10 de novembro de 2016

O peso da globalização



Não sou cientista político, especialista para avaliar o que aconteceu com milhões de americanos que resolveram colocar Trump como presidente do seu país. Mas diante de vários artigos lidos recentemente, e uma avaliação de um parente que vive nos Estados Unidos, o que se percebe é que a Globalização – tão encarada como algo positivo até então – custou um preço alto para os americanos.

Isso porque eles se queixam de um país sem oportunidades, com a taxa de desemprego crescente entre eles, perdendo espaço para imigrantes, por exemplo. Daí o patriotismo falou mais alto e, por ironia (ou não), valeu-se o discurso soberano de Trump, de que “vamos defender a América para os americanos”. O resultado “surpreendeu” quase todo mundo, porque não se acreditava que um homem, com discurso tão retrógrado, poderia de fato chegar ao cargo mais importante do país.

Mas foi o silêncio dos americanos insatisfeitos que escondeu o verdadeiro sentimento da nação norte-americana. Eles não querem mais o discurso amigável dos democratas.

Por outro lado, encaramos isso como um alerta para todo o mundo. Afinal, estamos vivendo uma era de imigrações em grandes proporções, com milhares de refugiados procurando em países europeus um novo espaço para recomeçar a vida em paz. A globalização apenas acelerou aquilo que há séculos já existe que é o processo imigratório em busca de novas oportunidades. A Inglaterra também surpreendeu o mundo ao votar, também esse ano, a saída da União Europeia. Vivemos o velho ditado “se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”. Se a crise chegou em todo o mundo, as oportunidades já são escassas, consequentemente, a sociedade está cada vez mais egoísta.

Resta saber como os líderes dessas importantes nações irão encarar todos os efeitos da globalização.  

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