14 de abril de 2011

Versão feminina


Talvez não seja exagero meu afirmar que toda mulher tem uma história triste para contar em se tratando de relacionamento amoroso. De um modo geral, elas gostam de dramatizar o que sentem e, principalmente, o que passam por causa dos homens. Isso não é uma crítica. Esse comportamento peculiar feminino talvez sirva de inspiração para inúmeras dramatizações no teatro, cinema e TV. Um exemplo é Divã que iniciou no teatro e fez tanto sucesso que virou filme e agora seriado na TV. A vida de uma mulher madura, separada, com dois filhos, rende histórias interessantes, sempre com humor inteligente nos seus diálogos.

Outro exemplo é a série americana Sex and the City, baseado em livro com mesmo nome, que foca nas relações íntimas de quatro mulheres, também na faixa etária mais madura. O sucesso da série também gerou dois filmes. Os diálogos, reflexões e comportamentos dessas personagens servem de inspiração para muitas mulheres.

A recente aposta do HBO Brasil é o seriado “Mulher de fases” – coprodução com a Casa de Cinema de Porto Alegre – que, mais uma vez, narra a história de uma corretora de imóveis, recém-divorciada, que volta para casa da mãe e se transforma a cada novo namorado, conforme as características deles. Ainda na TV, a nova série da Globo “Tapas & beijos” reúne Andrea Beltrão e Fernanda Torres nos papéis das “encalhadas”  Sueli e Fátima que alugam vestidos de noivas. No site oficial da série, está lá: “todos os dias, elas lidam com os sonhos de muitas mulheres e também esperam encontrar seus príncipes encantados (...) mas a tarefa não parece ser nada fácil. Afinal, a vida sentimental das duas é cercada de confusões”.

Muitas histórias são reais e, por terem finais felizes, rendem livros que se tornam filmes etc. É o caso de Liz Gilbert em seu “Comer, Rezar e Amar”, que depois de um divórcio conturbado, ela resolve viajar em “busca do autoconhecimento”. Resultado? Acaba descobrindo o verdadeiro amor. Outro romance que ainda não se tornou filme (mas não duvide caso aconteça!) é o livro “Melancia” da escritora irlandesa Marian Keyes. Mais uma vez, o universo da mulher na faixa dos 30 anos é retratado pela protagonista feminista que não poupa o comportamento masculino. Já adivinhou a história? Uma garçonete abandonada pelo marido após dar à luz uma menina, logo depois que ele confessa ter um caso com uma vizinha também casada.

Não li nem vi todos esses livros, filmes e seriados. Mas como minha vida é cercada por mulheres que “compartilham de histórias de relacionamentos”, não é difícil ficar por dentro desse universo. Aliás, se eu reunisse as histórias que já ouvi ou presenciei (inclusive algumas postadas aqui), certamente daria para roteirizar uns bons episódios voltados para o público feminino.

Um comentário:

Ju disse...

Afinal, a vida passa pela comédia, drama, ficção, ação... é uma loucura!