26 de dezembro de 2011

O primogênito


Ali estávamos reunidos, todos na sala, diante da TV. Banhados pelo clima natalino, assistíamos ingenuamente um singelo vídeo, especialmente preparado pelo irmão. Imagens simbólicas remetiam a um momento de glória, quando uma estrela anunciava o nascimento do menino Jesus. A mensagem trazia uma boa nova, do nascimento do homem que nos ensinou amar o próximo, compartilhar o pão, perdoar e praticar a caridade.

Ali, víamos a imagem de uma criança que revolucionou o mundo, sua chegada trazia uma nova era para humanidade. A era do amor. Hoje somos cristãos, porque ele veio ao nosso planeta com a sublime missão de unir seus semelhantes. Seus ensinamentos se tornaram nosso guia, nosso evangelho, nossa missão aqui nesse mundo dos homens.

Ali, sentia uma harmonia sem igual. A família unida diante da boa nova. E esta não poderia ter sido anunciada de maneira tão simbólica e sublime. Não por acaso, o presente divino veio na data mais importante para nós, cristãos. Assim como a vinda de Jesus nos trouxe renovação, a vinda de um iluminado espírito, escolhido por Deus, para integrar essa linda família, nos trouxe a boa nova de um novo tempo que já começou para todos nós. Um momento de glória, dádiva e benção. Ele ainda é um pequeno grão. A imagem da ultra só mostra um sopro de vida, entretanto já traz um grande significado.

Ali, vi rostos iluminados, lágrimas de emoção, voz embargada, uma alegria estonteante, abraços apertados. Sim, estávamos comemorando a vinda de um ser tão aguardado por todos. O primeiro filho, primeiro sobrinho, primeiro neto, primeiro bisneto. O primogênito já muito amado e agraciado.

Ali aprecio uma analogia muito bem acendrada: o nascimento de Jesus e a chegada de ente querido. “Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus (São Mateus, cap.V, v.8). ‘Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham’. A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda idéia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade”, (Evangelho Segundo o Espiritismo).

Ali enxergo a paz invólucro por um embrião, assim como o ensinamento de Cristo que “bem-aventurados os que têm puro o coração” que trará em si a simplicidade e a humildade. Seja muito bem vindo, meu sobrinho e afilhado! Estamos com o coração em êxtase aguardando ansiosamente sua bendita chegada!


24 de dezembro de 2011

Então é Natal...

Nessa época, buscamos mensagens simbólicas que remetem ao verdadeiro sentido dessa data. Lembrar dos ensinamentos de Cristo e o legado que ele nos deixou. Lembrar que devemos amar o próximo como a si mesmo. Mas às vezes nos tornamos repetitivos nas palavras, nas mensagens bonitas, cheio de significados, esperanças e promessas, porém esquecemos do essencial: a prática.
Passamos o ano cometendo “pequenos” deslizes, acusando, rejeitando, discutindo, conflitando, assim como nos tornamos impacientes, estressados e egoístas. Então chega o Natal e o “espírito natalino” transforma o pensamento e as atitudes de alguns. Parece que esquecemos dos erros cometidos e tentamos compensar com amigos ocultos, presentes, cartões etc. E se fosse diferente?
Pensando em como exemplificar as mensagens de amor, paz e caridade, a mensagem abaixo foi perfeita em seu roteiro. Nada de palavras bonitas, de pessoas entregando presentes, de papai Noel cercado de crianças felizes, de famílias e amigos se abraçando. Sim, tudo isso faz parte e deve ser preservado. Porém, mais importante que isso, são as atitudes, as ações praticadas no dia a dia, ao seu redor, numa realidade muito mais próxima da gente.
Esse vídeo não foi produzido aqui, nem tem a trilha em português, mas as imagens já dizem tudo. O que prova também que o ensinamento de Cristo independe da língua criada pelos homens, pelas nações. Ele é universal, assim como deve ser universal nossa conduta, nosso respeito ao próximo, nossas atitudes.
Assim como me emocionou, espero que essa mensagem emocione a todos que passam por esse blog.
Feliz Natal

22 de dezembro de 2011

O passatempo da sua viagem


O Rio se tornou uma cidade conturbada e caótica no trânsito. Isto é fato. O que antes era “privilégio” de São Paulo, a realidade já chegou à “Cidade Maravilha – purgatório da beleza e do caos”. E o que fazer quando você passa horas inúteis parado no trânsito infernal da cidade?

O trajeto de minha casa para meu trabalho leva, em média, 20 minutos. Isto é, em condições normais do trânsito. Mas constantemente esse mesmo trajeto vem tomando pelo menos uma hora e meia no retorno do lar. Isso porque trabalho em uma região que depende do bom fluxo das Linhas Amarela e Vermelha, além da Avenida Brasil. Qualquer imprevisto, acidente, contratempo que ocorre em pelo menos uma dessas vias, o caos se estabelece de forma irritante.

O mais absurdo que vivi foi um engarrafamento que durou cinco horas (lembrando que são apenas 20 minutos de casa para o trabalho!), quando resolveram pintar as faixas na Linha Amarela, na época da visita do presidente americano Obama ao Rio.

A realidade é que o brasileiro, no modo geral, já se acostumou com essa triste rotina. Às pessoas já incluem nos seus horários o tempo médio gasto nos engarrafamentos, o que implica, principalmente, nas atividades pós-expediente. Você não consegue mais agendar um dentista, um médico ou qualquer outro compromisso tendo a certeza que vai conseguir chegar na hora marcada.

Em uma matéria da Petrobras Magazine, ela levanta a questão: “Quem precisa realmente se mover? As pessoas ou os automóveis?”. O problema da mobilidade nos grandes centros urbanos é crítico há anos e, sinceramente, independe de países desenvolvidos ou não. Nova York tem um dos piores trânsitos do planeta (pelo menos na ilha de Manhattan), mas em compensação existe uma fantástica rede de metrôs que facilita a vida de muitos, principalmente de quem depende do transporte público para trabalhar.

O que falta no Rio é um planejamento urbano sério, integrado, que possibilite ao cidadão opções de bons e eficientes meios de transporte, sejam barcas, ônibus, metrô, trem ou expressos. Faltam também atitudes individuais, mas essas são transformadoras quando há infraestrutura para isso. Caso contrário, quem pode sair com seu carro, no conforto, nunca irá preferir enfrentar horas de engarrafamento no aperto e no calor do ônibus, trens etc.

Em minha empresa, mais especificamente onde trabalho, a solução encontrada para atender um público grande em um lugar com pouquíssimas opções de transporte público foi a contratação de empresas de ônibus de viagem exclusivos aos funcionários. São diversas linhas divididas por áreas da cidade que atendem a todos. Isso inibe o fluxo de veículos porque, neste caso, o indivíduo – além de pensar no coletivo – prefere ir e vir confortavelmente no ônibus ao invés de se estressar no anda e para do engarrafamento em seu carro.

Independente disso, as pessoas se irritam com o tempo perdido no engarrafamento. Cada um inventa sua maneira de passar o tempo. Nessas horas, qualquer ferramenta digital é útil. Nunca a tecnologia foi tão a favor da vida urbana. Graças aos Ipod, Ipad, Smartphones com redes sociais, TVs etc, o “passatempo da sua viagem” está garantido. Pelo menos uma hora antes de partir, verifico se todas as baterias estão devidamente carregadas, para agüentar as horas estressantes.


21 de dezembro de 2011

“Não se afobe não que nada é para já”


Se você tiver pressa para casar, espere. Não pense que os anos são cruéis e que a juventude é um sopro breve que pode passar despercebido. Calma, não se precipite. Não faça nada que venha se arrepender depois, mesmo sabendo (lá no fundo) que não vai dar certo.

O recado acima é para as mulheres desesperadas, que sonham casar cedo porque não querem envelhecer sem constituir uma família, com filhos bonitos, um marido ideal e um lar perfeito. Às vezes dá certo, mas às vezes não.

Na época da faculdade, uma amiga namorou um rapaz por quem já era apaixonada desde a adolescência. O namoro ia muito bem, com projetos de casamento à vista, até que ele resolveu romper e voltar para ex. Minha amiga ficou deprimida, “seu mundo caiu” e por alguns anos tentou se apaixonar loucamente por qualquer Zé Mané da esquina. Bastavam prometer um happy end, que ela já sonhava alto. Mas nenhum deu certo e o “falecido” renasceu das cinzas se dizendo arrependido e coisa e tal. Conclusão, quatro meses depois já estavam com casamento marcado.

Ela dizia que ele tinha mudado, estava mais companheiro, mais carinhoso, mais cuidadoso. Os amigos mais próximos se espantaram com a decisão tão rápida. Na época, rolou um email mal criado para os amigos no estilo “a quem interessa, estamos bem, obrigada. Se alguém deveria perdoá-lo esse alguém sou eu, apenas”. E o casamento foi realizado, com todos os requintes (des)necessários.

Ele nunca foi um exemplo de simpatia, mas esforçava-se aos poucos a se aproximar dos amigos de sua companheira. Logo após o casamento, ele tomou uma atitude decisiva em sua vida: realizou uma cirurgia para diminuição do estômago, o que muito lhe favoreceu para o término de sua obesidade. Não precisa ser nenhum psicólogo ou especialista para afirmar que depois de tal cirurgia sua auto-estima, antes baixa e inquieta, cresceu em proporções gigantescas. Enquanto sua felicidade subia, diminuía-se proporcionalmente a de minha amiga. Esta não conseguia disfarçar aquele casamento frustrado, egoísta e depressivo.

Como uma Amélia, ela se tornou a esposa ideal, fingindo um casamento perfeito e sofrendo internamente as angústias de um casamento fracassado. Ele ostentava uma vida rica e feliz. Mas para se sentir o máximo, sua tática era diminuir sua companheira. Ela nunca estava bonita, bem vestida, nem lhe satisfazia sexualmente como antes. “Quando parei de fingir para ele e para mim mesma é que percebi que meu casamento já tinha chegado ao fim”.

Foi ele quem pediu a separação, mas isso lhe soou como um grito de liberdade, um alívio, a salvação para todos os problemas. Demorou para perceber, mas ela descobriu (e isso era óbvio) que o fracasso do casamento era fruto do egocentrismo dele. E a mudança gerada pós-cirurgia só veio intensificar isso.

A separação veio no momento certo, depois de dois anos de auto-sabotagem. Afinal de contas só ela mesma achou que um casamento desse poderia dar certo. Todos, sem exceção, levantaram a plaquinha “Eu já sabia”, quando ela anunciou o feito. Mas é aquela velha história, quando a pessoa não enxerga o que está diante de seus olhos, ninguém consegue alertar ou mesmo convencer do contrário. Ela “precisou” se aventurar nesse casamento para perceber por conta própria que não era isso que lhe faria feliz de verdade.

Por isso, sábio Chico Buarque alerta aos precipitados: “não se afobe não porque nada é para já”. Lá atrás, quando ela tomou a decisão de voltar para ele e ainda se casar, infelizmente ela acreditou que só com ele ela poderia constituir sua família. Apostou todas as fichas num casamento já predestinado a morrer. No fundo, ela lhe conhecia bem. Acredite, a auto-sabotagem existe e faz muita gente sofrer, às vezes, por anos. Ela se recuperou rapidamente, o que foi bom. Mas quando a pessoa passa anos casada com alguém que não acrescenta em nada, ao contrário, só atrapalha? Para essas, restam apenas os filhos e netos, e um tempo perdido.

6 de dezembro de 2011

Me deixa dormir


Pesquisas são feitas para comprovar aquilo que já desconfiamos, mas não temos base teórica para confirmar. Especialistas europeus dizem ter encontrado um gene que NECESSITA de sono! Opa, não preciso fazer testes para saber que eu tenho esse gene! (veja a matéria)

Alguns falam que dormir é perder preciosas horas de vida. Você poderia aproveitar para praticar exercício, estudar para um concurso importante, para aprender um instrumento ou qualquer coisa que seja realmente útil. Desculpa, mas para mim, dormir é essencial ao meu bem estar. Quando não tenho uma boa noite de sono, ou quando venho numa sequencia de noites mal dormidas, sinto-me cansado, com raciocínio lento e, o pior, com enxaqueca.

Mesmo quando era mais novo (não estou velho!), não agüentava passar noitadas inteiras sem sofrer as conseqüências do dia seguinte. Carnaval era uma fase intensa e, não por acaso, o corpo geralmente respondia enfermo nas semanas seguintes ao acúmulo de cansaço e agitação.

Fico impressionado quando as pessoas me falam que bastam cinco ou seis horas de sono para ficar bem disposto. Eu preciso de oito horas, apesar de ter uma rotina de sete horas, ou menos durante a semana. Em toda minha vida, sempre precisei acordar cedo, no início para ir à escola, depois para faculdade e agora no trabalho. Sempre peguei (escola, faculdade ou trabalho) antes das 8 da manhã, o que me exige um esforço diário para despertar bem disposto. Admiro aquelas pessoas que, mesmo não precisando levantar tão cedo para trabalhar, acordam para ir malhar ou começar qualquer atividade física.

Ao mesmo tempo, o corpo já se acostumou e mesmo no final de semana, quando não há compromissos nem horários, o relógio biológico não falha nunca. Às vezes bate uma “raiva” quando em pleno sábado eu acordo seis e pouca da manhã. Mesmo ficando na cama por mais algumas horas, o sono não é o mesmo.

Se tem hora para acordar, também tem hora para dormir. Quem me conhece, sabe que não pode me convidar para assistir sessão de cinema depois das nove da noite. É sono na certa! Independe do filme que esteja passando. Já dormi “assistindo” Shrek, Guerra nas Estrelas etc. Isso vale para teatro também. Adoro musical, mas Fantasma da Ópera e Hairspray, com todo seu repertório empolgante, me soaram como cantigas de ninar. Eu juro que luto com o sono, mas ele sempre me vence.

Falta muito ainda para aposentar, mas fico imaginando o conforto que será em não ter compromisso de acordar cedo. Sei que não vou exagerar, passando a acordar quase meio dia. A sensação é péssima porque você percebe que perdeu realmente metade do seu dia útil. O equilíbrio é sempre o melhor caminho. Nem seis da madruga, nem onze da tarde. Se pudesse alterar meu relógio biológico, colocaria o despertador para nove horas. Melhor seria se pudesse alterar já agora, sem precisar esperar a tal da aposentadoria... esse papo já me deu sono.

1 de dezembro de 2011

Depoimento de "Eu fui"

Escrevi um depoimento para o Yazigi Travel, sobre minha experiência em Nova Iorque, durante meu período de curso. Eles publicaram no site deles:

Site do Yazigi Travel - Eu Fui!

“Estudar inglês no exterior era um sonho antigo. Sempre ouvi ótimos relatos de pessoas que passaram por essa experiência e eu sabia que seria uma oportunidade única aprender com nativos, em um lugar em que todos falam o idioma. Estudei inglês há muitos anos e confesso que estava um pouco enferrujado, precisando de uma reciclagem. Então, consegui planejar minhas férias no trabalho e finalmente realizei meu sonho.

Escolhi Nova Iorque porque queria conciliar o estudo com o turismo. Vontade de conhecer de perto essa cidade que realmente não dorme nunca, com museus incríveis, o Central Park (que é um verdadeiro oásis no centro urbano), Times Square e sua concentração de teatros, pessoas e lojas fantásticas e tantas outras atrações bacanas. Com isso, optei pelo curso de meio período e, assim, tive a oportunidade de estudar pela manhã e aproveitar tarde e noite para desbravar os encantos dessa cidade frenética.

Antes da viagem, retornei com os estudos por um semestre no Yázigi. Foi quando conheci o Yázigi Travel. Depois de uma breve pesquisa no mercado, a melhor opção foi oferecida pelo Yázigi, que não só escolheu a melhor escola – EmbassyCES - como me indicou várias opções de moradia. O atendimento personalizado é sem dúvida o que mais me chamou atenção. Desde o primeiro contato e até durante a viagem recebi sempre a atenção e o cuidado para que tudo desse certo. E deu. A viagem foi perfeita, como planejada.

Apesar do pouco tempo, foi uma experiência incrível estudar com pessoas da Itália, França, Espanha, Rússia, Turquia, Camarões, Coreia do Sul e Japão. Cada um com sua cultura, com suas histórias de vida, porém com o mesmo objetivo: se comunicar em inglês. E foi justamente essa troca que enriqueceu o meu vocabulário, a minha compreensão e a minha conversação. As aulas são divertidas, interativas e produtivas. Já se imaginou explicando para uma turma estrangeira como se prepara uma boa feijoada? Pois esse é só um pequeno exemplo do clima da aula. Você é estimulado a todo o tempo a se comunicar e, claro, a compreender a gramática na prática. Tive a oportunidade de passar o Halloween na cidade e, neste dia, o clima era de festa em todos os lados, inclusive na escola. Os alunos são convidados a participarem da comemoração, começando pela escolha da fantasia! Vale tudo nesse dia!

Como de costume, impossível não ressaltar as inúmeras amizades feitas ao longo da viagem. Praticamente, todos estão como você: sozinho. Então, mais do que natural fazer amizades, afinal “é impossível ser feliz sozinho”, como já escreveu Vinícius de Moraes. Compartilhar as descobertas, perder-se no Central Park, aventurar-se nas noitadas de Manhattan... tudo isso faz parte! No final, você percebe que o ganho maior não é o inglês, mas sim a vivência, a experiência de vida.”
 
 

24 de novembro de 2011

Dono de casa


Quando resolvi morar sozinho, achei que muita coisa iria mudar em minha vida, principalmente o lado “dono de casa”. Realmente pensei na época que aprenderia cozinhar e ser um faz-tudo. Mas alguns anos se passaram e eu percebi que não sou um bom dono de casa. Não tenho nenhuma habilidade para atividades domésticas. Se a corda do secador de roupas arrebentar, por exemplo, demoro para resolver o problema, até chamar alguém para consertar para mim.

Por um lado, aprendi a dar valor aquilo que sempre meus pais fizeram muito bem. Meu pai, por exemplo, sempre consertou, ajeitou, pendurou, aparafusou, trocou tudo que precisava dentro de casa. Mas ele gostava disso e sempre aprendeu sozinho. Por outro, percebo que falta talento de minha parte, ou melhor, empenho e dedicação.

Nunca procurei saber, mas acho que deveriam existir cursos básicos de tarefas domésticas para solteiros ou recém-casados. As tarefas de passar, limpar e cozinhar são até mais fáceis aprender. Mas quando o assunto é mais específico, falta conhecimento de causa e principalmente prática para isso. No final, você acaba contratando o serviço, mesmo que ele seja banal.

Na cozinha, eu não passo fome. Gosto de inventar alguns sanduíches, umas pastas, umas saladas e massas. Mas nada de preparar grandes jantares, com pratos refinados etc. Uma coisa é certa: você aprende fazer mercado. Depois de algumas tentativas frustradas comprando frutas além da conta, carnes duras, produtos de péssima qualidade e caixas de congelados Sadia, agora a lista básica é pensada evitando qualquer desperdício ou produto fora do orçamento.

O mais engraçado de tudo isso é perceber que exatamente aquilo que você mais criticava quando criança, agora você faz o mesmo. Se eu estiver na rua e passar em frente a um mercado, sempre penso “o que está faltando lá em casa e preciso comprar?”. Era exatamente assim, quando estava com minha mãe e ela passava na frente do Mundial. Sempre tinha “um leite para levar, um sabão em pó para comprar, um iogurte que acabou”. Eu passei ter trauma daquele mercado, conhecido como o mercado dos idosos e das filas gigantes.

18 de novembro de 2011

Compras X Passeios


Quem viaja para o exterior se divide entre compras e passeios, principalmente quando o destino é Argentina ou Estados Unidos. Às vezes, a diferença é tão grande que nós brasileiros ficamos revoltados com o custo elevado de alguns produtos por aqui, com os impostos absurdos. A diferença é maior quando comparamos aparelhos eletrônicos, como máquinas fotográficas, computadores etc.

Mas daí vem o dilema: viajamos para conhecer os lugares e aproveitar ao máximo o que a cidade tem para oferecer, ou mergulhamos em promoções, compras imperdíveis, artigos raros no Brasil? Estados Unidos é o paraíso dos outlets, dos eletrônicos... até o limite da alfândega (apesar de saber que muitos passam desse limite).

Nessa viagem, encontrei muitos brasileiros, principalmente nas lojas. Em Orlando, por exemplo, os atendentes já falam em espanhol, quando sabem, porque só tem brasileiro andando nos outlets. Já em Nova Iorque, a facilidade não é a mesma. As lojas de departamento como Century 21, Marshall, Marcy´s e Filene´s Basement (Union Square) têm várias opções de calçados, roupas, malas etc., mas você tem que ter paciência e tempo para encontrar algo com bom preço e de qualidade. E tempo para gastar é o problema.

Outro problema são as famosas encomendas. Quando o pessoal descobre que você vai viajar, parece que você só vai para comprar... para todos. Falta um pouco (para certas pessoas muito) de senso quando lhe encomendam eletrônicos, roupas e até objetos específicos. Na minha lista tinha até bomba elétrica para tirar leite, acreditem... e não tem ninguém grávida na minha família. Não me incomodo em comprar coisas fáceis e de pouco volume, mas sem sair do meu roteiro.

Como fiquei mais tempo em NY, pude comparar preços, procurar com mais calma. Só na Century 21 fui quatro vezes, mas às vezes acompanhando outras pessoas. Como fui a Orlando, preferi não conhecer os outlets de New Jersey e de Woodbury, que são distantes de Manhattan. Em compensação, em Orlando, você encontra várias opções de Premium Outlets, e como só se anda de carro por lá, não há dificuldade de circular entre elas.

Mas se engana quem pensa que em outlet sempre há boas opções e ótimos preços. Há lojas – principalmente de marcas badaladas como Lacoste – que são raras as peças em conta de fato. O melhor é você entrar no site dos outles e ver quais as datas de maior promoção, e ainda imprimir os cupons de descontos de cada loja pelo mesmo site. Nesse dia, é capaz de encontrar calçados e roupas por 15, 20 até 30 dólares, porque os descontos vão se acumulando como num passo de mágica!

No final, você consegue conciliar passeios com compras, o que lhe proporciona vários calos no pé, dores nas pernas e um cansaço absurdo. Mas se der para dar uma dica: faça todos os passeios durante o dia e deixe as compras para última coisa (quando não tiver programação noturna, é claro!). O importante é conhecer a cidade em primeiro lugar, isso se objetivo de sua viagem for de turismo mesmo!

17 de novembro de 2011

Fotos de NY

De volta pra casa, feliz com a inesquecível viagem, hora de organizar as milhares de fotos. Ao começar por Nova Iorque, um grande resumo dos principais pontos que eu escolhi.

Ponte do Brooklyn - atravessei duas vezes

Vista do Pier no Brooklyn - perto do Dumbo

Estátua da Liberdade - mais de 100 fotos

Halloween na 6a avenida

Halloween na 6a avenida

Na barca indo para Estátua.

High Line

Loja da M&Ms na Times Square

Grand Central Terminal

Vista do meu quarto em NY

Museu de História Natural

Museu de História Natural

Metropolitan Museu

Metropolitan Museu

Metropolitan Museu

Vik Muniz no Moma

Rockefeller Center

Loja da Lego no Rockefeller Center

Rockefeller Center

Time Square - uma das 500 fotos tiradas

Adicionar legenda

O dia que nevou em NY - foto tirada no Queens

Charging Bull ou Wall Street Bull, escultura de Arturo Di Modica

Memorial 11/9 - recentemente inaugurado


Empire State

melhor hamburguer de NY

4 de novembro de 2011

Ultimos dias em NY

Depois de duas semanas relativamente tranquilas, a ultima semana em NY foi intensa. Os amigos chegaram e o ritmo da viagem aumentou. Acabei antecipando a conclusao do curso e fiquei o tempo integral com meus amigos. Aproveitei para rever alguns lugares maravilhosos, mas tambem deixei para o final alguns pontos que ainda nao tinha visto, como o Top of Rock do Rockefeller Center. Compramos o bilhete para subir as 5h30 da tarde, o que conseguimos acompanhar o por do sol em Manhattan maravilhoso. O melhor do Rockefeller eh que alem de ter uma visao total da cidade, assim como Empire, conseguimos ver o proprio Empire iluminado. O espaço la no alto eh mais amplo tambem, e nao ha grades e sim um vidro, o que melhora a visao.

Esta semana tambem se comemorou o famoso Halloween! Eh incrivel como essa celebraçao nos lembra o nosso carnaval. Todos saem fantasiados pelas ruas, onde acontece uma Parada na regiao do greenfield village. Ha fantasia para todos os gostos, desde o tradicional fantasma ate a enfermeira sexy. Eh divertido, mas estah longe de ter a animaçao do nosso carnaval de rua. Vale a pena andar pelas ruas e ver as figuras passando. Mas essa festa acontece principalmente nas noitadas da cidade. Sexta conheci a Veranda NYC, uma especie de restaurante durante o dia e boate a noite. O som eh muito bom, as pessoas sao bonitas, a entrada foi de graça e a cerveja barata. Sem dizer que o clima de Halloween foi maximo. Todos fantasiados e super animados para noite. Segui depois para outra boate, mas nao sei o nome, e confesso que nao gostei tanto porque soh tocava musica eletronica, que nao gosto.

Vou acabar sendo repetitivo, mas Manhattan eh para andar. E andar muito. O metro facilita muito, porque para todo canto tem uma estaçao perto. O negocio eh saber andar entre as linhas e nao se perder com o Downtown e Uptown, Local e Expresso do subway.

Nessas tres semanas em NY, consegui conhecer boa parte da ilha, mas nao cheguei a conhecer Chinatown nem a Little Italy, por opçao. Mas andei muito perto do WTC, da Time Square, e Middletown.

Tenho varias fotos, mas vou postar aos poucos.

E o tempo? Frio. Sabado passado nevou, surpreendendo ateh os americanos, que ha anos nao viam neve em outubro. Foi realmente estranho ter a cidade coberta de neve, um frio absurdo, com vento e chuva, mas logo no dia seguinte um ceu azul, limpo, com um sol maravilhoso.

Essa semana fez sol todos os dias para nossa alegria. Andar pelas ruas de Manhattan com guarda chuva nao eh uma tarefa facil. O vento destruiu meu primeiro guarda chuva, e tive que gastar mais dolares com um novo.

Terça-feira passada assisti o incrivel show do Homem Aranha, na Broadway. O cenario eh maravilhoso, com objetos imitando historia em quadrinho com ideia de profundidade. Mas o mais incrivel eh ver o homem aranha voando por cima da plateia, com uma performance desigual. Ok, o ator que interpretava o homem aranha tinha voz presa, e chegava ser engraçado ouvir o ingles do cara, mas tirando isso, ele mandava muito bem tanto nas canções, quanto no jogo de cena. Eu que assisti tambem o Fantasma da Opera, super recomendo o novo espetaculo. O primeiro eh bem legal tambem, mas eh meio parado.

Pra terminar, nao podia deixar de citar uma experiencia incrivel tambem, que foi assistir um culto evangelico numa tradicional igreja no Harlem, um bairro predominantemente negro. O cenario eh exatamente de filme. Todos cantando muito e louvando a Deus pelas suas graças com entusiasmo. O culto dura uma hora, mas a maior parte do tempo eh apresentação do coral, com banda ao vivo. Essa foi uma indicação de um amigo do trabalho e que valeu muito a pena!

NY vai deixar saudades. Infelizmente fiquei sem internet por essa semana. Agora ja estou em Orlando e vou aproveitar os parques da Disney!!!!

Aquele abraço

27 de outubro de 2011

Central Park

Uma area verde no meio da ilha de Manhattan chama atençao no mapa da cidade. O espaço parece ser grande, mas apenas quando voce chega em uma de suas entradas eh que voce percebe de fato como eh imensa essa regiao. Eh necessario um mapa, principalmente localizando os pontos importantes do parque. Caso contrario, voce certamente ira se perder, como eu me perdi.

Mesmo nos principais guias, voce nao consegue identificar o caminho certo para alguns pontos turisticos. O jeito eh voce arranjar um mapa disponivel no proprio parque. No meu caso, por acaso, encontrei dentro do Belvedere Castle, um castelo de pedras do seculo 19 que fica no alto de um rochedo e onde se tem uma vista maravilhosa.



Aos poucos voce descobre os atrativos do parque. E os urbanos aproveitam esse espaço para o lazer principalmente, mas tambem para comemoraçoes, esportes, ensaios fotograficos e mostrar seus talentos artisticos. Por um pouco mais de duas horas de caminhada, conferi um ensaio fotografico de um casal recem casado, com direito a vestido de noiva, outro casal que tirava fotos antes do casamento e uma festa infantil com musica e animaçao para os bebes. Mas o que mais chama atençao sao as apresentaçoes dos artistas de rua dentro do parque.



Logo na entrada pela 72 street, encontra-se uma homenagem criada por Yoko Ono em memoria de John Lennon, que morava no edificio Dakota em frente ao parque. Ate hoje, fãs do Beatle colocam flores no que foi batizado de Strawberry Fields.


Nao tem como nao se encantar por essa area, que traz boas surpresas, como o Delacorte Theater, um teatro publico, no estilo romano, que entre julho e agosto apresenta peças dentro do programa Shakespeare in the Park. Proximo do teatro, um jardim que leva o nome do escritor ingles e alguns monumentos, como de Romeu e Julieta.


Como toda criança feliz com o brinquedo novo, aproveitei a mais recente compra e fiz algumas fotos do Central Park.










25 de outubro de 2011

Sobre a Embassy

Finalmente comprei meu laptop. Agora fica mais facil atualizar o blog. Ainda nao consegui configurar direito o computador, por isso nao tenho acentos... sorry

Para começar, escolhi estudar ingles aqui em NY porque sempre tive vontade de conhecer essa cidade. A escola Embassy CES se encontra em varias cidades, em varios paises. Mas tem sua unidade talvez mais famosa aqui em Nova York. A estrutura eh muito boa. Eles recebem alunos novos de todo mundo todas as segundas-feiras. O processo eh simples. Quando voce chega, faz uma prova escrita e outra oral, e dai eles definem qual seu nivel de ingles. Se essa eh a melhor forma de avaliar o aluno? Nao, nao eh. Os japoneses, por exemplo, sao otimos de gramatica, mas nao conseguem se comunicar direito. Entao, as vezes eles acabam conseguindo um nivel mais avançado, quando na verdade deveriam estar num nivel menor. E a prova oral? Bem, a prova oral eh basica demais, e em cinco minutos nao dah para definir muita coisa.

Na minha turma, ha alunos de todos os cantos. Russo, frances, italiano, espanhol, turco, japones, coreano etc. Apenas dois brasileiros, eu e mais um paulista. Depois do dia de prova, voce entra na turma e de terça a sexta soh conteudo. Eles intensificam a conversaçao em sala de aula, mas as vezes eh mais dificil entender o que o colega (russo, espanhol, japones etc) estah falando, do que o proprio professor americano. O pos aula eh mais divertido, quando voce acaba fazendo amizade com pessoas com niveis diferentes de ingles.

Eu consegui cair numa turma intermediaria pela manha, mas alguns colegas brasileiros que chegaram no mesmo dia que eu acabaram na turma a tarde. Manha eh bem melhor, porque a aula acabando 12h10, voce tem a tarde livre para conhecer a cidade. E foi o que fiz desde o primeiro dia.

A escola promove tambem passeios com os alunos, justamente para facilitar a integraçao dos diferentes grupos. Na primeira semana, assisti o Fantasma da Opera por um preço mais barato, porque o curso ofereceu aos alunos um ingresso especial.

Depois de uma semana de aula, voce começa a perceber melhor o seu nivel e como voce estah evoluindo, mas o quanto seu ingles ainda eh precario, rs. Precisaria de pelo menos seis meses para aprender de fato, mas sao poucos que tem tempo e dinheiro para investir nisso.

Muitos, como eu, estao aqui enquanto estao de ferias no trabalho, aproveitando no maximo quatro semanas de curso. Mas a experiencia fora de sala de aula tambem conta muito. Por todo lado, voce eh testado com seu ingles, seja para pedir uma informaçao, ate para fazer compras ou comer alguma coisa.

Quem fica na residencia estudantil, oferecida pelo curso, tem a facilidade de fazer mais amizades e dividir experiencias tambem. Ok, nao sao as melhores instalaçoes, nem tao confortavel assim, mas para quem vai passar pouco tempo, aguenta. As pessoas que costumam ficar por mais tempo preferem alugar um apartamento, ou ate ficar fora da ilha de Manhattan, por ser muito mais barato. Eu preferi ficar num quarto single, sem perigo de dividir um quarto com alguem que nao goste de tomar muito banho, rs!

Nao adianta, sao culturas diferentes, costumes diferentes. Cada um tem seu jeito. Mas o tempo todo voce tem que pensar que estah aqui para conviver mesmo com essas diferenças. Faz parte da experiencia.

That´s it!

23 de outubro de 2011

Carioca in NY



Prometi escrever minhas impressões de Nova Iorque ainda nos primeiros dias, mas na falta de um laptop (que ainda não comprei!), só agora estou escrevendo os primeiros rascunhos sobre essa cidade frenética.
Logo na chegada fui muito bem recebido pelo meu tio que mora aqui há mais de vinte anos, e tem uma belíssima casa no Queens. No final do domingo, ele já me levou para residência estudantil que fica próximo da 125 street, bem  no Uptown, perto do Harlem, mas no lugar mais calmo e seguro.
Depois de dois dias ainda um pouco perdido, fui me acostumando com as linhas do metro. Alias, bendito metro de Manhattan! Você compra um cartão ilimitado e anda para todos os cantos da ilha, com segurança. Eu preferi comprar um cartão para uma semana, mas tem ate de validade por um mês.
Para conhecer a cidade, você tem que ter disposição. Andar e’ necessário para você ter noção da ilha. Na primeira semana, já tive oportunidade de conhecer a Wall Street, o píer, a região do World Trade Center,  4th, 5th, 6th, 7th e 8th avenidas, fora o Central Parque que e’ um Oasis no meio da metrópole. Passei pelos museus de Historia Natural, Metropolitan e Moma, mas preciso voltar pelo menos no Metropolitan porque e’ gigantesco. E com a facilidade de pagar apenas uma doação (pelo menos no Museu de História Natural e no Metropolitan), você pode voltar quantas vezes quiser. Já no Moma, eu aproveitei a gratuidade na sexta-feira a noite, mas já sabendo que iria encontrar o museu mega lotado.
Ontem aproveitei o sábado de sol para atravessar a famosa ponte do Brooklyn! E que vista maravilhosa você consegue ter do outro lado da ilha. Realmente e’ um passeio para se fazer sem hora para voltar. Mas ainda não consegui alugar a bicicleta para andar em todo Central Parque.
Tenho tido sorte com os dias ensolarados de Manhattan. Apenas peguei uma quarta-feira chuvosa, mas foi o dia que todos os turistas resolveram visitar os museus da cidade. E o frio esta’ começando a dar sua cara por aqui. Durante o dia, o clima esta’ por volta de 11, 12 graus, e a noite o frio e’ ainda maior.
Quinta fui ao primeiro show da Broadway, e assisti o tradicional Fantasma da Opera. Maravilhoso! A grande vantagem e’ que o curso fez uma promoção para os alunos, com ingresso apenas a 50 dólares.  Essa semana vou tentar comprar o ticket mais em conta para assistir o Rei Leão. E por falar em Broadway, o que e’ a Times Square? Não tem como se encantar por aquelas luzes por todos os lados. O passeio imperdível e visitar a famosa loja de brinquedos que fica na Times Square. Eu que sempre fui apaixonado por LEGO, encontrei vários prédios e monumentos famosos da cidade feitos todos por Lego. Sensacional.
Vou tentar falar um pouco depois da minha impressão sobre o curso de inglês Embassy. Diversidade e’ a palavra que resume o que significa você estudar inglês ao lado de Frances, alemão, russo, turco, japonês, coreano etc. Entender o que eles falam as vezes e’ mais difícil que entender o próprio americano. Mas vale muito a pena.


Now, I’m joining more this big city! Bye


14 de outubro de 2011

Malas prontas


Rascunho andou meio esquecido nos últimos dois meses. Cheguei a publicar algumas coisas sobre as experiências no Rock in Rio.

Mas o grande motivo talvez seja a viagem tão programada durante todo o ano que finalmente chegou. As malas estão prontas, cheio de ansiedade, expectativas, um certo medo pelo que vem pela frente, mas acima de tudo muito feliz por esse momento.

Uma mistura de realização pessoal com prova de fogo, essa viagem foi pensada há muitos anos. Praticamente há dez anos, quando fazia vestibular, já planejava passar alguns meses estudando inglês fora, antes de começar a faculdade. Infelizmente, meu sonho na época não aconteceu, mas a vontade de conhecer Nova Iorque e ainda encarar um estudo fora permanecia.

Depois com a faculdade, os estágios e, claro, o emprego fixo, era impossível largar tudo e passar meses morando fora. Intercâmbio não era um processo tão fácil de se conseguir, ainda mais com bolsa de estudos e coisa e tal. Também não havia “patrocínio” para bancar essa viagem. Só me restava juntar uma grana e passar, pelo menos, um mês das minhas férias fora.

Quando comecei a trabalhar, acabei priorizando outras coisas. Em 2008, fiz minha primeira viagem internacional e com certeza foi uma experiência incrível conhecer Paris, Londres, Madri e Barcelona, principalmente ao lado dos irmãos mais velhos. Há um ano, tracei o destino inesquecível de Buenos Aires e Bariloche, com a companhia carinhosa de minha mãe. Outro momento de lazer e inesquecível foi uma viagem de Cruzeiro, com a companhia amável da namorada e meu irmão. Portanto, meu sonho foi sendo postergado.

Confesso que a língua era um desafio a ser superado. Aventurar-me sozinho em um país estranho, com uma língua não pátria requer coragem. Ok, muitos (muitos mesmo) já fazem isso há séculos. Admiro esses jovens destemidos que conseguem se desprender dos medos e se aventuram às mais diversas experiências em todo mundo. Mas cada um tem seu tempo...

No reflexo do espelho, posso me definir uma pessoa comunicativa. Gosto de conhecer gente, sou curioso com as histórias de vida e costumo fazer amizade com certa tranqüilidade. Mas quando o assunto é inglês, simplesmente bloqueia tudo. Sinto-me um imbecil concatenando idéias na cabeça ao mesmo tempo que busco no vocabulário precário um diálogo. Mais idiota é ouvir as pessoas falando e você não entender nada, ou quase nada. Ninguém gosta de se sentir um peixe fora d´água.

Hoje, percebo que os desafios só veem para nos fortalecer. O medo faz parte, mas no final, a conquista tem um sabor único. Talvez esteja eu encarando o meu maior desafio (e medo) da vida. Mesmo por pouco tempo, mesmo no lugar mais conhecido em todo mundo, mesmo sendo uma língua mundialmente falada, mesmo que milhares de pessoas já tenham vivido isso, agora chegou a minha vez. Só eu sei o quanto isso significa para mim, e o que irá me proporcionar daqui para frente.

Vou buscar transcrever essa experiência em Rascunhos, durante a viagem. Então, até o próximo post!

Carioca in NY, aquele abraço!

3 de outubro de 2011

Dia 1 no Rock in Rio


Segundo dia no festival, as atrações foram mais empolgantes que no primeiro dia que fui. Começando por Frejat, que trouxe clássicos já esperados pelo público como “Por que a gente é assim?” e “Bete Balanço”, mas surpreendeu cantando “Malandragem” e outras pérolas de Cazuza. Em seguida Skank com um Samuel Rosa visivelmente empolgado com sua estréia no Rock in Rio, contagiou todo mundo com os sucessos da banda. Foi genial!

O único show fora de contexto da noite foi do grupo Maná, que tirando duas músicas (Vivir sin Aire e Corazón espinado), não conhecia nada. Mas os melhores shows internacionais da noite prometeram e cumpriram com apresentações impecáveis e emocionantes. Sou fã de Maroon Five e Coldplay, apesar de não conhecer o repertório tão extenso do segundo grupo. A vibração única de Coldplay anestesiava todos os presentes e parecia que o público tinha ensaiado todo repertório. O coro da platéia em Viva La Vida veio antes, durante e depois da música. Inclusive no momento bis, o povo só cantarolava essa música, como se fosse um mantra “oooohhhh”. “Clocks” e “Fix you” vieram arrebatar o público já em êxtase. Uma noite perfeita: sem atrasos, sem chuva (só ameaça), sem confusão e sem trânsito na volta.

Ao contrário de quinta, dia 29, a cidade do Rock estava muito mais cheia. A fila do banheiro comprovava isso. Mas nada que tirasse o bom humor e a disposição de quem estava lá para curtir um dos melhores dias do festival. Só achei o som baixo, em relação ao show do dia 29.

A queima de fogos no final mostrou que o festival mais uma vez fez sucesso! Eu gostei muito da experiência e espero ter forças (pernas, coluna e disposição!) para voltar no próximo Rock in rio, previsto para 2013.

30 de setembro de 2011

Primeira experiência no Rock in Rio


As primeiras impressões sobre o Rock in Rio são as melhores possíveis. Não sei se tinha uma vontade guardada há dez anos, já que infelizmente não consegui ir na última edição do festival no Rio, mas fiquei muito feliz pelo que vi.

Em princípio, comprei o ingresso para o dia extra com pretexto de conhecer o festival, independente das atrações do dia. Mas eis que o astro da noite era nada mais nada menos que Stevie Wonder. Ok, ok, para muitos fãs de rock pode parecer programa de velho assistir clássicos de casamento como “My Cherie amour” e “I just called to say I Love you” em um festival “teoricamente” dedicado ao rock. Mas valeu muito a pena. Ele impressionou o público fazendo uma homenagem com “Garota de Ipanema” e “Você abusou” e foi além com improvisações típicas da boa soul music.

Cheguei tarde e acabei perdendo a homenagem à Legião Urbana e a bem elogiada apresentação de Janelle Monáe. Mas peguei os primeiros acordes do “Baile do Simonal”, no palco do Sunset, o que foi maravilhoso. Enquanto a (desconhecida) Ke$ha quebrava guitarra e bebia sangue de mentira no palco, curti a montanha russa divertida, portanto, não perdi nada do show fora de contexto da noite.

Jamiroquai fez uma apresentação empolgante, mas com repertório pouco conhecido, o que me decepcionou um pouco. Lógico que esperava escutar “Virtual insanity” e “Space Cowboy”, mas nem no momento do bis Jay Kay nos presenteou com os sucessos da banda.

Certamente o melhor da noite foi Stevie Wonder que emplacou um sucesso após o outro do meio até o final de seu show com: Isn´t She Lovely, You are the sunshine of my life e Superstition. Particularmente, o momento brilhante foi Stevie tocando Overjoyed em um piano desigual. Foi emocionante!

Pelas atrações da noite, o público era em sua maioria de “coroas”. Os adolescentes que foram ver Ke$ha trataram logo de ir embora nos melhores shows da noite, o que só deixou mais espaço e, portanto, mais conforto. A estrutura deu conta do público, principalmente na segurança e na saída dos ônibus. Voltei em paz! O difícil foi dormir menos de duas horas e trabalhar no dia seguinte!

Próxima experiência: dia 1. Todas as expectativas para Maroon 5 (que já tive o prazer de assistir a um show no Rio há poucos anos) e, claro, Coldplay!

19 de setembro de 2011

Fazendo as contas


É impressionante quando você planeja uma viagem com antecedência, faz as contas com uma certa margem de preços, mas tem a surpresa desagradável que o dólar resolveu aumentar aceleradamente nos últimos dias. E não foi pouca coisa. De um mês e meio para cá, o que custava R$1,65 passou para R$1,84. Infelizmente, o orçamento não “estica” e o tanto que economizou (ou ainda está economizando) passa a valer menos na hora da troca.

O jeito é apertar um pouco dali, guardar mais um pouco dali e acompanhar diariamente essa variação doida. A ansiedade só aumenta!