Uma das maiores satisfações que tenho na vida é ser
convidado para apadrinhar um casal de amigos no casamento. E lá se vão 14
casamentos como padrinho! Essa história começou há 11 anos, em 2005, quando meu
amigo de infância me convidou pela primeira vez a missão. Confesso que comecei
meio torto, chegando atrasado no altar (não por minha culpa!), mais
precisamente na hora do “Sim” dos noivos.
Ser padrinho é, para mim, um reconhecimento da amizade,
aquela chancela de que “você, meu amigo de fé, meu irmão camarada”. E não há
melhor sentimento que ter uma amizade sincera e se sentir querido. Pisciano já
é emotivo e passional, então, amor é a palavra que resume o significado de uma
boa amizade.
Cada um tem sua história, origem diferente. Uns me
conheceram ainda na barriga, como meus dois irmãos, outros cresceram junto
comigo, desde as brincadeiras do play e no pátio da escola. Outros, já conheci na
fase adulta, na época da faculdade, e por aí vai. Mas todos guardam uma
história em comum: a parceria em pelo menos uma fase da vida.
Nesses anos, acumulei tanto histórias boas, como ruins. Dois
casais já se separaram, infelizmente. Outros dois, o convite chegou a ser
feito, mas o casamento de fato não aconteceu. E é nessa hora que a amizade mais
ganha força, pois, assim como nos votos do casamento, “é na alegria e na
tristeza, na saúde ou na doença, até que a morte os separe”!
Já fui preterido ao “cargo” de padrinho uma vez justamente
por ter assumido a função várias vezes. E, segundo o então noivo, isso me dava
o título de “figurinha carimbada. Seremos mais um casal para coleção dele”. Não
faz mal, estava eu lá no altar do mesmo jeito... como fotógrafo!
Não à toa, sou daqueles padrinhos participantes. Já
acompanhei amiga em feira de noivas, levei noivo para praia no dia do casório,
peguei muitas encomendas para os noivos, ajudei escolher fornecedores, provar
buffet e espumante, reunião com DJ, coreografia da primeira dança do casal, escolha
do terno e preparar o nó da gravata do noivo, editar vídeo de pedido de
casamento, produzir vídeo para passar no casamento, ensaio fotográfico...
Se eu quiser mudar de profissão e me dedicar à produção de
casamento, acho que já tenho know-how para isso. Não faltam dicas de
fornecedores, lugares para casório, sugestões de músicas etc. Já fui padrinho
em várias cerimônias, das mais tradicionais as mais excêntricas, com direito a
mãe de santo e pombo da paz!
O mais importante de tudo isso é acompanhar o crescimento e
os frutos desses afilhados. Não há casamento perfeito e, por mais que exista
amor, o relacionamento precisa amadurecer para dar certo. Em muitos, vejo esse
amadurecimento acontecer e admiro o amor construído e fortalecido ao longo dos
anos de companheirismo.
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