James Franco não levou o Oscar de melhor ator por este
filme, mas bem que merecia (apesar do excelente desempenho de Colin Firth, em
Discurso do Rei, que levou o prêmio). Quem conhece a história desse filme pode
pensar: “ok, mais um filme estilo Náufrago”, ou pior, os tenebrosos “Mar em
Fúria” e “Mar aberto”. A sensação de angústia pode até ser comparada a esses
dois últimos filmes, mas o final é muito melhor (não vale a pena contar).
O fato é que o ator é extremamente competente ao passar verdade
interpretando o personagem real (Aron Ralston) que sofreu durante 127 horas
(destaque para o momento em que o título aparece no filme! Sacada genial da
montagem!), preso a uma pedra num cânion (no deserto em Utah, EUA). Imagina
pegar um incidente apenas, com um cenário monótono e transformar em um filme
criativo, divertido (em certos momentos) e otimista (apesar do desespero e
aflição da situação vivida)? Pois o resultado é esse mesmo: um filme cativante,
que prende sua atenção até o final, mesmo causando rejeição em alguns trechos.
Se fosse um filme de ficção, certamente muitos iriam duvidar
da capacidade de sobrevivência do personagem. Passar dias sem comida, com
pouquíssima água, passando frio, cansaço e, o pior, com o braço esmagado pela
pedra causando gangrena (falta de suprimento sanguíneo e, consequentemente,
falta de oxigênio). Mas a história é real e o personagem foi seu próprio herói,
se salvando com sacrifício e muito, mas muito sangue frio! O que mais
impressiona, talvez, é a capacidade de auto-controle de Aron, buscando o
equilíbrio físico e, principalmente, emocional. Sem isso, certamente não
haveria possibilidade de sobrevivência.
É claro que ele tinha conhecimento de causa. Tratava-se de
um alpinista aventureiro experiente, preparado (psicologicamente e
fisicamente), mas mesmo assim ele foi capaz de superar o impossível. Será que
você faria o mesmo que ele fez?
Um comentário:
gostei da crítica.
leu a minha?
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