de vez seu guia? rs
quando é seu niver?
só quem passa dos 30 sabe como é bom! rs
Nayra, quando você faz aniversario? Não esqueci não, rsrs! Vamos aproveitar para marcar com Julia, aí ela conta tb sobre a viagem dela, rs! bj
Domingo, dia 9. Nossa! É uma ótima ideia! Eu vou amar conhecer a Ju pessoalmente!!!!! Organiza aí, Mário, vc não é o mestre de organizar as coisas?rsrsrs Bjs
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