22 de outubro de 2009

São muitas emoções...

Em meio aos estudos, li um texto muito interessante sobre a estrutura emocional do homem. Nele, diz-se que “desde o nascimento somos nutridos tanto de emoções como de leite. (...) Não se vive sem afeto. Freud e depois os psicanalistas demonstraram como as primeiras emoções estruturam a personalidade. Na vida adulta evoluímos, apesar de emoções vividas na fase de crescimento. Uma das principais vantagens da maturidade e da experiência é saber identificar nossas emoções e, em alguns casos, até domesticá-las progressivamente”.

Será que somos capazes de controlar de fato nossas emoções?
Quando o coração acelera ao ver a pessoa amada, ou um nó na garganta quando perdemos alguém querido, agitação das mãos diante uma prova importante, o rosto corado quando nos constrangem... a emoção aflora sem que possamos controlá-la de fato.

Ser emocional faz parte do homem, assim como sermos equilibrados emocionalmente. Imagina se brigássemos com todos aqueles que nos provocam (os chefes, principalmente)? Ou se a cada derrota ou decepção (amorosa, por exemplo), nos tornássemos deprimidos e abatidos?

O texto ainda diz: “Para muitos, o mundo perfeito não teria emoções, tudo seria racional, refletido, calculado. Mas que sentido teria a existência? O ser humano sem emoção seria uma máquina. As emoções são tão inerentes ao ser que, segundo alguns estudiosos, estão inscritas no nosso patrimônio genético. Segundo Darwin, existiriam seis emoções que são comuns a toda a humanidade, independente da cultura: alegria, tristeza, surpresa, medo, desgosto e raiva.”

Prefiro ser emotivo a ser racional, seco. Expor os sentimentos é uma forma de mostrar quem realmente somos, o que pensamos, como agimos. Não tenho vergonha de chorar quando algo me emociona de forma verdadeira. O ser calculista demais chega assustar, e pode ser confundido com psicopata.

Por último, o texto completa: “As emoções regulam nossa percepção do meio e as relações com as pessoas. Em decorrência das emoções nos aproximamos ou nos afastamos, às vezes pelas mesmas razões, mas administrando as emoções diferentemente.”

Acrescento a esse pensamento a importância do carinho e afeto dos pais com seus filhos. Acredito que uma criança que recebe amor fraterno dos pais (e avós, irmãos, tios etc) vem se tornar um adulto feliz emocionalmente. Nossa percepção de mundo e nossas relações com outras pessoas dependem dessa formação desde o início.

Texto
AS EMOÇÕES NO CORAÇÃO
A estrutura emocional
URURAHY, Gilberto; ALBERT, Eric. O cérebro emocional: as
emoções e o estresse do cotidiano. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.

Um comentário:

Ju disse...

As emoções são controláveis. Quando falo isso não quero traçar um quadro comparativo entre sentimentais e racionais. Pelo menos, pra mim, as emoções são controláveis quando estou em paz comigo, entende? quando estou centrada e ligada Deus. Através dele, consigo agir com mais parcimônia sobre as coisas do dia-a-dia.

Sei que o meu comentário não tem muito a ver com o texto que vc leu, mas esse pensamento não me saiu da cabeça desde a primeira linha.

Tenho sentido falta de frequentar o meu centro e da paz que ele me traz.

beijos, ju