Um lugar que respira história e revela surpresas naturais,
assim é Paraty, a 245 km
do Rio de Janeiro. Depois de conhecer Trindade, um pouco depois de Paraty,
viajei para cidade histórica no feriado e desta vez pude conhecer alguns lugares
fantásticos de lá.
Já havia passado por Paraty, mas nunca tinha ficado mais que
um dia. E sempre me disseram: “o melhor de Paraty são as praias mais
distantes”. De fato, quem visita a cidade, tem que fazer o passeio de barco
pelas ilhas e praias desertas. O passeio dura cerca de cinco horas, com saídas
do porto às 10h da manhã. A bordo da escuna “Príncipe dos mares”, conhecemos
Ilha Comprida, Praia Saco da Velha, Lagoa Azul, Praia Vermelha. Em todas as
paradas, o mergulho com snorkel é essencial, para quem gosta de mergulhar e ver
as belezas marinhas, com grande variedade de peixes e corais. Em Ilha Comprida, a
primeira parada, se o tempo estiver bom, com sol e céu claro, a água
transparente facilita o mergulho. Mas vale lembrar que o tempo por lá é bem
típico: durante o dia, um sol imponente, mas depois o tempo costuma mudar.
Assim como Trindade, Paraty também tem opções de ótimas
cachoeiras, com piscinas naturais e trilhas fáceis e convidativas. Do outro
lado da cidade, pegando a estrada em direção à Cunha, ficam o Poço da Pedra
Comprida e a Cachoeira do Tobogã, como próprio nome já diz, é uma grande pedra
lisa usada como escorregador terminando numa piscina natural.
Existem ainda as praias próximas ao centro, incluindo uma
que passou a ser famosa pela lama acumulada no fundo. No carnaval, as pessoas
se lambuzam com a tal lama e saem pelas ruas do centro histórico formando um
bloco. Eu me aventurei andando no mar até não agüentar o volume de lama nas
pernas. A sensação é bem estranha, porque o seu pé vai afundando no fundo do
mar com uma lama viscosa. Infelizmente, no meio do caminho havia algo cortante
(que não consegui identificar) que acabou cortando meu pé, mas isso faz parte de
toda aventura...
Porém o passeio mais tradicional da cidade é de longe o centro
histórico, com ruas e calçamentos com pedras irregulares – conhecidos como
pé-de-moleque, construídos no século XVIII, graças ao comércio de ouro. As ruas
se tornaram patrimônio histórico e por isso são conservadas, impedindo a
entrada de veículos. A história está não só nas ruas mas também nas construções
coloniais e nas igrejas – Igreja da Matriz (ou Nossa Senhora dos Remédios),
Igreja da Santa Rita, Igreja de Nossa Senhora das Dores, e Igreja de Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito.
Paraty é conhecida também como lugar da cachaça –
recentemente oficializada a bebida genuinamente brasileira. Os alambiques são pontos
de visitação também, com degustação das melhores cachaças do país. O Armazém da
Cachaça, localizado no centro histórico, é uma boa opção de compras dessas
especiarias.
Apesar de ser um lugar que vive praticamente do turismo,
Paraty ainda tem estrutura de cidade pequena, principalmente em períodos de
grande visitação, como férias e feriados. Em três dias por lá, faltou luz todos
os dias, às vezes em curto período, outras mais prolongadas. Outro problema
comum é o alagamento das ruas mais próximas do porto, quando a maré enche à
tarde. Na volta do passeio de escuna, há uma surpresa um tanto desagradável
para alguns turistas que depararam com seus carros imersos nas ruas alagadas.
Mas de um modo geral, a cidade é bem receptiva, com ótimos
restaurantes, preços justos e lugares super agradáveis para se conhecer. Percebe-se
que grande parte dos turistas não é de brasileiros. Assim como Búzios, outra
região praiana do estado que recebe milhares de turistas, Paraty está cheia de
gringos encantados com a cultura da cachaça, do artesanato local, das praias
paradisíacas e da arquitetura histórica.
2 comentários:
AI, eu amo Paraty! Gosto do clima, da arquiteura! Vou lá desde pequena com minha mãe! Praticamente uma vez por ano a gente ia! hehehe Lembro que eu adorava ir na época de cheia, que as ruas ficavam com água e eu me sentia na veneza brasileira! hahaha
Depois de velha (com vinte e poucos anos) fui com um grupo de amigos para o Festival da Cachaça, foi bem bacana reencontrar a cidade já com outros olhos!
Quero voltar lá, com o marido ;)
bjus, ju
adoro paraty. sempre é bom rever fotos e lembrar das vezes em que fui lá.
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