O mundo dos negócios é uma caixinha de surpresa. Nele, encontra-se de tudo para chamar atenção dos potenciais clientes.
Esta semana, visitei o mais importante evento da indústria petrolífera da América Latina, o Rio Oil & Gas, no Riocentro, no Rio, e fiquei surpreso com o que vi. Como se trata de uma feira voltada para um público muito específico, portanto, altamente selecionado e muitos de “alto valor agregado”, é de se admirar a presença de donzelas popozudamente vestidas e estampadas em alguns estandes.
Destaco pelo menos dois interessantes, mas já confesso que não irei me lembrar de todas empresas responsáveis pelo deleite visual. Em um estande, em formato de boteco da Lapa, duas belas moças devidamente siliconadas, com seus tops pratas carnavalescos, suas micro-mini-nano-saias à la seleção brasileira de... (bem, deixa pra lá), entregavam brindes aos transeuntes. Nem precisa dizer que se tratavam de duas loirísssssssssimas oxigenadas, com suas longas deixas esvoaçantes que, contrariando o visual, esbanjavam seriedade e competência naquilo para qual foram contratadas: entreter os visitantes. Lá uma certa hora, neste estande do Grupo Feital – especializado em aço oxidante – apresentava um breve show de samba para o delírio dos espectadores de plantão, que com certeza estavam interessadíssimos com o produto exposto durante o show. Não, não se trata do aço oxidante...
Andando mais um pouco, deparo-me com outro tão interessante quanto o primeiro. Logo de início, o visitante pode encarar um enorme painel de uma bela e suntuosa bunda escancarada entre ferros – mercadoria vendida pela empresa responsável pelo estande – acompanhada de um belo par de coxas de uma modelo, tipo menina de família. A comissão de frente do estande não podia ser de mais alto nível. A seleção de loiras, mais uma vez siliconadas, foi impecável. Todas pareciam ter saído da capa da Playboy (se já não saíram de fato), com seus comportados vestidos curtos, com direito a meia-calça sexy até o joelho, mostrando todo talento de uma típica coelhinha. O vidro fumê da porta impedia os mais curiosos desvendarem o que realmente se passava dentro do estande...
Sinceramente, fico imaginando o gerente de comunicação, ou qualquer profissional responsável pela produção de eventos externos à empresa, como no caso a participação deste tipo de feira, no momento de aprovar o projeto e, principalmente, liberar a verba para a contratação da força de trabalho para tais eventos.
“Então, Dr. Coelho, selecionamos algumas recepcionistas para atender nossos potenciais clientes durante a feira, e temos aqui o valor do cachê dessas profissionais de respeito. O senhor pode liberar esta verba?”
Aos mais experientes do ramo, diz-se que já virou praxe este tipo de serviço contratado, para felicidade dos homens de negócio e para infelicidade das esposas de negócio.
Um comentário:
é mário, é o mundo dos negócios. como você mesmo comentou, isso já faz parte do pacote. as empresas só precisam ter atenção no tipo de associação que a marca pode passar a ter por causa disso.
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