Entra em cartaz hoje nos cinemas o filme “Sexo sem
compromisso”, com Natalie Portman e Ashton. Certamente um filme “mamão com
açúcar” que narra o relacionamento entre dois grandes amigos que acabam
estragando a amizade quando transam em uma manhã.
Lembrei de uma história engraçada de uma amiga que passou
por uma situação parecida e, segundo a própria, foi a coisa mais estranha que
já passou. Numa noite dessas de bebedeira e badalação entre amigos, ela e seu
fiel e companheiro amigo resolveram “confundir as bolas”. Os dois na época
estavam solteiros, descompromissados com o mundo e, portanto, completamente
livres para “novas experiências”, até surgir um “por que não nós dois?”. Fato é
que os dois perderam a noção da bebedeira, e no “calor” da conversa cheia de
insinuações acabaram a noite na... cama.
O nível de amizade era extremamente alto, tipo “amigos de
infância”, apesar de terem se conhecidos no período da faculdade. Segundo a
própria, ela nunca sentiu atração por ele, e acredita que a recíproca é
verdadeira. Então, não foi algo “aquele tesão encubado acabou extrapolando”,
nada disso. A verdade é que os dois estavam bêbados mesmo, num fim de noite
derrota (zero a zero para ambos) e sem nenhuma perspectiva de arranjar alguém.
Lembrando também que, ao contrário dele, ela não era adepta do tal “sexo sem
compromisso” e realmente gostava de se envolver com a pessoa antes de chegar no
finalmente.
Resultado: a transa foi a mais esquisita e desajeitada de
todas que já viveu (nem quando perdeu a virgindade a cena foi bizarra assim).
Eles não sabiam se se beijavam, se só praticavam o ato em si ou se riam da
situação tosca. Nem romantismo nem sexo selvagem. Os dois terminaram logo e
resolveram dormir, afinal o cansaço era mais forte que aquela confusão.
No dia seguinte, a cena não poderia ser pior. Os dois, com
olhos de ressaca, se entreolharam sem saber responder: “o que estamos fazendo
aqui?”. Ele preferiu partir sem muito diálogo. Ela preferiu tomar um café
amargo para cair na real. Um bilhete foi deixado na mesa da sala: “espero que
não mude nada entre nós”...
É fato que os dois ficaram um período (curto) sem se
comunicarem, talvez por vergonha mesmo um do outro. Até que eles resolveram
colocar um ponto final naquele fatídico dia e daí passaram para próxima página
da amizade – que não foi nada abalada. Continuam grandes amigos até hoje, cada
um com seus respectivos.
Um comentário:
se a amizade se mantém, que mal tem?
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