Promiscuidade
sf (promíscuo+i+dade) 1 Qualidade de promíscuo. 2 Uso promíscuo. 3 Mistura desordenada; confusão. 4 Etnol Intercurso sexual indiscriminado sem ligação permanente.
sf (promíscuo+i+dade) 1 Qualidade de promíscuo. 2 Uso promíscuo. 3 Mistura desordenada; confusão. 4 Etnol Intercurso sexual indiscriminado sem ligação permanente.
É revoltante, como cidadão brasileiro, saber que um deputado
federal do Estado do Rio de Janeiro vem a público afirmar que relacionamento
com mulher negra ou homossexual é um caso de promiscuidade. O deputado federal
Jair Bolsonaro foi, no mínimo, infeliz ao afirmar isso em entrevista ao
programa CQC, da Band, respondendo a uma pergunta da cantora Preta Gil sobre “o
que ele faria se filho dele se apaixonasse por uma negra”. (veja na íntegra a
entrevista abaixo).
Antes de mais nada, a questão de preconceito está acima de
qualquer “liberdade de expressão” de alguém que venha se pronunciar publicamente
e, portanto, deve ser punido sim, pela justiça. Não sejamos hipócritas em achar
que não há preconceituosos na sociedade brasileira, seja contra gays, seja
contra negros, seja contra mulher,seja contra deficientes, seja contra pobres. Uns são explícitos,
julgando e condenando abertamente suas vítimas, já outros são contidos e
simplesmente camuflam seus preconceitos. É a velha história do “não tenho
preconceito, desde que minha filha não namore um negro, nem meu filho seja
viado”, ou seja, da porta para fora de casa respeita-se, dentro de casa,
condena-se.
Infelizmente, algumas pessoas apreciam atitudes como essa do
deputado, por afirmar que ele é “autêntico”, “verdadeiro” e não esconde suas
“preferências”. Talvez o resultado disso seja o número de eleitores que votam
nesse sujeito. Caso contrário, ele não seria deputado, certo?
Para piorar, o mesmo deputado respondeu às críticas durante
o velório do ex-presidente José Alencar dizendo que “estava se lixando aos
movimentos gays” e negou ser racista porque “existem muitos pobres nas Forças
Armadas”. Oi? Como assim ele associa negro à pobreza?
Segundo os filhos, que “foram muito bem educados e por isso
não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays”, o pai tem uma
opinião que é polêmica, pois vai contra o “politicamente correto” e ainda
completam: “O que a família Bolsonaro faz nada mais é do que valorizar
conceitos e valores da família, valores éticos, valores morais...”. O velho
discurso da ditadura militar, que recebeu o apoio da Igreja Católica
e das “famílias tradicionais brasileiras” na época.
Convenhamos que os verdadeiros “valores de ética, moral, da
família” são o respeito, a caridade, a compaixão e o amor ao próximo. “Amar ao
próximo como a si mesmo”, sem discriminação. Como pessoa pública que tem poder
da representatividade do povo, o deputado deveria ser o primeiro a dar exemplo
de boa conduta e dos valores morais.
O que mais lamentamos é que dificilmente haverá punição no
final da história.
2 comentários:
o que mais revolta é isso, saber que dificilmente algo será feito. mas a esperança é a última que morre e ele devia, sim, pagar por essas palavras babacas.
as pessoas tem que abrir mais a cabeça e perceber que o preconceito é uma questão de ignorância, de não conhecer as coisas direito.
informar-se sobre um assunto é sempre muito bom, enriquece e ajuda a formar boas pessoas.
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