“Dilma assina decreto que aumenta Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) de compras no exterior (...) num esforço para evitar que os
brasileiros que estão viajando para o exterior fiquem excessivamente
endividados e ainda prejudiquem a indústria nacional comprando importados”.
(Globo 25/03/2011)
A questão do câmbio no Brasil sempre gerou polêmica porque
se para uns o dólar desvalorizado é vantajoso, para outros é prejuízo na certa.
Para nós, meros consumidores, é claro que o dólar baixo é compensador, seja
para comprar importados aqui no país, seja para viajar e comprar produtos bem
duráveis muito mais baratos lá fora.
O fato é que quando há esse aumento do dólar passamos a
viver a velha história de “alegria de pobre dura pouco” ou “se correr o bicho
pega se ficar o bicho come”. Se você quer comprar um eletrônico sabe que vai
pagar caro aqui, porque o imposto ainda é pesado, e se for comprar lá fora
(ainda assim mais vantajoso), também vai pagar imposto, no caso o IOF que
passou de 2,38% para 6,38%.
Outra questão é saber o que vale mais a pena: levar dólar em
cash, o que significa comprar dólar de turismo, cujo câmbio é maior, ou comprar
no cartão, que passa a valer o dólar comercial?
Para quem não é rico, mas que faz seu pé de meia para curtir
sua viagem, esse aumento só veio prejudicar os planos, porque qualquer reajuste
significa menos dólares disponíveis para gastar.
Por um lado, acho justo o Governo valorizar o que é nosso,
no caso, os produtos nacionais, contendo a importação excessiva para não
prejudicar a indústria nacional. É a velha “balança comercial” desfavorável que
prejudica o país, quando se compra mais lá fora e vende-se pouco do nosso. Por
outro lado, o fato do Governo aumentar a taxa de forma abusiva (vamos combinar
que de 2,38 para 4,38% é um aumento e tanto!), só faz o dólar circular menos e,
com isso, valorizar rapidamente, diminuindo também o poder de consumo da classe
média (porque para os ricos, isso pouco importa, vão continuar gastando do
mesmo jeito). Resultado: menos viagens para o exterior. Será que isso é
positivo no final das contas?
2 comentários:
Olha, concordo que é preciso ficar de olho na balança comercial e cuidar para que ela fique positiva, mas fico me perguntando até que ponto o governo tem o direito de intervir nas nossas compras e no nosso direito de ir e vir!
Afina, já pagamos imposto pra caramba! Trabalhamos boa parte do ano para ajudar o governo a nos manter, manter o país, será que isso não é necessário? Será que realmente precisa fazer isso?
beijos, ju
concordo contigo. os produtos aqui chegam muito caros e agora comprar lá fora vai ficar mais caro ainda.
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