Quando estava na faculdade, um professor muito reconhecido
(e um dos poucos que realmente valiam a pena assistir aula) criou uma matéria
eletiva chamada “Propaganda política na TV”. Pelo título, e pelo horário da
aula – às sextas-feiras e à noite -, o coitado do professor achou que não iria
ter quórum algum. Ledo engano. Suas aulas eram sempre lotadas e geralmente
terminava às 22h. E sabe por quê? Porque brilhantemente ele
ensinava o fantástico mundo da propaganda política do estilo “como tornar um Zé
Ninguém em um político apresentável” e, portanto, um candidato com chances de
ser eleito. Isso porque, todos nós
sabemos o que mais tem por aí é figurinha bizarra, sem menor preparo
para se expressar, muito menos confiável e digno de ser eleito.
Imagem é tudo, e político que é político sabe disso – tanto que
basta comparar a imagem do nosso digníssimo presidente nos anos 80 com sua
atual (a mudança veio mesmo na campanha eleitoral de 2002). Ele teve que mudar e muito para ser aceito pelo público, principalmente
das classes A e B. E campanha política é uma mina de ouro para o profissional
da área, porque não falta é dinheiro (pelo menos os políticos ricos, não os de
fundo de quintal). Mal comparando, é como se você fosse contratado por um novo-rico
que resolve dar uma repaginada em sua vida, em sua casa, para ser “aceito” pela
alta sociedade.
Tirando os principais partidos e os políticos mais
preparados, é inevitável encontrar candidatos bizarros e sem noção no horário
político. A seleção de bizarrices feita pelo globo.online é fantástica!Veja aqui!
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