6 de julho de 2016

Missão padrinho de casamento



Uma das maiores satisfações que tenho na vida é ser convidado para apadrinhar um casal de amigos no casamento. E lá se vão 14 casamentos como padrinho! Essa história começou há 11 anos, em 2005, quando meu amigo de infância me convidou pela primeira vez a missão. Confesso que comecei meio torto, chegando atrasado no altar (não por minha culpa!), mais precisamente na hora do “Sim” dos noivos.

Ser padrinho é, para mim, um reconhecimento da amizade, aquela chancela de que “você, meu amigo de fé, meu irmão camarada”. E não há melhor sentimento que ter uma amizade sincera e se sentir querido. Pisciano já é emotivo e passional, então, amor é a palavra que resume o significado de uma boa amizade.
Cada um tem sua história, origem diferente. Uns me conheceram ainda na barriga, como meus dois irmãos, outros cresceram junto comigo, desde as brincadeiras do play e no pátio da escola. Outros, já conheci na fase adulta, na época da faculdade, e por aí vai. Mas todos guardam uma história em comum: a parceria em pelo menos uma fase da vida.

Nesses anos, acumulei tanto histórias boas, como ruins. Dois casais já se separaram, infelizmente. Outros dois, o convite chegou a ser feito, mas o casamento de fato não aconteceu. E é nessa hora que a amizade mais ganha força, pois, assim como nos votos do casamento, “é na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença, até que a morte os separe”!

Já fui preterido ao “cargo” de padrinho uma vez justamente por ter assumido a função várias vezes. E, segundo o então noivo, isso me dava o título de “figurinha carimbada. Seremos mais um casal para coleção dele”. Não faz mal, estava eu lá no altar do mesmo jeito... como fotógrafo!

Não à toa, sou daqueles padrinhos participantes. Já acompanhei amiga em feira de noivas, levei noivo para praia no dia do casório, peguei muitas encomendas para os noivos, ajudei escolher fornecedores, provar buffet e espumante, reunião com DJ, coreografia da primeira dança do casal, escolha do terno e preparar o nó da gravata do noivo, editar vídeo de pedido de casamento, produzir vídeo para passar no casamento, ensaio fotográfico...

Se eu quiser mudar de profissão e me dedicar à produção de casamento, acho que já tenho know-how para isso. Não faltam dicas de fornecedores, lugares para casório, sugestões de músicas etc. Já fui padrinho em várias cerimônias, das mais tradicionais as mais excêntricas, com direito a mãe de santo e pombo da paz!
O mais importante de tudo isso é acompanhar o crescimento e os frutos desses afilhados. Não há casamento perfeito e, por mais que exista amor, o relacionamento precisa amadurecer para dar certo. Em muitos, vejo esse amadurecimento acontecer e admiro o amor construído e fortalecido ao longo dos anos de companheirismo.

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