27 de janeiro de 2017

“Se gritar pegar ladrão, não fica um, meu irmão”



Outro dia fui cortar o cabelo no barbeiro de sempre e, enquanto rolava a tesoura, víamos na TV a notícia que o empresário Eike Batista era considerado foragido, depois que a Polícia Federal decretou sua prisão por pagamento de propina ao então governador do Rio, Sérgio Cabral, já preso desde novembro. Aquele que já foi apontado como um dos homens mais ricos do mundo, e que já foi até capa da Revista Fobes, agora está na lista de foragido da Interpol.

A conversa com barbeiro seguiu, naturalmente, para o caso escabroso, até que ele solta: “já se tornou uma questão cultural. Todo empresário no Brasil já se acostumou a ser corrupto, porque, num país onde vivemos, é impossível ser 100% certinho. Claro que, no caso de um grande empresário, a chance de ser corrupto aumenta, para que ‘a roda continue a girar’. Todos querem ganhar, sejam os políticos, oferecendo vantagens, sejam os empresários pagando o preço para serem beneficiados”.

Parece absurdo (e é!), mas se parar para pensar, tirando a questão da ganância e do jogo de poder, muitos empresários só enriquecem de verdade porque não pagam todos os impostos ou esquematizam contratos para não seguir todos os deveres exigidos por lei. O que encontramos são empresários que não colocam na carteira de trabalho de seus funcionários, por exemplo, o salário que realmente ganham, preferindo pagar a maior parte por fora, diminuindo o custo por funcionário. “Se não for assim, todos os comércios estariam fechados nessa rua”, aponta o barbeiro.

Pior é quando aquele que deveria servir de exemplo é o primeiro a ser denunciado por inadimplência. Está hoje nos jornais que o vice-prefeito do Rio acumula uma dívida de mais R$215 mil em IPTU e ainda R$137 mil em impostos não pagos pela sua empresa de consultora. Segundo seu advogado, “o vice-prefeito, como muitos profissionais liberais, enfrenta dificuldades para pagar tributos por causa da crise econômica do país”. Se o vice-prefeito não paga, quem é que vai pagar?

Se o empresário não consegue pagar o imposto, o empregado ganha menos na carteira de trabalho e o Governo ainda está falido, então está tudo errado.

Para o simples cidadão, que acompanha os noticiários de políticos e empresários presos por propina, a situação de desespero só aumenta. Só para piorar, o pagamento parcelado da dívida do cartão de crédito acaba de ser banido. O preço para ser honesto no Brasil está custando caro.

Match ou Crush? Eis a questão!



A solteirice no mundo digital trouxe uma realidade que deixou de ser virtual faz tempo. Já foi época em que a “paquera” ficava restrita às salas de bate papo UOL.

 É hora de se arriscar nos inúmeros aplicativos de relacionamento, escolhendo aquele que melhor se encaixa na sua meta. A máxima “solteiro sim, sozinho nunca” nunca fez tanto sentindo aos adeptos dos aplicativos. Basta baixar no celular e começar a caça.

No Tinder é “Match”, no Happn é “Crusch”. Simples assim.

Há os que procuram seu par perfeito. Há os que só querem um sexo casual (a maioria). Há os que buscam até um relacionamento mais sério, mas no fundo sabem que a sacanagem é o que acaba rolando. Há os que rodeiam, marcam jantarzinho, investem no encontro. Há os que já dizem para o que veio e vão direto ao ponto. Há os que mentem para ganhar no final. Há os caças e os caçadores. 
Há os malandros. Há os enganados. Há os cumplices. Há os casados em pele de solteiros. Há os belos de corpo e feios de mente. Há os feios de corpo, mas inteligentes. Há também os normais.

Há os carentes, os loucos, os tímidos, os românticos, os maníacos, os sinceros, os sensíveis, os tarados, os inseguros, os profissionais, os ingênuos, os experientes, os recém-separados, os solteiros, os enrolados, os livres...

Há aqueles que nem sabem que existem tais aplicativos, e continuam conhecendo pessoas nos bares, nas festas, nas rodas de amigos, nas viagens, no bloco de carnaval. Esses também têm seu crush e dão match!

25 de janeiro de 2017

Fuerza Bruta – o que é esse espetáculo?




É difícil definir o que é o espetáculo Fuerza Bruta, em cartaz no Rio. É uma mistura de dança, show, acrobacia e teatro. Mas além disso tudo, é um show múltiplo, que interage e provoca o público o tempo todo

Para começar, não há cadeiras. O espaço é delimitado para que o público permaneça em pé durante a exibição, mas com liberdade para se movimentar pelo teatro. Não há um palco definido. As apresentações estão no palco principal, mas também nos cantos do teatro, no meio da plateia e até mesmo na cabeça das pessoas.


Há momentos em que o espectador se sente em uma grande festa, com direito a DJ, música dançante, luzes na pista e atores/bailarinos/músicos interagindo e convidando todo mundo a participar. Talvez seja esse o grande barato do espetáculo. Ser surpreendido a cada número, a todo momento.

 Não há uma história de começo, meio e fim. Em princípio, não há um sentindo único para tudo aquilo. Mas a expressão da tal “força” está no ritmo da batida do tambor, na acrobacia ensaiada dos bailarinos, na física do jogo de corpo com a água e na alegria dos atores em surpreender a plateia com elementos simples


Vale a experiência de assistir ao espetáculo. Apesar do valor salgado (R$180 inteira), o grupo tem feito promoções em sessões populares durante a semana, com ingressos a R$50 (inteira) e R$25 (meia). Aproveite porque a temporada no Rio acaba em 19 de fevereiro. Curta o @fuerzabrutabr no Facebook para acompanhar as sessões populares.

Teatro Metropolitan (Shopping Via Parque – Barra da Tijuca)

23 de janeiro de 2017

AquaRio – O maior Aquário da América Latina fica no Rio!




Desde a inauguração do AquaRio, no Boulevard Olímpico do Rio, o espaço vem recebendo milhares de visitantes por dia, sendo um dos pontos turísticos mais disputados na cidade. Claro que toda novidade atrai público, e o AquaRio vem atraindo cerca de 8 mil pessoas por dia! A expectativa, só no mês de janeiro, é de 150 mil visitantes.


Então, já dá para imaginar como o lugar está cheio! A primeira dica já é: se você não está de passagem pelo Rio, deixe para conhecer o aquário fora da altíssima temporada. O espaço é grande, mas há limites de visitantes por dia. Os ingressos são vendidos a cada hora cheia, o que já limita também o número de visitantes, mas mesmo assim os corredores ficam disputados e haja paciência para aguardar sua vez em apreciar cada aquário.


A principal atração é, sem dúvida, o maior aquário, com mais de 5 metros de profundidade, e com um túnel no meio, passagem obrigatória dos visitantes, onde é possível encarar de perto as raias e os tubarões. O tubarão é o protagonista, com sua presença aterrorizante (rs). Para quem não quer se apertar no túnel, vale a pena sentar nos pufs gigantes e admirar todos esses animais relaxado, com som ao fundo.
 
Mas antes de chegar ao grande aquário, o visitante percorre um enorme corredor, com diversos aquários menores, tendo uma diversidade de peixes e outros animais marinhos, como polvo, lagosta, cavalo marinho, moreias e tubarões menores. O aquário com peixes do mar do Caribe (meu preferido) e também o aquário com os peixes das espécies conhecidas no filme Procurando Nemo são os mais disputados pela criançada. Impossível não sentir falta de tartarugas marinhas, que só chegarão ao aquário em 2018.

A estrutura do AquaRio surpreende pela organização, pelo tamanho e pela qualidade do serviço. Por toda área de visitação, há instrutores e guias explicando sobre as espécies e oferecendo mini-aulas sobre curiosidades da vida marinha. A realidade virtual também ajuda a entender a vida desses animais no fundo do mar. Há um telão que mostra em time-lapse a construção do aquário.

Além dos tanques, onde é possível encostar em alguns peixes, já no final do aquário, há exposição permanente de conchas e um museu do surf, com curadoria do famoso surfista carioca Rico de Souza. No acervo de pranchas, há desde os primeiros construídos na década de 1960, quanto os mais recentes, dos campeões mundiais Gabriel Medina e Mineirinho, de 2016.


O tempo de passeio dura, em média, uma hora, dependendo do número de visitantes. Dá para organizar a programação e incluir, além do aquário, no mesmo passeio o Museu do Amanhã, no início do Boulevard Olímpico. Leia mais no post sobre Boulevard Olímpico.


Informações úteis: há estacionamento (pago) no local, mas a estação do VLT é bem próxima da entrada. Para garantir o ingresso, é melhor comprar no site do AquaRio. Deixar para comprar na bilheteria, corre o risco de não conseguir (principalmente na alta temporada). Há poucas opções de comida dentro (e fora) do Aquário. Sobre valores: R$80 (inteira – turistas), R$60 (carioca e moradores do Rio), R$40 (meia – idosos acima de 65anos, estudantes até 25 anos).


Mais informações: