1 de março de 2015

Rio de Janeiro - o anti-herói


Entende-se  por anti-herói aquele herói torto, cheio de defeitos, imperfeito. Geralmente ele só quer curtir a vida e tirar sarro do herói. Costuma ser vaidoso e nada modesto,  além de transformar algo sem graça em interessante.

  Ipanema, Urca, Lapa e Vila Isabel
Se pudéssemos personificar o Rio, eu diria que ele é um verdadeiro anti-herói. Sabe que é bonito, safo, famoso e admirado, mas nem por isso esconde que é um "purgatório da beleza e do caos". Suas paisagens são antagônicas. Seja luxo, seja lixo. Seja praia, seja centro, seja favela, seja subúrbio. Seja limpo, seja sujo. Seja velho, seja novo. Seja Zona sul, seja Zona norte.  Seja descolado, seja almofadinha,  seja vagabundo, seja engravatado.

Desfile do Grupo de Acesso 2015 na Sapucaí 

O anti-herói se faz às vezes de herói, às
vezes de vilão. As manchetes de jornal mostram o lado perverso, com a violência, a corrupção,  o tráfico,  a pobreza e o descaso. Mas quando o assunto é sobre o aniversário do Rio, ah...

Arcos da Lapa durante uma manhã 
Aí as notas frias dão lugar às crônicas e aos belos textos sobre as belezas naturais da cidade,  do carisma do carioca, do carnaval, das praias, da cidade maravilhosa. Vamos falar então do Cristo, Pão de Açúcar,  Lapa, Maracanã,  Jardim Botânico, Lagoa Rodrigo de Freitas, Ipanema, Leblon, Copacabana, Rocinha, Vidigal, Vila Isabel, Madureira.

Pôr do sol em Ipanema durante SUP

O Rio dos contrastes, de seus personagens, das dificuldades de qualquer metrópole,  e de suas peculiaridades. A cidade cercada de montanhas, com uma das maiores florestas urbanas do mundo, com 750 favelas e com metro quadrado mais caro que Nova York.

É óbvio que anti-heróis não agradam a todos. Nem o Rio. Mas quem disse que eles se importam com isso?

Viva os 450 anos da minha cidade. Viva o Rio de Janeiro. Viva o anti-herói.

Vista do Parque das Ruínas em Santa Teresa


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