8 de fevereiro de 2017

Escape 60 – Brincando de detetive




Quem costumava jogar Detetive e Scotland Yard quando mais jovem, certamente vai querer experimentar o Escape 60

A diferença que você está literalmente dentro do jogo, preso em um ambiente misterioso e tem apenas 60 minutos para escapar. Vale reunir os amigos, os colegas de trabalho ou seus irmãos e primos que adoram desvendar pistas, decifrar códigos e montar tangram.

Há várias salas e, em cada uma, há uma historinha misteriosa que envolve os participantes. Na sala que participei, eu e meus amigos fomos convidados para um jantar, organizado por um ex-colega de turma, para comemorar 10 anos de formados. Mas ao entrar na casa, descobrimos que ficamos trancados e que nosso colega já havia morrido há um ano. Ele deixa uma carta, se queixando do bullying praticado por nós e que agora era vez dele de se vingar. Agora temos que achar um jeito de sair de sua casa.


Em cada pista desvendada, a gente se surpreendia. Não é fácil e simples. Mas é muito divertido. Durante o jogo, você pode solicitar pistas, mas nem sempre elas são oferecidas. Apenas 20% conseguem sair da casa dentro do tempo. Nós não conseguimos por pouco. A última etapa é a mais difícil.

O trabalho é de equipe e todos devem ficar atentos a todo tipo de pista e compartilhar suas descobertas. Não é um jogo em que os participantes disputam entre si. Ou todo mundo ganha, ou todo mundo perde.

O jogo virou febre não só entre os jovens, mas também entre os adultos. É preciso agendar o dia e o horário para garantir a brincadeira, que não é barata (R$80 por pessoa, com mínimo 4 pessoas por sala). Rola às vezes promoção, o que sai pela metade do preço.

3 de fevereiro de 2017

La la Land – o musical que caiu no gosto popular



Musical não agrada todo mundo, mas La la Land – Cantando Estações parece ser um fenômeno. Depois de receber sete estatuetas no Globo de Ouro e ter 14 indicações ao Oscar, o longa virou assunto em todos os lados.

Talvez a explicação para tamanho sucesso seja porque o filme, ao mesmo tempo que faz várias referências a clássicos do cinema, foge do óbvio e traz atores que não são showman. Emma Stone interpreta Mia, uma aspirante a atriz que sonha fazer sucesso em Hollywood, mas só recebe “nãos” em seus testes. Ryan Gosling vive o pianista Sebastian, amante de Jazz e que sonha ter um espaço para se dedicar ao gênero musical predileto. Eles se esbarram na engarrafada cidade de Los Angeles e vivem um romance. Até aí, parece mais um clichê. Mas o filme vai muito além disso.

A história é contada misturando, é claro, muita música e dança. Impossível não remeter aos clássicos de Fred Astaire e tantos outros filmes que marcaram as cores vibrantes, as coreografias ensaiadas, o sapateado e os cenários de estúdios. Uma metalinguagem contemporânea, mostrando bastidores do cinema, com direito a fantasia, cenários fakes, quase beirando ao brega, mas com roupagem atualizada.

A trilha sonora é um charme à parte, com melodias incríveis como “Another Day of Sun” e a emocionante “Mia & Sebastian´s Theme (late for the date)”, de Justin Hurwitz, que faz um som no piano extraordinário! Veja mais nesse link
 
No final das contas, a nostalgia por filmes românticos, leves e divertidos fez do La la Land um filme surpreendente que vence dramas, suspenses, ações, super heróis, ficções científicas e outros gêneros já batidos.

Dá uma olhada nas referências cinematográficas do filme. Edição disponível no canal Burn Book TV.Outras referências citadas aqui.


1 de fevereiro de 2017

O Fim da Rádio MPB FM 90.3



Chegou ao fim a rádio MPB FM 90.3 no dia 31 de janeiro de 2017. Uma emissora que valorizava nossa cultura popular brasileira, nossos artistas, nossa música. Um veículo que divulgava trabalhos excelentes de profissionais incríveis como o mestre Fernando Mansur, radialista, professor e grande comunicador da era moderna do rádio.

Desde seu lançamento, na década de 2000 pelo Grupo O Dia, a proposta da então Nova MPB FM foi inovar, abrindo espaço para verdadeira Música Popular Brasileira, com multiplicidade de gêneros musicais. Ao contrário de outras emissoras, que durante a programação maçante de músicas estrangeiras ainda tocavam alguns sucessos nacionais, a MPB FM só tocava música feita por artistas brasileiros.

Tive a oportunidade de ir em algumas gravações do programa Palco MPB FM, com apresentação de Fernando Mansur. Um dos programas mais significativos da emissora, que abriam espaço para artistas apresentarem seu show, com uma hora de duração. Todos foram sempre muito animados. Outros programas também marcaram, como Faro MPB e o Samba Social Club, aos finais de semana, que tocava samba de raiz e trazendo novidades do mundo do samba.

Como jornalista, lamento profundamente o fim de um importante veículo de comunicação. Mas como amante da boa música popular brasileira, ouvinte de rádio e admirador de grandes artistas nacionais, fico triste pela perda de um canal que transmitia bem-estar.

Ficamos órfãos.

Nas redes sociais, o anúncio do fim da rádio repercutiu muito, e todos lamentavam com seus depoimentos pessoais de como a rádio fazia parte do seu dia a dia. O sentimento é de perda mesmo.
Mesmo depois da venda de 50% da marca ao Grupo Bandeirantes, em 2012, o combinado era que a identidade da programação fosse mantida até certo tempo. Mas parece que esse período acabou e a Band decidiu encerrar as atividades, passando a frequência para Band News (que continua também na 94.9 FM).

Em tempos de spotify, a crise chegou às emissoras de rádio. Os antenados dirão que é a modernidade avassaladora, permitindo você criar sua própria rádio, sua própria programação. Os saudosistas dirão que é o fim da era do rádio de pilha, de rádio do carro, do som da sala, do “MPB FM. Todo mundo Ama”.
Viva a Música Popular Brasileira. Viva MPB FM.