7 de julho de 2011

Vícios de linguagem


É comum na língua falada apropriarmos de uns vícios que se tornam constantes e, se não houver cuidado, passam atrapalhar a fluência da fala. Os mais comuns que encontramos por aí é: “né?”, “então”, “tipo”, “tá entendendo?”, “como?” ou “comé?”, “uai” (próprios dos mineiros), “cara” (típico dos cariocas) e por aí vai. As gírias são os vícios mais comuns entre os adolescentes, o que sempre foi motivo de repressão dos professores de português.

Outro dia, reparei no meu ambiente de trabalho os vícios de linguagem dos meus colegas que compartilham da mesma sala. É engraçado perceber como cada um cria suas manias. Então, percebi que mais que um vício, isso se torna uma marca da pessoa. Passamos a imitar consciente ou até de inconscientemente. Somos capazes de, aos poucos, reproduzir esses vícios, conforme o convívio com essas pessoas.

Uma fala “não me diga” para todo caso contato, a outra exclama (com direito a virada dos olhos): “parei” quando o assunto é um absurdo, o outro solta sempre seu “relaxa” para acalmar o estresse alheio, a falante repete “tipo, tipo, tipo...”, o prolixo declama “genial” em frases do tipo “fulano, falo com você em dois minutos” e ele responde “genial”. Então, fiquei pensando: qual seria meu vício? É engraçado que é fácil perceber o vício alheio, mas não percebemos o nosso. Houve gente dizendo que o meu era “Gente”, sempre quando vou começar uma frase.

Já reparou seu vício de linguagem?

Um comentário:

railer disse...

como um bom mineiro, falo 'uai', 'trem' e começo frases com 'então'.

o que eu mais noto aqui no rio, é o tal do 'o que que acontece...' pra iniciar frases e 'entendeu?' pra terminar.