O que faz um publicitário supostamente sério elaborar uma
propaganda sobre um curso de Comunicação, usando termos que deduzem vocabulário
chulo. Na propaganda de rádio, eles colocam um suposto gago (mal feito por
sinal) que solta frases do tipo: “Conheça o curso de co-comunicação. Vá a melhor faculdade logo. Se você fizer outro,
depois você vai ficar ‘pu-pu-puxa
vida por que não fiz antes’? A Facha é Fo-fo-forte
mesmo”.
Há aqueles que acham engraçado e levam numa boa, mas
francamente, se você procura uma faculdade conceituada e respeitada para
cursar, vai conseguir levar a sério uma faculdade dessa? Só se você quiser
mesmo cursar cocô-municação e ser um
profissional de merda #prontofalei
(como se diz no twitter).
Aproveitando o assunto...
O tradicional Jornal do Brasil, que já estava na UTI há
alguns anos, decretou morte cerebral, para infelicidade de muitos saudosistas e
fãs do impresso. Acontece que ele deixará de circular porque simplesmente não
haverá mais jornal impresso. Agora só na internet. Em tempos de faculdade, levantava-se a
velha discussão “os jornais de papel irão acabar ou não com advento da
tecnologia?”. Muitos diziam que não, porque se fosse assim, o rádio acabaria
com ele primeiro, que por sua vez seria exterminado com a chegada da TV, e esta
também não sobreviveria com a chegada da Internet. Nem 8, nem 80. Hoje sabemos
que um veículo completa o outro, em muitos casos, mas também sabemos que as
novas gerações (e eu me incluo em certas situações) não sabem mais o que é
folhear revistas e jornais impressos. Está tudo online.
Ok, no caso do JB, especificamente, houve uma série de equívocos:
compras e vendas mal sucedidas, direção desalinhada, uma tentativa frustrada de
renovação na linha editorial, uma nova cara para o velho jornal no formato tablóide
etc. No final, a circulação caiu, e a venda e assinatura do jornal não
suportaram a dívida acumulada de R$100 milhões, com uma íntima tiragem de 17
mil diariamente (chegando a 22 mil aos domingos). O pior de tudo isso é o número
crescente de jornalistas desempregados e mal remunerados no mercado.
Leia matéria sobre JB.
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