Esse ano o
mês de carnaval não foi em fevereiro. E quando
isso acontece, confesso que parece que o ano começa estranho, já que é senso
comum achar que o ano só começa de fato depois do carnaval. Se esse rola em
março, vamos combinar que são dois meses “empurrando com a barriga” as decisões
necessárias para depois do feriado.
Isso
ainda me causou um prejuízo por conta de uma confusão na compra de passagem
aérea. Eu ia viajar no carnaval, comprei as passagens achando que estava certo,
afinal, dia 3 caía numa quinta-feira – o dia que escolhi para viajar, véspera
do feriado. Só que havia um pequeno detalhe despercebido: os dias do mês de
fevereiro caem no mesmo dia da semana que o mês de março. Conclusão: comprei a
passagem para 3 de fevereiro. Não consegui trocá-la e, portanto, tive que
cancelar a tão sonhada viagem. Ok, era para estar pegando o vôo hoje, mas já me
“castiguei” o suficiente.
Passada
a lamentação, a outra opção foi viajar com os amigos para Região dos Lagos, no
Rio mesmo. Não, sinceramente essa não foi a melhor solução. Provavelmente você
(que conhece bem o que é passar o feriado na Região dos Lagos) vai dizer:
“nossa, que programa de índio”! Calma, ainda não completei o enredo do meu
samba.
Então
vamos lá: a viagem foi inevitável, porque antes mesmo de planejar a outra
viagem (a tal cancelada), os amigos já tinham avisado “nosso próximo carnaval
já está garantido... será casa de praia, ok?”. Ok. Só não avisaram como seria.
O
convite foi feito a todos (ou quase todos), então uma amiga sentiu-se a vontade
para levar toda família, com direito a mãe e avó. Outros dois casais vão levar
seus pequenos pimpolhos (viva a creche!), já o terceiro casal não tem filhos,
mas sim um filhote vira lata. Opa, reunimos todos e vamos “a la playa”!
Como
de praxe, rola aquela primeira reunião para acertar “quem vai fazer as compras;
quanto cada um tem que contribuir; a distribuição dos quartos etc.”. Os
primeiros conflitos logo aparecem: “eu não vou pagar pela bebida alcoólica, já
que não bebo”, “mas isso é mesquinharia, todo mundo acaba bebendo e comendo de
tudo”, “acho legal ter uma faxineira para limpar os banheiros”, “ah não, eu
prefiro gastar meu dinheiro comprando mais cerveja”, “então, você vai lavar o
banheiro para mim”; “eu não como carne vermelha, então tem que comprar mais
frango para o churrasco”; “vamos todos juntos na estrada?”, “eu não quero ir em
comboio, já deu confusão antes”; “gente, não tem espaço para todos dormirem nos
quartos”; “tudo bem, nós dormimos na sala”; “é proibido dormir na sala para não
atrapalhar o fluxo da casa”... Fora os e-mails gigantescos trocados com
sugestões, reclamações, desabafos e lamentações...
No
final, tivemos uma baixa significativa. A família resolveu desistir de ir, depois
que a vovó foi “vetada” (essa é uma outra história). Um dos pimpolhos também
não vai, os pais preferiram deixar com os avós.
Malas
prontas, compras feitas, vamos todos pegar estrada e... suportar as horas de
engarrafamento!
O
importante é o espírito carnavalesco, minha gente! É praticamente um desfile de
escola de samba, com seus devidos requisitos: evolução, harmonia, conjunto,
enredo, comissão de frente, mestre sala e porta bandeira, velha
guarda...
2 comentários:
Um comentário, eu como espectadora de toda a situação achei um pouco sem noção a história da menina que é convidada para passar o carnaval e resolve chamar a mãe e a avó! Gente, o que é isso? cadê a educação? o convite é para ela, e não extensível a família inteira... e antes de falar que vai levar, e começar a combinar as coisas, é de bom tom perguntar a dona da casa. Afinal, jovem tem outro pique para carnaval, não tem hora para nada...
querido, beijos e bom carnaval!
viva a folia! hehe
que loucura, hein!
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