28 de abril de 2010

Jornalismo Científico é...

- Ir para uma entrevista com dúvidas sobre a pauta e retornar à redação com mais dúvidas;

- Tentar compreender em algumas horas o que pesquisadores levaram anos estudando;

- Escrever palavras em português que o word não identifica (sublinhado em vermelho) mas que estão corretas;

- Escrever textos para públicos cada vez mais específicos;

- Fazer cara de entendimento diante do entrevistado, quando você está viajando na maionese;

- Ter escolhido Comunicação Social no vestibular, justamente porque não gostava de física, química e biologia, e só escrever sobre isso (e coisa pior!);

- Sentir-se um burro quando o entrevistado explica várias vezes e você continua não entendendo o que se trata;

- Escrever sobre avanços da medicina e acreditar que vai revolucionar o mundo com suas matérias;

- Ter seu texto jornalístico todo rasurado pelas fontes (entrevistados) que insistem incluir somente termos técnicos, e ainda corrigir o SEU português ainda de forma errada!

- Ter orgulho quando alguém lhe diz “li sua matéria e aprendi (ou me interessei) muito sobre o assunto”;

- Descobrir que depois de um tempo você já fala e entende bem a língua do “tecnês”;

- Achar que cada texto publicado equivale a um artigo científico, com tantas referências e termos técnicos;

- Acreditar que ainda vale a pena fazer jornalismo científico, mesmo escrevendo sobre a “reflectância de vitrinita”.

Em tempo: "A reflectância de vitrinita é um parâmetro muito importante na determinação da paleotemperatura a que uma bacia sedimentar, onde se encontra o petróleo, foi submetida", entendeu?

2 comentários:

Ju disse...

É... a vida é dura!

Ainda bem que sou publicitária ;)

Anônimo disse...

eu gosto exatamente como você receberá o seu nível de toda