26 de dezembro de 2011

O primogênito


Ali estávamos reunidos, todos na sala, diante da TV. Banhados pelo clima natalino, assistíamos ingenuamente um singelo vídeo, especialmente preparado pelo irmão. Imagens simbólicas remetiam a um momento de glória, quando uma estrela anunciava o nascimento do menino Jesus. A mensagem trazia uma boa nova, do nascimento do homem que nos ensinou amar o próximo, compartilhar o pão, perdoar e praticar a caridade.

Ali, víamos a imagem de uma criança que revolucionou o mundo, sua chegada trazia uma nova era para humanidade. A era do amor. Hoje somos cristãos, porque ele veio ao nosso planeta com a sublime missão de unir seus semelhantes. Seus ensinamentos se tornaram nosso guia, nosso evangelho, nossa missão aqui nesse mundo dos homens.

Ali, sentia uma harmonia sem igual. A família unida diante da boa nova. E esta não poderia ter sido anunciada de maneira tão simbólica e sublime. Não por acaso, o presente divino veio na data mais importante para nós, cristãos. Assim como a vinda de Jesus nos trouxe renovação, a vinda de um iluminado espírito, escolhido por Deus, para integrar essa linda família, nos trouxe a boa nova de um novo tempo que já começou para todos nós. Um momento de glória, dádiva e benção. Ele ainda é um pequeno grão. A imagem da ultra só mostra um sopro de vida, entretanto já traz um grande significado.

Ali, vi rostos iluminados, lágrimas de emoção, voz embargada, uma alegria estonteante, abraços apertados. Sim, estávamos comemorando a vinda de um ser tão aguardado por todos. O primeiro filho, primeiro sobrinho, primeiro neto, primeiro bisneto. O primogênito já muito amado e agraciado.

Ali aprecio uma analogia muito bem acendrada: o nascimento de Jesus e a chegada de ente querido. “Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus (São Mateus, cap.V, v.8). ‘Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham’. A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda idéia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade”, (Evangelho Segundo o Espiritismo).

Ali enxergo a paz invólucro por um embrião, assim como o ensinamento de Cristo que “bem-aventurados os que têm puro o coração” que trará em si a simplicidade e a humildade. Seja muito bem vindo, meu sobrinho e afilhado! Estamos com o coração em êxtase aguardando ansiosamente sua bendita chegada!


24 de dezembro de 2011

Então é Natal...

Nessa época, buscamos mensagens simbólicas que remetem ao verdadeiro sentido dessa data. Lembrar dos ensinamentos de Cristo e o legado que ele nos deixou. Lembrar que devemos amar o próximo como a si mesmo. Mas às vezes nos tornamos repetitivos nas palavras, nas mensagens bonitas, cheio de significados, esperanças e promessas, porém esquecemos do essencial: a prática.
Passamos o ano cometendo “pequenos” deslizes, acusando, rejeitando, discutindo, conflitando, assim como nos tornamos impacientes, estressados e egoístas. Então chega o Natal e o “espírito natalino” transforma o pensamento e as atitudes de alguns. Parece que esquecemos dos erros cometidos e tentamos compensar com amigos ocultos, presentes, cartões etc. E se fosse diferente?
Pensando em como exemplificar as mensagens de amor, paz e caridade, a mensagem abaixo foi perfeita em seu roteiro. Nada de palavras bonitas, de pessoas entregando presentes, de papai Noel cercado de crianças felizes, de famílias e amigos se abraçando. Sim, tudo isso faz parte e deve ser preservado. Porém, mais importante que isso, são as atitudes, as ações praticadas no dia a dia, ao seu redor, numa realidade muito mais próxima da gente.
Esse vídeo não foi produzido aqui, nem tem a trilha em português, mas as imagens já dizem tudo. O que prova também que o ensinamento de Cristo independe da língua criada pelos homens, pelas nações. Ele é universal, assim como deve ser universal nossa conduta, nosso respeito ao próximo, nossas atitudes.
Assim como me emocionou, espero que essa mensagem emocione a todos que passam por esse blog.
Feliz Natal

22 de dezembro de 2011

O passatempo da sua viagem


O Rio se tornou uma cidade conturbada e caótica no trânsito. Isto é fato. O que antes era “privilégio” de São Paulo, a realidade já chegou à “Cidade Maravilha – purgatório da beleza e do caos”. E o que fazer quando você passa horas inúteis parado no trânsito infernal da cidade?

O trajeto de minha casa para meu trabalho leva, em média, 20 minutos. Isto é, em condições normais do trânsito. Mas constantemente esse mesmo trajeto vem tomando pelo menos uma hora e meia no retorno do lar. Isso porque trabalho em uma região que depende do bom fluxo das Linhas Amarela e Vermelha, além da Avenida Brasil. Qualquer imprevisto, acidente, contratempo que ocorre em pelo menos uma dessas vias, o caos se estabelece de forma irritante.

O mais absurdo que vivi foi um engarrafamento que durou cinco horas (lembrando que são apenas 20 minutos de casa para o trabalho!), quando resolveram pintar as faixas na Linha Amarela, na época da visita do presidente americano Obama ao Rio.

A realidade é que o brasileiro, no modo geral, já se acostumou com essa triste rotina. Às pessoas já incluem nos seus horários o tempo médio gasto nos engarrafamentos, o que implica, principalmente, nas atividades pós-expediente. Você não consegue mais agendar um dentista, um médico ou qualquer outro compromisso tendo a certeza que vai conseguir chegar na hora marcada.

Em uma matéria da Petrobras Magazine, ela levanta a questão: “Quem precisa realmente se mover? As pessoas ou os automóveis?”. O problema da mobilidade nos grandes centros urbanos é crítico há anos e, sinceramente, independe de países desenvolvidos ou não. Nova York tem um dos piores trânsitos do planeta (pelo menos na ilha de Manhattan), mas em compensação existe uma fantástica rede de metrôs que facilita a vida de muitos, principalmente de quem depende do transporte público para trabalhar.

O que falta no Rio é um planejamento urbano sério, integrado, que possibilite ao cidadão opções de bons e eficientes meios de transporte, sejam barcas, ônibus, metrô, trem ou expressos. Faltam também atitudes individuais, mas essas são transformadoras quando há infraestrutura para isso. Caso contrário, quem pode sair com seu carro, no conforto, nunca irá preferir enfrentar horas de engarrafamento no aperto e no calor do ônibus, trens etc.

Em minha empresa, mais especificamente onde trabalho, a solução encontrada para atender um público grande em um lugar com pouquíssimas opções de transporte público foi a contratação de empresas de ônibus de viagem exclusivos aos funcionários. São diversas linhas divididas por áreas da cidade que atendem a todos. Isso inibe o fluxo de veículos porque, neste caso, o indivíduo – além de pensar no coletivo – prefere ir e vir confortavelmente no ônibus ao invés de se estressar no anda e para do engarrafamento em seu carro.

Independente disso, as pessoas se irritam com o tempo perdido no engarrafamento. Cada um inventa sua maneira de passar o tempo. Nessas horas, qualquer ferramenta digital é útil. Nunca a tecnologia foi tão a favor da vida urbana. Graças aos Ipod, Ipad, Smartphones com redes sociais, TVs etc, o “passatempo da sua viagem” está garantido. Pelo menos uma hora antes de partir, verifico se todas as baterias estão devidamente carregadas, para agüentar as horas estressantes.


21 de dezembro de 2011

“Não se afobe não que nada é para já”


Se você tiver pressa para casar, espere. Não pense que os anos são cruéis e que a juventude é um sopro breve que pode passar despercebido. Calma, não se precipite. Não faça nada que venha se arrepender depois, mesmo sabendo (lá no fundo) que não vai dar certo.

O recado acima é para as mulheres desesperadas, que sonham casar cedo porque não querem envelhecer sem constituir uma família, com filhos bonitos, um marido ideal e um lar perfeito. Às vezes dá certo, mas às vezes não.

Na época da faculdade, uma amiga namorou um rapaz por quem já era apaixonada desde a adolescência. O namoro ia muito bem, com projetos de casamento à vista, até que ele resolveu romper e voltar para ex. Minha amiga ficou deprimida, “seu mundo caiu” e por alguns anos tentou se apaixonar loucamente por qualquer Zé Mané da esquina. Bastavam prometer um happy end, que ela já sonhava alto. Mas nenhum deu certo e o “falecido” renasceu das cinzas se dizendo arrependido e coisa e tal. Conclusão, quatro meses depois já estavam com casamento marcado.

Ela dizia que ele tinha mudado, estava mais companheiro, mais carinhoso, mais cuidadoso. Os amigos mais próximos se espantaram com a decisão tão rápida. Na época, rolou um email mal criado para os amigos no estilo “a quem interessa, estamos bem, obrigada. Se alguém deveria perdoá-lo esse alguém sou eu, apenas”. E o casamento foi realizado, com todos os requintes (des)necessários.

Ele nunca foi um exemplo de simpatia, mas esforçava-se aos poucos a se aproximar dos amigos de sua companheira. Logo após o casamento, ele tomou uma atitude decisiva em sua vida: realizou uma cirurgia para diminuição do estômago, o que muito lhe favoreceu para o término de sua obesidade. Não precisa ser nenhum psicólogo ou especialista para afirmar que depois de tal cirurgia sua auto-estima, antes baixa e inquieta, cresceu em proporções gigantescas. Enquanto sua felicidade subia, diminuía-se proporcionalmente a de minha amiga. Esta não conseguia disfarçar aquele casamento frustrado, egoísta e depressivo.

Como uma Amélia, ela se tornou a esposa ideal, fingindo um casamento perfeito e sofrendo internamente as angústias de um casamento fracassado. Ele ostentava uma vida rica e feliz. Mas para se sentir o máximo, sua tática era diminuir sua companheira. Ela nunca estava bonita, bem vestida, nem lhe satisfazia sexualmente como antes. “Quando parei de fingir para ele e para mim mesma é que percebi que meu casamento já tinha chegado ao fim”.

Foi ele quem pediu a separação, mas isso lhe soou como um grito de liberdade, um alívio, a salvação para todos os problemas. Demorou para perceber, mas ela descobriu (e isso era óbvio) que o fracasso do casamento era fruto do egocentrismo dele. E a mudança gerada pós-cirurgia só veio intensificar isso.

A separação veio no momento certo, depois de dois anos de auto-sabotagem. Afinal de contas só ela mesma achou que um casamento desse poderia dar certo. Todos, sem exceção, levantaram a plaquinha “Eu já sabia”, quando ela anunciou o feito. Mas é aquela velha história, quando a pessoa não enxerga o que está diante de seus olhos, ninguém consegue alertar ou mesmo convencer do contrário. Ela “precisou” se aventurar nesse casamento para perceber por conta própria que não era isso que lhe faria feliz de verdade.

Por isso, sábio Chico Buarque alerta aos precipitados: “não se afobe não porque nada é para já”. Lá atrás, quando ela tomou a decisão de voltar para ele e ainda se casar, infelizmente ela acreditou que só com ele ela poderia constituir sua família. Apostou todas as fichas num casamento já predestinado a morrer. No fundo, ela lhe conhecia bem. Acredite, a auto-sabotagem existe e faz muita gente sofrer, às vezes, por anos. Ela se recuperou rapidamente, o que foi bom. Mas quando a pessoa passa anos casada com alguém que não acrescenta em nada, ao contrário, só atrapalha? Para essas, restam apenas os filhos e netos, e um tempo perdido.

6 de dezembro de 2011

Me deixa dormir


Pesquisas são feitas para comprovar aquilo que já desconfiamos, mas não temos base teórica para confirmar. Especialistas europeus dizem ter encontrado um gene que NECESSITA de sono! Opa, não preciso fazer testes para saber que eu tenho esse gene! (veja a matéria)

Alguns falam que dormir é perder preciosas horas de vida. Você poderia aproveitar para praticar exercício, estudar para um concurso importante, para aprender um instrumento ou qualquer coisa que seja realmente útil. Desculpa, mas para mim, dormir é essencial ao meu bem estar. Quando não tenho uma boa noite de sono, ou quando venho numa sequencia de noites mal dormidas, sinto-me cansado, com raciocínio lento e, o pior, com enxaqueca.

Mesmo quando era mais novo (não estou velho!), não agüentava passar noitadas inteiras sem sofrer as conseqüências do dia seguinte. Carnaval era uma fase intensa e, não por acaso, o corpo geralmente respondia enfermo nas semanas seguintes ao acúmulo de cansaço e agitação.

Fico impressionado quando as pessoas me falam que bastam cinco ou seis horas de sono para ficar bem disposto. Eu preciso de oito horas, apesar de ter uma rotina de sete horas, ou menos durante a semana. Em toda minha vida, sempre precisei acordar cedo, no início para ir à escola, depois para faculdade e agora no trabalho. Sempre peguei (escola, faculdade ou trabalho) antes das 8 da manhã, o que me exige um esforço diário para despertar bem disposto. Admiro aquelas pessoas que, mesmo não precisando levantar tão cedo para trabalhar, acordam para ir malhar ou começar qualquer atividade física.

Ao mesmo tempo, o corpo já se acostumou e mesmo no final de semana, quando não há compromissos nem horários, o relógio biológico não falha nunca. Às vezes bate uma “raiva” quando em pleno sábado eu acordo seis e pouca da manhã. Mesmo ficando na cama por mais algumas horas, o sono não é o mesmo.

Se tem hora para acordar, também tem hora para dormir. Quem me conhece, sabe que não pode me convidar para assistir sessão de cinema depois das nove da noite. É sono na certa! Independe do filme que esteja passando. Já dormi “assistindo” Shrek, Guerra nas Estrelas etc. Isso vale para teatro também. Adoro musical, mas Fantasma da Ópera e Hairspray, com todo seu repertório empolgante, me soaram como cantigas de ninar. Eu juro que luto com o sono, mas ele sempre me vence.

Falta muito ainda para aposentar, mas fico imaginando o conforto que será em não ter compromisso de acordar cedo. Sei que não vou exagerar, passando a acordar quase meio dia. A sensação é péssima porque você percebe que perdeu realmente metade do seu dia útil. O equilíbrio é sempre o melhor caminho. Nem seis da madruga, nem onze da tarde. Se pudesse alterar meu relógio biológico, colocaria o despertador para nove horas. Melhor seria se pudesse alterar já agora, sem precisar esperar a tal da aposentadoria... esse papo já me deu sono.

1 de dezembro de 2011

Depoimento de "Eu fui"

Escrevi um depoimento para o Yazigi Travel, sobre minha experiência em Nova Iorque, durante meu período de curso. Eles publicaram no site deles:

Site do Yazigi Travel - Eu Fui!

“Estudar inglês no exterior era um sonho antigo. Sempre ouvi ótimos relatos de pessoas que passaram por essa experiência e eu sabia que seria uma oportunidade única aprender com nativos, em um lugar em que todos falam o idioma. Estudei inglês há muitos anos e confesso que estava um pouco enferrujado, precisando de uma reciclagem. Então, consegui planejar minhas férias no trabalho e finalmente realizei meu sonho.

Escolhi Nova Iorque porque queria conciliar o estudo com o turismo. Vontade de conhecer de perto essa cidade que realmente não dorme nunca, com museus incríveis, o Central Park (que é um verdadeiro oásis no centro urbano), Times Square e sua concentração de teatros, pessoas e lojas fantásticas e tantas outras atrações bacanas. Com isso, optei pelo curso de meio período e, assim, tive a oportunidade de estudar pela manhã e aproveitar tarde e noite para desbravar os encantos dessa cidade frenética.

Antes da viagem, retornei com os estudos por um semestre no Yázigi. Foi quando conheci o Yázigi Travel. Depois de uma breve pesquisa no mercado, a melhor opção foi oferecida pelo Yázigi, que não só escolheu a melhor escola – EmbassyCES - como me indicou várias opções de moradia. O atendimento personalizado é sem dúvida o que mais me chamou atenção. Desde o primeiro contato e até durante a viagem recebi sempre a atenção e o cuidado para que tudo desse certo. E deu. A viagem foi perfeita, como planejada.

Apesar do pouco tempo, foi uma experiência incrível estudar com pessoas da Itália, França, Espanha, Rússia, Turquia, Camarões, Coreia do Sul e Japão. Cada um com sua cultura, com suas histórias de vida, porém com o mesmo objetivo: se comunicar em inglês. E foi justamente essa troca que enriqueceu o meu vocabulário, a minha compreensão e a minha conversação. As aulas são divertidas, interativas e produtivas. Já se imaginou explicando para uma turma estrangeira como se prepara uma boa feijoada? Pois esse é só um pequeno exemplo do clima da aula. Você é estimulado a todo o tempo a se comunicar e, claro, a compreender a gramática na prática. Tive a oportunidade de passar o Halloween na cidade e, neste dia, o clima era de festa em todos os lados, inclusive na escola. Os alunos são convidados a participarem da comemoração, começando pela escolha da fantasia! Vale tudo nesse dia!

Como de costume, impossível não ressaltar as inúmeras amizades feitas ao longo da viagem. Praticamente, todos estão como você: sozinho. Então, mais do que natural fazer amizades, afinal “é impossível ser feliz sozinho”, como já escreveu Vinícius de Moraes. Compartilhar as descobertas, perder-se no Central Park, aventurar-se nas noitadas de Manhattan... tudo isso faz parte! No final, você percebe que o ganho maior não é o inglês, mas sim a vivência, a experiência de vida.”