8 de setembro de 2011

Um lar, uma vida


Nós celebramos as nossas vidas, as nossas conquistas, nossos sucessos. Celebramos o nascimento de um filho, o nosso matrimônio, nossa formatura. Há pessoas que celebram a vida de seus mascotes, seus bichinhos de estimação. Ontem fui a uma celebração diferente, mas tão especial quanto todas as outras. A aniversariante era uma casa. E esta estava completando 100 anos. Sua dona reuniu os familiares, seus amigos, decorou com flores em volta da piscina, preparou docinhos, contratou buffet, animou a tarde com música ao vivo e se emocionou ao cantar parabéns para aquele lar, que há 60 anos lhe protege da chuva, do sol e do frio, além de guardar muitas histórias de sua longa vida.

Esse lar, herdado pelo seu marido, há anos já falecido, abrigou primeiramente seus sogros. Quando se casou, aos dezesseis anos, mudou-se para lá, onde construiu sua família, com seus quatro filhos nascidos nela. Os anos se passaram, e ela presenciou o crescimento de seus filhos, seus casamentos, os nascimentos de seus netos e até as festas dos primeiros anos de vida da nova geração.

Aquele cenário acompanhou todas as etapas de sua vida e mais que justo celebrar em grande estilo o centenário do “lar, doce lar”.

Particularmente, tenho um carinho especial por essa casa, porque nos remete exatamente ao aconchego da casa da vovó. Com todo respeito ao meu amigo, mas todos que acabam freqüentando o “clube” – como carinhosamente apelidamos a casa – acabamos adotando a “vó Janete” como nossa avó, por sempre nos receber de braços abertos. Os nossos encontros passaram a ser feitos lá, porque além do aconchego, nos sentimos à vontade para brincar, cantar e nos divertir sem hora para acabar. Somos cercados de alegria por todos os lados! E a anfitriã, é claro, está sempre participando dos encontros juvenis!

Adorei o convite para a celebração dos 100 anos da casa, porque assim me senti mais um personagem dessa longa e linda história de vida do “lar, doce lar”! Desejo que seus filhos e netos perpetuem esse cuidado com essa casa, para alegria e satisfação de todas as gerações passadas.

Aos olhos dos leigos, pode parecer uma comemoração “besta”, sem sentido. Mas não trata apenas de um bem material. Como escrevi, é um lugar especial para aquela que viveu praticamente toda sua vida e se dedicou aos cuidados e o carinho desse lar, que tanto já lhe proporcionou alegrias e emoções. Aliás, vó Janete não poderia ter escolhido outra canção para cantar e celebrar com seus convidados “esse momento lindo”! Afinal, “foram tantas emoções”!!!

2 comentários:

Flávia disse...

Ai, amigo, que lindo!!!! Fiquei emocionada com seu post!!! Vc resumiu tudo o que sentimos em relação à casa: já faz parte de nossas vidas. E vou falar pro Thi mostrar isso pra vó... ela vai ficar emocionada : ) Bjinhos

railer disse...

que legal! deve ter sido bacana mesmo, cara. vale a pena cultivar esses valores.