29 de maio de 2009

À la Nelson Rodrigues

Pense numa história típica de Nelson Rodrigues. Casos bizarros, relacionamentos estranhos, triângulo amoroso, ciúmes, paixões, olhares, insinuações...

Pois bem... cá estou para contar uma história real alheia.

Depois de alguns relacionamentos complexos, confusos e tensos, eis que chega um momento de paz! A tal paz interior que há tanto tempo lhe faltava, por conta dos amores complicados de outrora. Mas nem tudo são flores...

Recapitulando alguns fatos importantes: ela namorou um cara que não lhe arrebatava o coração, não lhe tirava o fôlego, não esquentava a relação... um relacionamento morno (quase frio). Resolveu dar um basta, por mais que ferisse o coração alheio.

Pois bem, quando se pensava que seria um momento de paz (a tal paz interior que lhe faltava), ela arranjou um amor avassalador, de tirar o fôlego, de subir pelas paredes. E quando tudo parecia intenso e perfeito, o tal do “infinito enquanto dure” acabou. Restaram algumas peças de roupa na casa dele, e assim que pôde, passou por lá, tomou um café com avó, desabafou uns lamentos, tudo antes dele aparecer.

Ficou uma certa mágoa, mas tudo bem... vai passar.

E passou. Uma semana depois estava viajando para Salvador, no carnaval. Detalhe: aquele ex (o tal do relacionamento morno, quase frio, quase nada) foi no mesmo grupo de amigos. Conclusão: um revive foi inevitável. “Até que foi bom”.

E desse “até que foi bom”, ele hoje se tornou um belisco. É isso mesmo, um tira-gosto para horas vagas... não é o prato principal, mas já mata a fome se precisar.

Coincidência ou não, o irmão daquele ex (o da paixão avassaladora, ok?) trabalha com ela e, sem grandes pretensões, foi se criando uma amizade entre os dois. Vale lembrar que esta amizade só veio aumentar depois do término do namoro com irmão.

Uma amizade diária tão bem humorada, calorosa, altas risadas, café, almoço, lanche, papo pra depois do expediente... mas quem é esse mesmo? Ah o seu ex-cunhado? Hum... sei. “Mas vocês conversam sobre o fulano?”; “Nunca falamos dele... não é incrível?”. Incrível!

E onde você quer chegar com essa conversa? Por acaso vocês já estão tendo um caso? Afinal, o que rola?

Bem... por enquanto só um encantamento de ambas as partes. Se pode rolar algo mais? Não se sabe... às vezes o inconsciente nos burla deixando uma pergunta no ar: “será?”
Se fosse um conto de Nelson Rodrigues, certamente não existiria esse “será”. Ele era direto, objetivo: a próxima cena seria uma saída do trabalho direto para o motel mais vagabundo da cidade... uma transa extravagante, sem culpa, sem pudor, ofegante e realista.

Mas a vida nem sempre é como ela é. Os medos, a consciência, o bom senso, a culpa ainda nos prendem. Só restando ao imaginário nelson-rodriguiano o desejo reprimido.

21 de maio de 2009

Quando o teste do sofá é uma furada!

Meninas, cuidado! Anda por aí um homem muito perigoso de aparência suspeita que vem cometendo abuso com... candidatas a atrizes da Globo!

Parece piada mas não é! Este homem foi preso porque se passava por diretor de TV e convidava meninas “inocentes” para realizarem um teste (?).

Pelo que parece, o golpe era sempre praticado com meninas novas, sonhadoras, com pouca oportunidade na vida e que, portanto, o discurso de emprego “fácil” na emissora certamente seria um atrativo irresistível. Conclusão: o cara aplicava o famoso teste do sofá, tirava seu proveito e caía fora, simples assim!

Depois de testar 20 mulheres, ele foi denunciado por uma menina de 18 anos, que chegou ter relações sexuais em troca do emprego. Com um crachá falso, ele se aproximava da vítima já lhe convidando para realizar diversos testes dramáticos, entre eles situações de raiva, emoção, amor, ternura e eróticas!!!! Tudo super profissional! Fico imaginando a cena: “agora eu quero uma cara de raiva (...) hum... agora eu quero ver uma expressão de ternura! Isso, assim, gostei! Agora uma cara de safadinha...”

Será que ele se apresentava como Severino cara crachá?

Leia a matéria

18 de maio de 2009

Letra e música

Eu procuro um amor, uma razão para viver, e as feridas dessa vida eu quero esquecer. Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar, mas eu disfarço e não saio sem ela de lá. Procuro um amor que seja bom para mim. Vou procurar, eu vou até o fim. E eu vou tratá-la bem, para que ela não tenha medo quando começar a conhecer os meus segredos.

Essa música "Segredos", de Frejat, tinha um significado único para mim até alguns meses atrás. Escrever sobre desejos, sonhos, segredos era uma forma de desabafar e, de alguma forma, extravasar os sentimentos escamoteados.

Muitas vezes sem nexo, minha fala não tinha ordem cronológica, nem ordem direta de sujeito-predicado. Eram frases soltas, versos brancos, poemas livres... afinal são rascunhos mentais (não necessariamente passados a limpo).

E dentro desses desabafos eu sempre me questionava: “até quando?”. Até quando “procuraria por este amor, uma razão de viver...”? Meu medo era não saber esse quando. Mas eu iria “até o fim”.

Hoje escutei esta música no rádio. E escutei de uma forma diferente, como se ela agora não tivesse mais sentido em minha vida. É engraçada essa relação letra-vida. Para cada momento de nossa vida, temos uma música marcante, que nos diz exatamente o que pensamos internamente. Louvemos os letristas e músicos que sabem expressar poeticamente aquilo que não conseguimos falar com simples palavras.

Algumas músicas nos fazem relembrar passagens de nossas vidas, nem sempre com letras representativas desse momento. Por exemplo, toda vez que toca “Bem que se quis”, da Marisa Monte, eu me lembro da minha cirurgia da vista, quando recebi alta e voltava feliz para a casa com apenas seis anos.

Já “Baianidade nagô” marcou um passeio de colégio, quando deveria ter uns oito anos de idade, e que todos nós cantávamos super empolgados no velho ônibus do colégio. Depois quando eu repeti a terceira série primária, eu não podia ouvir essa música que chorava lembrando os amigos da antiga turma.

Sempre fui ligado à música desde muito pequeno. Cada letra, cada melodia que escuto tem um significado (vide meu perfil!). Se ontem músicas de amor não me falavam nada, hoje, elas tomam sentido. Se ontem, eu “procuro um amor que seja bom para mim”, hoje “ela me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por ela”.

Pouco tenho falado sobre esse meu “novo tempo”, mas talvez porque falte tempo mesmo para falar... porém em breve novos “desabafos” virão... com o novo sentido em minha vida. Graças a ela, é claro!

4 de maio de 2009

Isso é só para loucos, só para raros... caretas não!

Mais visual, menos palavras...

(Praia do Meio)

O clima é de paz e amor total, com boa dose de aventura nas trilhas de Trindade – um paraíso escondido atrás de um morro, perto de Parati, no Rio de Janeiro. O feriado de primeiro de maio tem cara de preguiça, com direito a praia, cachoeira e piscina natural. Um lugar com visual incansável. (Praia de Fora)


(Praia do Meio)


Lá também há uma cachoeira em que a pedra lhe engole literalmente...






Este é um lugar também para situações alucinantes mesmo para os não adeptos da marola, além de momentos hilários, como almoçar um PF ao som de Ventania... “Só para loucos, isto é só para loucos/ Caretas, não/ Colhendo cogumelos na varanda de cristal/ Avenida paralela toma forma de aspiral/ Colhendo cogumelos pra fazer um chá legal/ Ficar muito louco, curtindo um visual”.

(trilha da Serra da Bocaína, vista para Praia do Cachadaço)



(Entre a Praia do Meio e a Praia do Rancho - passeio de barco)