2 de agosto de 2017

Vamos falar de relacionamento



É engraçado, mas quando criei esse blog, há dez anos, sempre vinham histórias sobre relacionamentos alheios. Às vezes, me pegava pensando também como seria o meu, quando tivesse.
Sim, já namorei outras épocas, mas fiquei uns bons cinco anos solteiros, o que me fez amadurecer e refletir muito que tipo de relacionamento eu esperava ter. Sabemos que não há uma cartilha para ter um perfeito, mesmo já sabendo que todos eles devem ter respeito, companheirismo, admiração, carinho etc.

Como bom pisciano, sou idealizador e, claro, imaginava que minha companheira deveria ter certas características para combinar comigo. No mínimo, ser uma pessoa comunicativa, afinal, sou comunicativo e gosto de conversar, conhecer pessoas novas, fazer boas amizades.
Até que conheci uma pessoa que, mesmo sendo simpática comigo, não era a mais comunicativa do ciclo de amigos em comum. Nos conhecemos no trabalho, sentando um próximo ao outro. E em apenas dois meses no emprego novo, já havíamos combinado uma viagem juntos, em grupo. A velha clássica da amizade que virou romance.

No início, acompanhei suas frustrações amorosas, ouvia suas histórias e os “causos” com outros garotos. Mas desde já, imaginava que tudo aquilo poderia ser resolvido num piscar de olhos. Bastava ela me dar uma chance, e daí as coisas iriam caminhando...

Esse dia aconteceu de forma bem despretensiosa. Uma festa de amigo, um convite de última hora, ela resolveu levar uma amiga e apareceu já tarde da noite. Nesse dia, lembro-me que estava rodeado de amigos, bebendo, dançando, nos divertimos como sempre fazíamos quando estávamos juntos. Mas eu percebi também que ali tinha uma chance. Talvez se eu fosse mais direto, objetivo, não deixasse escapar o velho papinho de “somos apenas amigos”.

Meu histórico de approach nunca foi lá essas coisas. Os mais próximos sempre me alertavam: “deixa de ser amiguinho. Chega logo e pronto”. Talvez, naquela noite, eu tenha ouvido uma voz no pé do ouvido dizendo exatamente isso. E fui. Por um segundo, já me vi abraçando e beijando aquela menina, que até então não me enxergava como um pretendente (não gosto desse termo, mas é o que veio à cabeça).

Então, começamos a ficar juntos. E com a convivência diária no trabalho, era quase impossível não ter uma aproximação mais intensa. Já almoçávamos juntos praticamente todos os dias, antes de acontecer. Depois, era natural ficarmos juntos. Se antes voltava de metrô, agora já tinha um pretexto para preferir o ônibus, e assim voltarmos conversando no caminho até o ponto.

Nossas conversas passaram a ser sobre nós dois. Não havia mais espaço sobre casos passados, frustrações, fantasmas que magoaram... E cada vez nos entendíamos mais, cada um com sua personalidade.

Sobre a personalidade, aliás, há um grande hiato que nos separa. Pois se eu sou expansivo por natureza, ela é extremamente reservada, de poucas palavras. Às vezes, me irritava (acho que ainda irrita) aquele silêncio no carro, quando não há diálogo. Sim, eu preciso aprender que o silêncio num relacionamento é importante, para não haver discussões idiotas. Pensar mais que falar. Estou aprendendo muito com ela sobre isso. Ainda coloco nesse parágrafo sobre personalidade o fato de eu ter muitos amigos e, consequentemente, uma vida social intensa. Já ela tem os mesmos “amigos de fé, irmãos camaradas”, amigos de copos e tantas jornadas. Isso faz com que ela nem sempre está disposta a me acompanhar (e ser simpática com todos), e nem eu de abrir mão da programação com os amigos.

Mas é quando estamos só nós, ali, juntos, no nosso cantinho (seja na minha casa, ou na cama dela), é que nosso entendimento e cumplicidade falam mais alto. E sabe aquele silêncio que tanto me incomoda em outras situações? Pois é, nesse momento, o nosso silêncio fala muita coisa sobre nós. Nossas bobeiras, nossas risadas, nossas dancinhas toscas, nossas... enfim, quando somos nós, eu & ela.

No último dia 31, completamos um ano de namoro. E quando resolvi escrever sobre relacionamento, foi para datar algo que já vem acontecendo ao longo desse um ano. E que nos faz muito bem. Mesmo com todas as nossas diferenças; mesmo com o silêncio, ora cabível, ora irritante; mesmo com os zilhões de compromissos sociais; mesmo quando eu quero acordar cedo e ela só pede para dormir mais um pouco... tudo isso é feito o nosso relacionamento, que vai muito bem, obrigado!


28 de junho de 2017

Ibitipoca e sua água de coca-cola


Parque Estadual do Ibitipoca

A vila de Conceição de Ibitipoca é típica cidade pequena do interior, com suas ruas de pedra, casinhas antigas e igreja no centro. O lugar virou atração turística por suas belezas naturais, com visuais de montanhas, cachoeiras, grutas e trilhas fantásticas. Ibitipoca, como é chamada, é distrito do município de Lima Duarte, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, a 260 km da cidade do Rio de Janeiro e apenas 90 km de Juiz de Fora. De Lima Duarte até o centro de Ibitipoca são 24 km de estrada de terra, com muita subida.


O Parque Estadual do Ibitipoca é o ponto turístico principal da vila, onde os turistas percorrem quilômetros e quilômetros em caminhada para conhecer suas belezas entre cachoeiras, grutas, chapadas, rios etc. Há muitas opções de passeios dentro do parque, mas a maioria busca conhecer os três principais: Janela do Céu, Pico do Pião e Cachoeira dos Macacos.


A primeira – Janela do Céu – é a mais famosa, mas também a mais cansativa. O visitante tem que ter disposição para caminhar cerca de 16km (8 km de ida mais 8km de volta), até chegar na queda da Janela do Céu, que guarda um visual incrível. Em alta temporada, como férias e feriado, o lugar é bastante disputado, o que perde um pouco do encanto. Chega a formar fila para tirar foto no precipício (área de extremo perigo, mas que as pessoas ignoram e se arriscam por uma boa foto!). Ao longo da caminhada, é possível conhecer algumas grutas, como a Gruta da Cruz e a Gruta dos Três Arcos. Depois segue até a cachoeirinha, que forma uma piscina com direito a areia.

Janela do Céu

A dica é chegar bem cedo para conseguir estacionar ainda dentro do parque, porque o limite de vagas é pequeno e costuma acabar logo. No final da trilha, você agradece por ter deixado o carro dentro do parque. Do estacionamento até a saída (portaria), são 1.300 metros (ou seja, se você já percorreu 16km, um quilômetro a mais faz muita diferença para suas pernas!). O Parque abre às 7h e, dependendo do número de visitantes, umas 8h já não tem mais vaga. Nós conseguimos estacionar dentro do parque e fizemos nossa caminhada de forma bem tranquila. Ao todo, levamos 8 horas de passeio. Portanto, é fundamental levar bastante água e comida (sanduiches, biscoitos etc.). Há restaurante e bar próximo à central de visitantes.

Cachoeirinha

O segundo passeio é o Circuito das Águas, que reúne Lago dos Espelhos, Lago Negro, Ponte da Pedra, Prainha e Cachoeira dos Macacos (com o Lago dos Mirantes). É um percurso mais curto, de aproximadamente 5 km no total, mas que também guarda muitas subidas e descidas. Há muitas paradas no caminho para curtir o visual. Particularmente, foi o passeio mais interessante que fiz. Para quem tem coragem de enfrentar a água gelada, vale um mergulho tanto na Cachoeira dos Macacos, quanto no Lago Negro. Chama atenção a cor da água, que parece com coca-cola.

Lago Negro

Não fizemos a trilha para o Pico do Pião. Há outras opções de passeios fora do parque, mas geralmente é feito com guia, por serviço cobrado. O Parque Estadual do Ibitipoca cobra entrada por pessoa – R$10 em dias comuns, R$20 nos finais de semana e feriados – e por veículo (R$20).
À noite, a vila costuma ser agitada com shows desde reggae, passando por rock e samba, até MPB. Provar das cachaças mineiras faz parte do roteiro, até mesmo para aquecer do frio que faz na serra. No Portal da Serra, há várias opções de bares reunidos, o que eles chamam de “shopping”, por ter um pátio interno. Aos fins de semana, rola show ao vivo.

água na cor de coca-cola

Vale dar uma passada na Pizzaria Serra Nostra, bem no centro, e experimentar além das pizzas, os pratos executivos com comida típica mineira! 

Veja opções de passeios, hospedagem e dicas do local: http://www.ibitipoca.tur.br/ 




22 de maio de 2017

Chapada dos Veadeiros – Recanto das Cachoeiras




O cerrado brasileiro guarda um dos cenários mais incríveis do País. Chapada dos Veadeiros, em Goiás, a cerca de 250 km de Brasília, é um lugar cercado de belas cachoeiras, montanhas e trilhas fantásticas. O lugar virou destino certo para os aventureiros que curtem a natureza, sem luxo nem ostentação. Desde 1989, a região passou a receber turistas de todas as regiões, mas nós cariocas estamos descobrindo esse paraíso de uns anos para cá e cada vez mais aumenta o número de visitantes. Em alta temporada, algumas cachoeiras chegam a receber dois mil turistas por mês (ou até mais).

Aproveitei a baixa temporada e o período de seca para conhecer a Chapada e aqui conto minha experiência, descrevendo os principais passeios e dando algumas dicas para quem pretende conhecer. Minha primeira dica é escolher o melhor período de visitar a Chapada, por conta do período de chuvas. Este começa no mês de dezembro e se estende até abril. Já o período de seca ocorre de maio a novembro, o que garante cachoeiras com volume d´água menor, mais tranquilo para mergulhar. Eu fui durante o mês de maio e tive a sorte de pegar uma semana sem chuvas.

Vista da estrada para Morro da Baleia
A Chapada dos Veadeiros abrange vários municípios, como Colinas do Sul, Cavalcante e Alto Paraíso. Mas é na Vila de São Jorge, distrito de Alto Paraíso, que se encontra o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, criado em 1961. Alguns turistas optam por dividir entre Alto Paraíso, São Jorge e Cavalcante. Em Alto Paraíso, a estrutura é melhor, com mais opções de restaurantes, comércio, bancos etc. Mas escolhemos a Vila de São Jorge por ser mais próximo não só do parque, mas dos principais passeios. Na vila, há (poucas) boas opções de restaurante, mas vale pela tranquilidade e sua simplicidade. Vila de São Jorge fica a 30 km de Alto Paraíso e a estrada que liga um ponto do outro é perfeita, com visual que vale a pena parar. Uma das cenas mais incríveis foi acompanhar o nascer da lua na estrada, com céu estrelado (pena que não conseguimos registrar).

Para facilitar, separei o roteiro por dias, com as cachoeiras visitadas e suas classificações em relação à distância da Vila de São Jorge (Percurso de Carro – PC), ao tempo de trilha e ao nível de esforço físico. Vale ressaltar que essa classificação é em relação ao nosso esforço físico. Éramos quatro adultos, sendo duas mulheres e dois homens, com condicionamento físico ok, sem dificuldades para trilhas, mas também sem pretensão de fazer correndo o percurso. Em algumas trilhas, paramos algumas vezes para recuperar o fôlego, tomávamos uma água, e seguíamos com ritmo tranquilo. Nosso guia nos ajudou a classificar os passeios indicados para crianças a partir de 5 anos.

Cataratas de Couros
Por falar nisso, adianto que todos os dias fazíamos uma trilha. Em exceção de um ou dois passeios, a maioria exige um tempo de caminhada até a cachoeira. Por isso, é importante frisar que Chapada dos Veadeiros é um lugar para quem curte natureza, caminhar por trilhas de pedras, algumas com subidas e descidas, em áreas com muita vegetação. As fotos geralmente só mostram as belezas imperdíveis da Chapada, mas não demonstram o percurso até lá. 

Como a distância é maior para quem sai de Goiânia (400 km), a maioria dos visitantes prefere sair de Brasília, pegando a estrada GO-118, que tem ótimas condições de conservação, bem sinalizada, e com cenários incríveis. Chegamos à capital federal ao meio-dia e nosso guia nos buscou no aeroporto. Muitos preferem alugar um carro no aeroporto e contratar um guia já em Alto Paraíso ou em São Jorge. Como recebemos indicação do nosso guia, já fechamos um pacote completo, com transfer de ida e volta no carro dele.

Cachoeira Almecega I

Minha dica é contratar um guia, por facilitar o deslocamento na região para os passeios, além de sua orientação nas trilhas e nos melhores pontos turísticos. Nosso guia Alex, super recomendado, se tornou um grande companheiro nas nossas aventuras! Além de atencioso, Alex gostava de parar para tirar fotos (o que para nós é um fator importante, rs) e sempre tinha as dicas imperdíveis dos lugares. Ele foi o responsável pela seleção das cachoeiras em nosso roteiro. Já adianto que não é necessário contratar guia local para o Parque Nacional e outros passeios, mas para Santa Bárbara sim. Sentimos falta de alguns passeios, mas por falta de tempo e por conta da seca na região, optamos em não realizar.

No dia que chegamos, num domingo, não incluímos nenhum passeio porque já era tarde. Apenas deu tempo de ver o pôr do sol do mirante do abismo ou, como é conhecido na região, “disco-porto”, onde se presume que seja o local preferido para os extraterrestres pousarem suas “naves”, segundo os locais. Aliás, toda a região de Alto Paraíso e de São Jorge tem a fama de ser um local privilegiado por atrair objetos voadores não identificados. Há muitos turistas que vão para região para vigiar e tentar encontrar um. A explicação é que o local guarda uma riqueza mineral de fama internacional, já tendo sido um dos principais pontos de exploração no País (na década de 1920). Diz-se que o município está sobre uma enorme placa de quartzo. Para quem chega à cidade de Alto Paraíso, chama atenção o portal da estrada em formato de disco voador, além das lojas e restaurantes que vendem objetos sobre E.T. e esse universo extraterrestre. Ninguém nunca até hoje viu de fato um ser extraterrestre, mas as aparições de ovni para moradores e visitantes acabam instigando ainda mais a curiosidade.



Então, vamos ao roteiro:

1º Dia – Cataratas dos Couros
Primeiro passeio que fizemos foi para as Cataratas dos Couros. Uma sequencia de quedas d´águas incríveis, com visual fantástico. A trilha até a primeira parada é super tranquila, mas conforme descíamos à beira do rio, o nível de dificuldade aumentava. O passeio garante várias paradas para mergulho e fotos, lembrando que em período de chuva, não é possível mergulhar pelo forte volume d´água.


Percurso de Carro (PC) – saída da Vila de São Jorge: 110 km
Trilha: 3.9 km (ida e volta), cerca de 40 minutos de caminhada parando para fotos.
Nível Médio
Custo de entrada: gratuito
Criança – indicada até a primeira parada.


2º Dia – Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Optamos pela trilha até Cânions 2 e Cachoeira das Cariocas. Há três opções de trilhas, sendo que uma delas só é possível por um período do ano, porque são 23 km e exige pernoitar no parque. A segunda opção é para Cachoeira de Saltos, sendo uma boa caminhada de 6 horas totalizando 10 km (com subida intensa no final). Nossa escolha foi pelo prazer de pular e ficar mais tempo na cachoeira, o que em Cariocas é perfeito.

trilha sinalizada no Parque Nacional

Cachoeira das Cariocas
PC – não tem (entrada fica em São Jorge)
Trilha: 11 km (ida e volta), 1h30 de caminhada puxada.
Nível Médio para Difícil
Custo de entrada: gratuito
Não recomendada para criança


3º Dia – Cachoeiras Santa Bárbara e Capivara (cidade de Cavalcante)
A mais disputada cachoeira da região é conhecida por suas águas cristalinas que impressionam. Chegar até lá não é tão fácil. Quem parte de São Jorge, roda 160 km de carro, tendo 30 km de estrada de terra. Dependendo do veículo, após a entrada da fazenda, é preciso pegar um transporte alternativo, do tipo pau de arara, por conta da irregularidade da estrada. Caminha-se ainda uns 30 minutos até a cachoeira, mas nada muito puxado. Há limite de visita por dia, e cada turista pode permanecer até uma hora no local. Em alta temporada, esse tempo diminui para 30 minutos.

Já a Cachoeira da Capivara, a 26 km do centro de Cavalcante, tem uma área maior que Santa Bárbara, recebe sol direto e também é ótimo para mergulhar. A caminhada é um pouco mais íngreme, mas ainda vale a pena conhecer.

Santa Bárbara


PC – 160 km (sendo 30 km de estrada de terra)
Trilha – 1.3 km, 30 minutos de caminhada
Nível Fácil
Custo de entrada: R$20 por pessoa (serve para Capivara também).
Indicada para criança

Capivara


PC – 160 km
Trilha – 1 km, 15 minutos (com descida)
Nível fácil para médio
Indicada para criança


4º Dia – Vale da Lua, Raizama e Águas Termais Morro Vermelho
Quem vai para Chapada, tem que conhecer Vale da Lua. Não existe uma queda d´água como as outras cachoeiras, mas a formação rochosa é tão diferente, que a sensação é que realmente você está andando na lua. Em período de seca, é possível mergulhar entre as rochas e a experiência é incrível! 
Há algumas cavernas que vale a pena desvendar. O trecho de rochas não é tão longo e a piscina formada no final do passeio é convidativo. 

Já Raizama é uma cachoeira que fica em uma propriedade meio louca (rs), onde havia shows num palco peculiar, cercado de figuras da música internacional. Vale uma pausa para tirar fotos nos instrumentos velhos que servem de cenário. A cachoeira é bem tranquila, assim como sua trilha. A queda d´água mesmo a gente não vê porque ficar numa área de difícil acesso. Vale o mergulho.

Para terminar bem o dia, uma parada nas águas termais que garantem um relaxamento nos pés cansados das caminhadas. A água morna que brota do solo é convidativa para ficar nas piscinas artificiais criadas. Na entrada, diz que é proibido levar bebida (principalmente garrafa de vidro), mas nós conseguimos levar um vinho para curtir até umas 20h30 o local. 

Vale da Lua


PC – 12 km
Trilha – 1 km, 15 minutos de caminhada
Nível fácil
Indicada para criança
Custo de entrada: R$20 por pessoa

Raizama


PC – 3 km
Trilha – 3.5 km, 40 min de caminhada
Nível médio (muitas pedras)
Indicada para criança (com dificuldade)
Custo de entrada: R$20 por pessoa

Águas Termais Morro Vermelho
PC – 13.5 km
Trilha – não tem trilha (só 5 minutos da entrada até a piscina)
Nível – fácil
Indicada para criança
Custo de entrada: R$20

5º Dia – Cachoeira do Segredo
Uma cachoeira reveladora, com uma queda d´água fantástica, formando uma grande e profunda piscina. O caminho de terra não é fácil nem para carro, passando pelo rio algumas vezes. Dependendo do período do ano, o sol não chega na queda, o que deixa a água ainda mais fria. Mas vale muito a pena encarar a caminhada de 6 km, sendo, particularmente, uma das cachoeiras mais bonitas da região.

caminho para Cachoeira do Segredo

Cachoeira do Segredo

PC – 20 km
Trilha – 6 km, 1 h de caminhada*
*em período de seca. Em período de chuva, o estacionamento é mais distante, o que aumenta para 9 km a trilha
Nível médio para difícil (muitas pedras)
Custo de entrada: R$20
Não indicado para criança

6º Dia – Almecegas 1 e 2, Cachoeira São Bento
Almecegas 1 e 2  além de São Bento ficam em um hotel fazenda entre Alto Paraíso e Vila de São Jorge. Para quem viaja por curto período, esse passeio é uma ótima opção, por ter três opções boas de cachoeiras para conhecer. Almecega 1 é sem dúvida a mais bonita e interessante, com uma queda d´água exuberante! Em todas as paradas, um mergulho quase obrigatório!

Almecega I
vista do mirante Almecega I
 São Bento
Cachoeira São Bento

PC – 26 km
Trilha – 1.5 km (até Almecega 1), 30 minutos
Nível médio (Almecega 1)**
Custo de entrada: R$30 (vale para os 3)
Indicada para criança
** não há trilhas para Almecega 2 e São Bento, apenas uma caminhada

7º Dia – Cachoeira Morada do Sol
Nosso último dia de passeio na Chapada foi nessa cachoeira  super tranquila e deliciosa. Caminhada leve, próximo à vila, e uma queda pequena, mas nem por isso deixa de ser convidativa para um mergulho. É para relaxar mesmo e aproveitar os últimos minutos nesse paraíso.


PC – 6 km
Trilha – 1.3 km, 15 minutos caminhada
Nível fácil
Custo de entrada: R$20
Indicada para criança


Ficou de fora...
Ainda faltaram alguns passeios, mas que nosso guia nos ajudou a classificar. São eles:
Parque Nacional – trilha Saltos
PC – não tem / Trilha – 10 km, 1h40 (cada trecho) /Nível difícil
Mirante da Janela e Cachoeira do Abismo*
*apenas em período de chuvas
PC – 2 km / Trilha – 3.5 km, 1 hora / Nível muito difícil
Poço Encantado
PC – 80 km / Trilha – 5  minutos / Nível fácil – indicado para criança
Cachoeira dos Cristais
PC – 40 KM de São Jorge / 10 km de Alto Paraíso / Trilha – 1 km, 20 minutos caminhada / Nível fácil – indicado para criança
Cachoeira Loquinhas
PC – 40 KM de São Jorge / 6 KM de Alto Paraíso / Trilha – 1 km, 20 min / Nível fácil – indicado para criança

É difícil classificar quais são as melhores cachoeiras, porque depende do gosto de cada um. Geralmente, optamos em conhecer aquelas mais badaladas, mas nem sempre o tempo de viagem permite, ou pela distância, ou pelo nível de dificuldade, ou pelo período de chuva/seca que também influencia. Particularmente, classifico as 12 cachoeiras que tive a oportunidade de conhecer por ordem de beleza natural e possibilidade de mergulhar. 1º Catarata dos Couros; 2º Vale da Lua, 3º Segredo, 4º Parque Nacional (Cânions e Cariocas), 5º Santa Bárbara, 6º Almecega 1, 7º Capivara, 8º Morada do Sol, 9º Raizama, 10º Almecega 2, 11º São Bento, 12º Águas Termais.

Mais dicas...

O que comer?
Tanto para quem fica em São Jorge quanto para quem prefere por Alto Paraíso, há várias opções de restaurantes, com preços justos. Em alguns passeios mais distantes, optamos em almoçar no meio do caminho, ou próximo da cachoeira. Foi o caso do restaurante dentro da fazenda onde se encontra a Cachoeira de Santa Bárbara, em Cavalcante. Restaurante simples com comida caseira e deliciosa. A famosa matula, comida típica dos tropeiros na região feita com feijão, mandioca, farofa de carne seca e outras carnes, experimentamos no Rancho do Waldomiro, na estrada.

Vale experimentar:
Santo Cerrado Risoteria – o melhor restaurante da Vila de São Jorge. Um risoto serve para 2 pessoas, com preços na média de R$70
Rancho do Waldomiro – matula com acompanhamentos – R$30
Restaurante Nenzinha – comida caseira, serviço a quilo, até 17h.
Luar com Pimenta – a comida é boa, mas o serviço é péssimo!
Papa Lua – serve crepe e pizza com preço justo
Pousada Água das Flores – serve tanto almoço quanto jantar, com pratos executivos com ótimo preço.
Jambalaya (Alto Paraíso) – restaurante mais chique com excelentes pratos, custo um pouco maior


O que levar?
- Repelente e protetor solar para todas as trilhas
- água e garrafa térmica para as trilhas mais demoradas
- Vale preparar lanche ou levar biscoitos e barras de cereal para aguentar o almoço só no final do passeio
- Tênis confortável para as caminhadas. A melhor opção é a bota para trilha, que protege e ainda é resistente à água dos rios, além de evitar escorregar.
- Toalha e roupa de banho, porque é possível mergulhar em quase todas as cachoeiras.

Alex guia – roteirosluardachapada@gmail.com / (62) 9 9913-2705 ou (62) 9 8104-1348
Pousada Caminho das Cachoeiras
Vila de São Jorge - Alto Paraíso / GO
(61) 9921-2672 / (61) 9807-4342/ (62)98591-1123/ (62) 3455-1045