Nós
celebramos as nossas vidas, as nossas conquistas, nossos sucessos. Celebramos o
nascimento de um filho, o nosso matrimônio, nossa formatura. Há pessoas que
celebram a vida de seus mascotes, seus bichinhos de estimação. Ontem fui a uma
celebração diferente, mas tão especial quanto todas as outras. A aniversariante
era uma casa. E esta estava completando 100 anos. Sua dona reuniu os
familiares, seus amigos, decorou com flores em volta da piscina, preparou
docinhos, contratou buffet, animou a
tarde com música ao vivo e se emocionou ao cantar parabéns para aquele lar, que
há 60 anos lhe protege da chuva, do sol e do frio, além de guardar muitas
histórias de sua longa vida.
Esse lar,
herdado pelo seu marido, há anos já falecido, abrigou primeiramente seus
sogros. Quando se casou, aos dezesseis anos, mudou-se para lá, onde construiu
sua família, com seus quatro filhos nascidos nela. Os anos se passaram, e ela
presenciou o crescimento de seus filhos, seus casamentos, os nascimentos de
seus netos e até as festas dos primeiros anos de vida da nova geração.
Aquele
cenário acompanhou todas as etapas de sua vida e mais que justo celebrar em
grande estilo o centenário do “lar, doce lar”.
Particularmente,
tenho um carinho especial por essa casa, porque nos remete exatamente ao
aconchego da casa da vovó. Com todo respeito ao meu amigo, mas todos que acabam
freqüentando o “clube” – como carinhosamente apelidamos a casa – acabamos
adotando a “vó Janete” como nossa avó, por sempre nos receber de braços
abertos. Os nossos encontros passaram a ser feitos lá, porque além do
aconchego, nos sentimos à vontade para brincar, cantar e nos divertir sem hora
para acabar. Somos cercados de alegria por todos os lados! E a anfitriã, é
claro, está sempre participando dos encontros juvenis!
Adorei o
convite para a celebração dos 100 anos da casa, porque assim me senti mais um
personagem dessa longa e linda história de vida do “lar, doce lar”! Desejo que
seus filhos e netos perpetuem esse cuidado com essa casa, para alegria e
satisfação de todas as gerações passadas.
Aos olhos
dos leigos, pode parecer uma comemoração “besta”, sem sentido. Mas não trata
apenas de um bem material. Como escrevi, é um lugar especial para aquela que
viveu praticamente toda sua vida e se dedicou aos cuidados e o carinho desse
lar, que tanto já lhe proporcionou alegrias e emoções. Aliás, vó Janete não
poderia ter escolhido outra canção para cantar e celebrar com seus convidados
“esse momento lindo”! Afinal, “foram tantas emoções”!!!
2 comentários:
Ai, amigo, que lindo!!!! Fiquei emocionada com seu post!!! Vc resumiu tudo o que sentimos em relação à casa: já faz parte de nossas vidas. E vou falar pro Thi mostrar isso pra vó... ela vai ficar emocionada : ) Bjinhos
que legal! deve ter sido bacana mesmo, cara. vale a pena cultivar esses valores.
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