Há muitas maneiras de apreciar a cidade do Rio de Janeiro. Carioca da gema sabe que um dos pontos mais bonitos da cidade é a Pedra Bonita. Em uma trilha de meia hora, é possível chegar no topo do morro, em uma extensa área, onde contempla-se a vista tanto para o lado da Barra da Tijuca e Recreio, quanto para praia de São Conrado e parte da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Diferente da Pedra da Gávea, que exige melhor preparo físico
e uma certa dose de coragem para enfrentar uma escalada nível básico, a trilha
para Pedra Bonita é tranquila e tem poucos trechos de subida íngreme. Para quem
não conhece, recomenda-se visitar acompanhado de alguém que já saiba o caminho.
Depois de subir algumas vezes durante o dia, resolvi encarar
dessa vez a subida da trilha ainda de madrugada, com objetivo de acompanhar lá
de cima a alvorada. Confesso que chegar ao local de subida ainda no escuro
gerou um certo medo – comum de qualquer carioca. Fomos em um grupo de onze
pessoas, alguns indo pela primeira vez. A expectativa era grande de ver um
espetáculo de cores com amanhecer da cidade.
Infelizmente, o céu não ajudou tanto, com grande número de
nuvens. O frio também no alto do morro atrapalhou um pouco, mesmo estando
agasalhado. Mas mesmo assim, a sensação foi única! Ver a cidade amanhecer de um
ângulo privilegiado, com mistura de mar e natureza, as luzes aos poucos se
apagando, e o sol, mesmo que por trás das nuvens, surgindo do horizonte na
linha do mar.
Para os que moram no morro, esse visual já é bem conhecido,
como bem descreveu Cartola, em sua canção “Alvorada”. Lá em cima do morro da
Mangueira, já dizia o poeta: “O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo. E a
natureza sorrindo, tingindo, tingindo...”
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