27 de agosto de 2009

Onde está o Belchior?

Coitado do Belchior...

o cara resolveu desaparecer para mídia, mas "preocupada" com seu sumiço, resolveu lançar o "onde está o Belchior?". Sendo um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso e com medo de avião, ele deve estar curtindo uma praia cheia...


eu já achei!

25 de agosto de 2009

BINGO!!!!

Aquela vizinha espaçosa e invasiva – que minha avó tem – adora contar suas vantagens, que nem sempre são. Desta vez, ela veio contar uma história de bingo. Ela é viciada em bingo, como muitas desocupadas da Zona Sul. É capaz de dizer ao marido – que não suporta o jogo – que vai à missa, para encontrar um tempinho e dar uma “passadinha” no bingo.

Em uma dessas saídas, ela tinha na carteira cinqüenta reais. Chegou a pegar mais cinqüenta no armário do marido, mas depois a culpa bateu e resolveu devolver antes de sair de casa. Já no Bingo clandestino (agora todos os bingos são clandestinos!), ela resolveu comprar uma cartela, de quinze reais. “O prêmio será uma televisão LCD, 42 polegadas”. Que beleza! E olha que nem precisava de cartela cheia.

Não seria surpresa se o resultado disso não desse em... BINGO! Ela levou a televisão... quer dizer... ainda não! “E agora? Como eu vou chegar com essa televisão em casa? Meu marido vai me expulsar de casa! Outra televisão ele não vai suportar!”.

Parênteses: Sim. Ela já ganhou uma televisão antes no bingo. E quando ganhou, pensando que iria surpreender a família, ligou toda contente para casa pedindo que o marido buscasse para levar o prêmio. “Onde você está?”, perguntou o marido. “Benhê, vem me buscar. Estou no Bingo”, respondeu. “Como assim? Você não ia para igreja?”, “Você vem ou não vem me buscar?”. Ele foi, mas contrariado e prometendo nunca mais fazer isso.

Pois então, ela se encontrava na mesma situação. E agora?
Agora vamos tentar as vizinhas. Alguém teria que ajudar nessa tarefa! Ela pediu para o gerente do bingo segurar por um momento o prêmio, enquanto tentava resolver o problema. Tocou em uma campainha e nada. Tocou na segunda, e nada. Tocou na minha avó também, mas não havia ninguém. Sem saída, ela voltou ao Bingo. “Poxa, seu gerente, você bem que poderia reverter o prêmio em dinheiro, hein?”, indagou. “Mas minha senhora, eu não posso. O prêmio é uma televisão. E se você não puder levá-la, vamos voltar a sortear no bingo”, respondeu o gerente do bingo clandestino.

Depois de tanta negociação, a vizinha conseguiu convencer o gerente. Recebeu mil reais pelo aparelho. Ok, a televisão vale muito mais que isso, mas fazer o quê? Ela não podia voltar para casa com a SEGUNDA televisão ganha no bingo. Paciência.

Da próxima vez conto o episódio quando a vizinha foi parar na delegacia por conta do bingo.

19 de agosto de 2009

Jeunes filles au piano, déjà vu


É engraçada a sensação de rever um momento do seu passado, quando nos deparamos com lugares, cheiros, pessoas ou situações que nos levam às lembranças da infância. Depois de receber um convite inesperado, resolvi comparecer a um sarau. O lugar já não é mas o mesmo, nem as pessoas, mas o ambiente me inspirava o passado. A anfitriã deste encontro, e quem me fizera o convite, foi uma das minhas ex-professoras de piano, que há anos não me via. Ela não escondeu a emoção ao me rever depois de tantos anos. Há pelo menos dez anos deixei a escola de música e desde então pouco fiz contato com a casa. Muitos professores e alunos da época já não estão por lá... nem a querida secretária.

Guardo boas lembranças dessa época, quando pude aprender e apurar meu breve talento musical. Foi lá também que descobri o prazer do teatro. O lugar respirava arte para todos os lados, e meu encanto era tanto, que praticamente fazia deste o meu terceiro lar (o segundo certamente era casa de meus avós). É desta época também minhas primeiras aventuras no palco, quando minhas mãos molhadas de suor arriscavam Mozart, Johann S. Bach, Chiquinha Gonzaga, Zequinha de Abreu...

E foram justamente essas lembranças que me fizeram conferir de perto este sarau. Quando cheguei à antiga casa, deparei-me com janelas fechadas, porta trancada e a ausência do letreiro. “Poxa, cadê a escola?” Foi quando me lembrei do antigo (e por sorte o mesmo) telefone e pude conferir o novo endereço.

Já no novo espaço, reparei as expressões dos novatos, a simpatia peculiar de minha ex-professora e seu cuidado com os convidados, a tensão pré-apresentação dos alunos... nossa! Exatamente quando era um deles. “Este aqui foi nosso aluno desde os seis anos de idade”, orgulhava-se Tia Cecília ao me apresentar para os presentes. E minha figura ainda se fazia presente de alguma maneira naquele novo espaço: havia fotos dos antigos alunos no mural na recepção, e eu estava lá, em pelo menos duas fotos.

No final das contas, toda essa lembrança me deu vontade de voltar a estudar música, mas infelizmente as prioridades da vida adulta são outras, o que nos forçam optar pelos cursos de pós, idiomas, reciclagens e tantos outros para crescimento na carreira. Quem sabe, na aposentadoria não volto a me dedicar aos exercícios, arranjos e harmonias musicais?

Para terminar esse raciocínio, volto a dizer como é bom rever nossas lembranças do passado. Durante anos, enquanto estudei piano, lembro-me de uma réplica do quadro de Pierre August Renoir, chamado Jeunes filles au piano, que ficava em cima do antigo piano da sala. Lógico que não me importava o nome do pintor, o nome do quadro, quando foi pintado, muito menos o museu em que se encontrava. Mas sua figura era marcante, tanto que guardei em minha memória.

Em janeiro de 2008, quando tive a grande oportunidade de visitar o Museu D´Orsay, em Paris, ao adentrar em uma das salas, deparei-me com o quadro original. Foi inevitável a emoção do instante. Pois naquele momento, depois de tantos anos, revi minha infância celebrada naquela pintura singular e inesquecível.

Ontem, revi o velho quadro, ou melhor, a velha réplica que tanto me marcou na infância, exatamente em cima do velho piano... só que em outra sala.

14 de agosto de 2009

Segue seu caminho...

Viemos ao mundo para crescer! Aprendemos a cada dia uma lição diferente e desde pequenos, vamos construindo nossos caminhos. Às vezes, por comodidade, optamos pelo mais fácil, sendo muitas vezes esse o mais errado também. Então, nos deparamos com pessoas e situações de todos os tipos. Aos poucos, vamos construindo também nossa personalidade e nosso caráter. E nesse ponto específico, o papel dos pais é fundamental. Eles são nossa base, nosso maior exemplo a ser seguido. Deles, tiramos o que é certo e o errado. E com eles, aprendemos o caminho do bem. Assim deveria ser.

“Honrai a vosso pai e a vossa mãe”, independente dos erros que cometam, das falhas e defeitos que carregam. Pense que estes são tão humanos quanto você e, portanto, suscetíveis ao erro. “São crianças, como você”, como dizia Renato Russo. Isso mostra, que nem sempre é o filho que aprende a lição com o pai. Muitas vezes, nós, filhos, é que mostramos o que é o certo e o errado. Talvez porque falte a maturidade espiritual aos mais velhos.

Ao contrário do que costumam dizer, escolhemos sim nossa família. Pai, mãe, irmãos, avós não são parentes à toa. E esses fazem parte de sua vida, querendo você ou não. Vieram unidos para crescerem e progredirem juntos. Cada um no seu tempo.

Quando alcançamos a idade adulta, já com nossos princípios fundados, percebemos o quanto nossos pais foram importantes para nossa formação como cidadão, homem de bem. Mesmo que seja pelo caminho torto. O exemplo negativo também é válido, justamente para percebermos o que NÃO devemos fazer quando adultos.

O maior exemplo é quando vivenciamos situações de brigas e desrespeito em nossos lares e prometemos não seguir o mau exemplo quando passamos constituir nossa próxima família. Palavrões, vícios, traições e xingamentos são exemplos a serem findados, esquecidos, deletados de nossa memória.

Nós somos responsáveis pela felicidade do próximo e, principalmente, dos nossos filhos! Passemos então os conceitos do respeito, do amor, da caridade, da compaixão aqueles que estamos deixando no mundo. Essa é a verdadeira passagem de bastão. Esse é o verdadeiro exemplo a ser seguido.

Aos que pensam apenas nas heranças, nos bens materiais, nas riquezas conquistadas com suor do trabalho dos que já se foram, só lhes resta a compaixão, porque desconhecem o futuro incerto que há pela frente. Riquezas são findáveis, quando não administradas com primor. E muitas vezes, a opção pela riqueza material nos leva para caminhos obscuros, já que atraem apenas os interesseiros e oportunistas.

Busquemos, então, o que nos proporciona a verdadeira felicidade: a paz de espírito e a certeza que não iremos prejudicar o próximo com os nossos interesses, principalmente, se esses forem apenas materiais. A família é o maior presente que Deus poderia nos dar em vida. Acredite nisso!

11 de agosto de 2009

Uma luz no fim do túnel

Hoje passei por um susto e tanto. Rolou um tiroteio no Túnel Santa Barbara, e eu estava no meio disso!!!

Estava indo para o trabalho e no meio do túnel houve um engarrafamento. De repente alguns carros começaram a dar marcha ré, e logo em seguida, as pessoas começaram a abandonar os carros e saíram correndo em direção contrária ao trânsito para sair do túnel. Como estava entre os carros, eu e minha amiga fizemos o mesmo, abandonei meu carro, e saí correndo também. Quando não estávamos mais aguentando correr (e nessa hora percebi o quanto estou fora de forma!) dei uma parada, mas logo começaram os tiros, quando voltamos a correr desesperadamente. Sério, sensação horrível!

No final, a polícia (que queria entrar de carro no túnel) entrou correndo. Depois o trânsito foi liberado e conseguimos sair em paz. Pelo menos um carro foi assaltado e este estava muuuuito próximo da gente.

Já virou clichê a revolta dos cariocas com a violência urbana. Ok, vivemos em uma grande metrópole, e todas têm problemas de violência. Mas de qualquer forma é revoltante sim perceber que a qualquer momento você pode passar por situações de perigo. Não estava andando de madrugada, nem em situações de risco. Estava indo para o trabalho, às 7h30 da manhã. E o que percebemos é a falta de segurança para todos os lados.

O desespero toma conta e você é obrigado a abandonar tudo em prol de sua segurança. “Corre, corre!”, é o grito de ordem dos transeuntes. Você fica parado? Claro que não! E nesse corre-corre, cenas desumanas de idosos abandonando seus carros, amedrontados, tentando fugir do perigo. “Saia do carro, filha!”, gritava um senhor tentando salvar a sua e a vida de sua esposa, também idosa.

Infelizmente, apenas quando vivenciamos situações como essas é que percebemos o quão perigoso está em viver nesta cidade.

Enfim, depois do sufoco e do susto, agora está tudo bem.

Matéria do G1
Matéria do RJTV

4 de agosto de 2009

À Deriva – o filme


Um olhar adolescente para as questões adultas é o que traz o filme “À Deriva”, de Heitor Dhalia (o mesmo de “O Cheiro do ralo”). Em estilo bastante “afrancesado”, o longa tem um ritmo lento, com uma fotografia fascinante (até porque tem Búzios como cenário) e um roteiro bem trabalhado. Tudo para tornar um filme real. Digo real, porque a construção da narrativa se faz conforme as descobertas da protagonista. Aos olhos de espectadores aflitos (acostumados a filmes de ação), pode parecer um filme chato, em que nada acontece de extraordinário. Mas para quem está a fim de curtir um filme Cult, vale muito a pena.

Filipa é uma menina com quatorze anos, sendo a mais velha de três filhos de um casal à beira de uma separação. Ela descobre que o pai trai a mãe, e percebe que esta não anda bem emocionalmente, com suas constantes crises e bebedeiras.

Em meio ao turbilhão familiar, Filipa ainda consegue desvendar o universo da sexualidade, peculiar da idade efervescente. Ela vai “transparecendo dúvidas, curiosidades e inseguranças comuns a sua idade”, como bem define a crítica do Globo. Ao mesmo tempo, encontra no mundo adulto, um universo de farsas, traições, bebidas, sexo, que de alguma forma é desmascarado por ela aos poucos. É nesse processo de deflagrar a realidade em que o filme se desenrola.

É flagrante perceber que a protagonista é a nova aposta do diretor, em selecionar uma menina desconhecida, em princípio com pouca expressividade e, portanto, pouca experiência dramática. Porém, é interessante saber que tal escolha saiu realmente “por acaso”, ao ser identificada pelo Orkut.

Quando criança, passando pela adolescência, buscamos nos pais a nossa base. Mas quando percebemos que os nossos pais também são tão frágeis e sujeitos a falhas, ficamos “desconsertados”. O significado do título vem justamente provar que, todos nós – incluindo jovens e adultos – estamos à deriva de nossas próprias vidas: sujeitos aos erros e acertos, sem base, muitas vezes. Com final sereno, belo e metafórico, o encontro entre pai e filha demonstra exatamente isso.



Site do filme

3 de agosto de 2009

Se não aguenta, por que veio?

A sessão “Page not found” do Globo online é realmente fantástico! Divirto-me com as pérolas e bizarrices do mundo. E desta vez a bizarrice é o fim de um casório envolvendo um homem de 85 anos e uma jovem de 24. O motivo: “ele só queria sexo”! O velho bilionário deu uma canseira na menina e esta acabou não aguentando e pediu a separação. “Ele queria sexo quase o tempo todo, e eu não sou esse tipo de garota”, reclamou a menina.

Ela, coitada, era manicure de um luxuoso hotel e saiu da vida difícil depois de ser conquistada pelo coroa. Antes de casar, foi presenteada com um Porsche. Bem, no final de tudo, ela resolveu arranjar um novo namorado, com 28 anos. Este, talvez, tenha um apetite sexual compatível com a idade...

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