Ali
estávamos reunidos, todos na sala, diante da TV. Banhados pelo clima natalino,
assistíamos ingenuamente um singelo vídeo, especialmente preparado pelo irmão.
Imagens simbólicas remetiam a um momento de glória, quando uma estrela anunciava
o nascimento do menino Jesus. A mensagem trazia uma boa nova, do nascimento do
homem que nos ensinou amar o próximo, compartilhar o pão, perdoar e praticar a
caridade.
Ali,
víamos a imagem de uma criança que revolucionou o mundo, sua chegada trazia uma
nova era para humanidade. A era do amor. Hoje somos cristãos, porque ele veio
ao nosso planeta com a sublime missão de unir seus semelhantes. Seus
ensinamentos se tornaram nosso guia, nosso evangelho, nossa missão aqui nesse
mundo dos homens.
Ali,
sentia uma harmonia sem igual. A família unida diante da boa nova. E esta não
poderia ter sido anunciada de maneira tão simbólica e sublime. Não por acaso, o
presente divino veio na data mais importante para nós, cristãos. Assim como a
vinda de Jesus nos trouxe renovação, a vinda de um iluminado espírito,
escolhido por Deus, para integrar essa linda família, nos trouxe a boa nova de
um novo tempo que já começou para todos nós. Um momento de glória, dádiva e
benção. Ele ainda é um pequeno grão. A imagem da ultra só mostra um sopro de
vida, entretanto já traz um grande significado.
Ali, vi
rostos iluminados, lágrimas de emoção, voz embargada, uma alegria estonteante,
abraços apertados. Sim, estávamos comemorando a vinda de um ser tão aguardado
por todos. O primeiro filho, primeiro sobrinho, primeiro neto, primeiro
bisneto. O primogênito já muito amado e agraciado.
Ali aprecio
uma analogia muito bem acendrada: o nascimento de Jesus e a chegada de ente
querido. “Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus
(São Mateus, cap.V, v.8). ‘Deixai que venham a mim as criancinhas e não as
impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham’. A
pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda
idéia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como
emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade”,
(Evangelho Segundo o Espiritismo).
Ali
enxergo a paz invólucro por um embrião, assim como o ensinamento de Cristo que
“bem-aventurados os que têm puro o coração” que trará em si a simplicidade e a
humildade. Seja muito bem vindo, meu sobrinho e afilhado! Estamos com o coração
em êxtase aguardando ansiosamente sua bendita chegada!