3 de março de 2011

“O Balance, balance, quero dançar com você...”


Esse ano o mês de carnaval não foi em fevereiro. E quando isso acontece, confesso que parece que o ano começa estranho, já que é senso comum achar que o ano só começa de fato depois do carnaval. Se esse rola em março, vamos combinar que são dois meses “empurrando com a barriga” as decisões necessárias para depois do feriado.

Isso ainda me causou um prejuízo por conta de uma confusão na compra de passagem aérea. Eu ia viajar no carnaval, comprei as passagens achando que estava certo, afinal, dia 3 caía numa quinta-feira – o dia que escolhi para viajar, véspera do feriado. Só que havia um pequeno detalhe despercebido: os dias do mês de fevereiro caem no mesmo dia da semana que o mês de março. Conclusão: comprei a passagem para 3 de fevereiro. Não consegui trocá-la e, portanto, tive que cancelar a tão sonhada viagem. Ok, era para estar pegando o vôo hoje, mas já me “castiguei” o suficiente.

Passada a lamentação, a outra opção foi viajar com os amigos para Região dos Lagos, no Rio mesmo. Não, sinceramente essa não foi a melhor solução. Provavelmente você (que conhece bem o que é passar o feriado na Região dos Lagos) vai dizer: “nossa, que programa de índio”! Calma, ainda não completei o enredo do meu samba.

Então vamos lá: a viagem foi inevitável, porque antes mesmo de planejar a outra viagem (a tal cancelada), os amigos já tinham avisado “nosso próximo carnaval já está garantido... será casa de praia, ok?”. Ok. Só não avisaram como seria.

O convite foi feito a todos (ou quase todos), então uma amiga sentiu-se a vontade para levar toda família, com direito a mãe e avó. Outros dois casais vão levar seus pequenos pimpolhos (viva a creche!), já o terceiro casal não tem filhos, mas sim um filhote vira lata. Opa, reunimos todos e vamos “a la playa”!

Como de praxe, rola aquela primeira reunião para acertar “quem vai fazer as compras; quanto cada um tem que contribuir; a distribuição dos quartos etc.”. Os primeiros conflitos logo aparecem: “eu não vou pagar pela bebida alcoólica, já que não bebo”, “mas isso é mesquinharia, todo mundo acaba bebendo e comendo de tudo”, “acho legal ter uma faxineira para limpar os banheiros”, “ah não, eu prefiro gastar meu dinheiro comprando mais cerveja”, “então, você vai lavar o banheiro para mim”; “eu não como carne vermelha, então tem que comprar mais frango para o churrasco”; “vamos todos juntos na estrada?”, “eu não quero ir em comboio, já deu confusão antes”; “gente, não tem espaço para todos dormirem nos quartos”; “tudo bem, nós dormimos na sala”; “é proibido dormir na sala para não atrapalhar o fluxo da casa”... Fora os e-mails gigantescos trocados com sugestões, reclamações, desabafos e lamentações...

No final, tivemos uma baixa significativa. A família resolveu desistir de ir, depois que a vovó foi “vetada” (essa é uma outra história). Um dos pimpolhos também não vai, os pais preferiram deixar com os avós.

Malas prontas, compras feitas, vamos todos pegar estrada e... suportar as horas de engarrafamento!

O importante é o espírito carnavalesco, minha gente! É praticamente um desfile de escola de samba, com seus devidos requisitos: evolução, harmonia, conjunto, enredo, comissão de frente, mestre sala e porta bandeira, velha guarda...

2 comentários:

Ju disse...

Um comentário, eu como espectadora de toda a situação achei um pouco sem noção a história da menina que é convidada para passar o carnaval e resolve chamar a mãe e a avó! Gente, o que é isso? cadê a educação? o convite é para ela, e não extensível a família inteira... e antes de falar que vai levar, e começar a combinar as coisas, é de bom tom perguntar a dona da casa. Afinal, jovem tem outro pique para carnaval, não tem hora para nada...

querido, beijos e bom carnaval!

railer disse...

viva a folia! hehe
que loucura, hein!