22 de março de 2011

Rir


A tristeza adoece a alma e o corpo. Faz bem chorar, para não guardar mágoas, dores, angústias, raivas. Chorar pode evitar câncer. Afinal, essa é uma doença que desenvolve nas “escuras”, guarda rancores da alma, tristezas não curadas que acabam dominando o corpo. Um aborrecimento sério pode trazer no futuro a doença maligna, que destrói em pouco tempo toda uma vida.

Se o oposto de tristeza é alegria, o melhor remédio então é rir. Rir das besteiras da vida, da piada engraçada, da figura hilariante, dos micos passados. Vale rir de si mesmo. Deboche de suas próprias atitudes, leve a vida um pouco menos a sério.

Fazer amizades também ajuda viver mais alegre. Reunir os amigos para um bom bate papo é sempre divertido. Quando há intimidade então, é impossível não se lembrar de um episódio engraçado, ou passar por situações bizarras que levam a gargalhadas.

A vida é cheia de momentos sisudos, formais, sérios. São reuniões, audiências, congressos, estudos, projetos, prazos, metas, trabalhos. Quando não somos surpreendidos com doenças, tragédias, incidentes. Mas o bom humor é sempre fundamental. Não digo para contar piada em velório, mas não vamos rezar o Pai Nosso em encontros formais, nem resmungar na fila do açougue.

 
Rir traz a leveza que o corpo necessita para subir a montanha. Deixa o ambiente sereno, leve, descontraído. Faz as pessoas se aproximarem mais de você, sem medo de levar um fora, ou ser mal educado. Alegria gera gentileza também e quebra antipatias gratuitas ou falta de vontade alheia.

Estar alegre é um estado de espírito que precisa ser praticado diariamente, mesmo em dias difíceis. É claro que felicidade demais soa estranho. Ninguém é 100% feliz todo tempo. Convenhamos que chega ser estranho quando deparamos com pessoas “simpáticas” e “solícitas” demais. A velha desconfiança do ser humano de achar que alegria demais cheira falsidade.

Quantas pessoas parecem carregar um piano de cauda nas costas permanentemente? Estão sempre lamentando de alguma coisa que falta na sua vida, porém são incapazes de enumerar o que já possui. São pessoas que exalam compaixão, pena, dor. Muitas se fazem de vítima da própria vida, porque nunca procuram em si mesmo a solução de seus problemas. Costumam, geralmente, culpar sempre alguém por isso.

Por outro lado, há aquelas pessoas que sempre queremos por perto, não é verdade? Mesmo sabendo que a pessoa tem lá seus problemas, ela é sempre positiva, está de bom humor, transmite simpatia e alegra o ambiente por onde passa. Todos querem ser amigo dela, porque sabe que com ela não existe “tempo ruim”.

Isso serve de auto-análise. Reflita como as pessoas lidam com você. Buscar a alegria nas pequenas coisas não é se tornar bobo ou infantil. Saber lidar e ajudar as pessoas não é se anular perante o próximo. Quando a nuvem negra paira sobre nossa cabeça, acabamos afastando as pessoas, sem querer, muitas vezes. Tornemos nossas vidas ensolaradas, mesmo quando o tempo estiver acinzentado.

A última coisa que eu pensei em escrever este texto é que se tornasse algo tipo “auto-ajuda”, com palavras vazias e mensagens generalizadas. Apenas tive vontade de escrever sobre a arte de rir e fazer rir. Conheço histórias de pessoas que se deixaram adoecer porque não souberam ou não quiseram rir quando estavam saudáveis. Pessoas sisudas, que chegam a fechar o semblante para falar, porque preferem lidar com distância com o próximo. Pessoas que carregam o tal piano eternamente, sem ter consciência o quão estorvo se tornam. Porém, antes delas, penso em mim mesmo e o quanto me faço rir para não me deixar triste ou aborrecido pelos percalços do dia-a-dia.

2 comentários:

Geli, Angie, Angel, Angélica disse...

Bom, se depender de risadas já ganhei meu cantinho no céu! Eu rio até quando eu não devia! Hahahahahaha!

railer disse...

rir é muito bom. eu tou sempre de alto astral.