Um olhar adolescente para as questões adultas é o que traz o filme “À Deriva”, de Heitor Dhalia (o mesmo de “O Cheiro do ralo”). Em estilo bastante “afrancesado”, o longa tem um ritmo lento, com uma fotografia fascinante (até porque tem Búzios como cenário) e um roteiro bem trabalhado. Tudo para tornar um filme real. Digo real, porque a construção da narrativa se faz conforme as descobertas da protagonista. Aos olhos de espectadores aflitos (acostumados a filmes de ação), pode parecer um filme chato, em que nada acontece de extraordinário. Mas para quem está a fim de curtir um filme Cult, vale muito a pena.
Filipa é uma menina com quatorze anos, sendo a mais velha de três filhos de um casal à beira de uma separação. Ela descobre que o pai trai a mãe, e percebe que esta não anda bem emocionalmente, com suas constantes crises e bebedeiras.
Em meio ao turbilhão familiar, Filipa ainda consegue desvendar o universo da sexualidade, peculiar da idade efervescente. Ela vai “transparecendo dúvidas, curiosidades e inseguranças comuns a sua idade”, como bem define a crítica do Globo. Ao mesmo tempo, encontra no mundo adulto, um universo de farsas, traições, bebidas, sexo, que de alguma forma é desmascarado por ela aos poucos. É nesse processo de deflagrar a realidade em que o filme se desenrola.
É flagrante perceber que a protagonista é a nova aposta do diretor, em selecionar uma menina desconhecida, em princípio com pouca expressividade e, portanto, pouca experiência dramática. Porém, é interessante saber que tal escolha saiu realmente “por acaso”, ao ser identificada pelo Orkut.
Quando criança, passando pela adolescência, buscamos nos pais a nossa base. Mas quando percebemos que os nossos pais também são tão frágeis e sujeitos a falhas, ficamos “desconsertados”. O significado do título vem justamente provar que, todos nós – incluindo jovens e adultos – estamos à deriva de nossas próprias vidas: sujeitos aos erros e acertos, sem base, muitas vezes. Com final sereno, belo e metafórico, o encontro entre pai e filha demonstra exatamente isso.
Filipa é uma menina com quatorze anos, sendo a mais velha de três filhos de um casal à beira de uma separação. Ela descobre que o pai trai a mãe, e percebe que esta não anda bem emocionalmente, com suas constantes crises e bebedeiras.
Em meio ao turbilhão familiar, Filipa ainda consegue desvendar o universo da sexualidade, peculiar da idade efervescente. Ela vai “transparecendo dúvidas, curiosidades e inseguranças comuns a sua idade”, como bem define a crítica do Globo. Ao mesmo tempo, encontra no mundo adulto, um universo de farsas, traições, bebidas, sexo, que de alguma forma é desmascarado por ela aos poucos. É nesse processo de deflagrar a realidade em que o filme se desenrola.
É flagrante perceber que a protagonista é a nova aposta do diretor, em selecionar uma menina desconhecida, em princípio com pouca expressividade e, portanto, pouca experiência dramática. Porém, é interessante saber que tal escolha saiu realmente “por acaso”, ao ser identificada pelo Orkut.
Quando criança, passando pela adolescência, buscamos nos pais a nossa base. Mas quando percebemos que os nossos pais também são tão frágeis e sujeitos a falhas, ficamos “desconsertados”. O significado do título vem justamente provar que, todos nós – incluindo jovens e adultos – estamos à deriva de nossas próprias vidas: sujeitos aos erros e acertos, sem base, muitas vezes. Com final sereno, belo e metafórico, o encontro entre pai e filha demonstra exatamente isso.
Site do filme
Um comentário:
valeu pela dica!
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