30 de novembro de 2007

Eduardo e Mônica se separam

E quem um dia ‘iria’ dizer... que esses dois iriam se separar?
Pois é, nesta onda de separações, a crença do casamento perfeito está com os dias contados. Os dois resolveram se separar.

Enquanto a Mônica alegava falta de maturidade do Eduardo, este reclamava do comportamento intransigente dela. O casamento não estava indo bem de alguns anos pra cá. Na verdade, desde quando resolveram morar em Brasília. Um lugar seco, distante de tudo e de todos. As despesas estavam aumentando, apesar do Eduardo ter conseguido um emprego bacana no gabinete de um deputado, amigo da família.

Mônica estava insatisfeita com aquele esquema “escola (dos filhos), cinema, clube e televisão”. Os lugares eram os mesmos, as pessoas eram as mesmas, e os papos também. Até que ela gostava de falar sobre o Planalto Central, mas a roubalheira era tanta, que até isso virou rotina em sua vida.

E os gêmeos? Estão na fase “aborrecentes”. Acham que podem tudo, afinal, estão na terra dos poderosos. A mãe acha que é influência dos amigos, filhos dos políticos. Ao contrário do pai, que com a idade deles só sabia jogar futebol de botão com seu avô, os meninos querem saber só da balada, da bebedeira, das festinhas regadas a red Bull e whisky doze anos dos pais.

Eduardo pouco parava em casa. Estava sempre atendendo a um chamado do deputado. Ora para arranjar viagens inesperadas, ora pra arrumar reuniões de emergência com os empresários amigos do chefe. Por isso, mal dava conta da sua vida. Pagava as contas de casa, comprava uns agrados pra esposa. Quando pôde tirar férias, levou a família toda pra conhecer a Disney (seu sonho de infância), porém, não tomava conhecimento dos problemas do lar. Na verdade, era um pai ausente.

Mônica sempre tentava uma conversa entre eles, mas Eduardo nunca tinha tempo. Mônica cansou. Seu sonho não era viver como dona de casa, cuidando dos gêmeos, paparicando o marido e convivendo com socialites da terra seca de JK. E seus cursos de astrologia, meditação, arte contemporânea? Tudo ficou para trás.

Então, eles resolveram pôr fim ao casamento que já durava anos. É claro que o afeto que sentiam um pelo outro era muito forte. Aquelas lembranças de como eles se conheceram, naquela festa estranha com gente esquisita, ainda guardavam com carinho.

Muitos duvidaram na época desse romance, afinal, eles eram muito diferentes. E ainda são: ela com 42 e ele de capricórnio.

Mônica voltou para o Rio, sozinha. Deixou os filhos com Eduardo. Ele está procurando a terceira empregada da casa, pra dá conta dos gêmeos. Eduardo vem ao Rio nas próximas férias visitar Mônica. Vão matar um pouco as saudades. Mas, infelizmente, esse casal não se completa mais, que nem feijão com arroz.

“E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?”.

7 comentários:

Anônimo disse...

Eduardo e Monica tentaram terapia de casal? Ainda vejo solução pros dois pq acredito na existencia do amor entre ambos...enquanto há amor, há salvação...
o fato é que é dificil mesmo arrumar alguem perfeito, pelo menos no nosso julgamento. Tem gente q busca a vida toda e nao acha, exatamente por cobrar e esperar demais...
enfim...faço votos positivos em relação a reaproximação da dupla, eles merecem.

Anônimo disse...

"Tempos Modernos" é o resultado de tudo na vida. Acredito que o mais interessante é que o feijao ainda existe, da mesma forma que o arroz nao perdeu sua essencia. Logo tanto o arroz como o feijão podem viver suas vidas em pratos especificos!
Da mesma sorte, tenho que ressaltar que exite o feijao tropeiro, mulatinho, carioquinha e pq nao falar do a arroz a la grega, integral, doce e por ai vai! Assim, ainda é possivel a uniao desses ingredientes! em pratos diferentes, afinal nem sempre Brasilia foi a capital do Brasil.

Biessa disse...

Os contos de fada só tem 'happy end' por terminarem justamente no auge. Ou alguém acha que a Branca de Neve teria convivido muito tempo com aquele príncipe bocó depois de ter tido sete anões só para ela!?


Querido, sobre aquele texto meu que vc comentou, é só uma forma de rir do modo pelo qual funciona a mente feminina. É aquilo: quando quer arrumar problema, a mulherada vê como negativo até pontos que são positivos.

Bjo!

Cris disse...

É, nesse mundo de hoje é provável que isso acontecesse mesmo... afinal eu não acredito nessa história de "opostos se atraem".. podem até se atrair, mas ficarem juntos é outra história.. e dar certo é ainda mais difícil... Pra dar certo tem q ter mais em comum e respeitar as diferenças, mas a diferença não pode ser tão grande a ponto de ser intolerável pelo outro...

B. disse...

Talvez o grande problema seja os dois sempre acharem que eram "perfeitos um para o outro". Nunca haverá alguém que caiba exatamente nos nossos sonhos. Ou aceitamos isso ou passaremos a vida de amor em amor...
beijos

B. disse...

Linkei vc, tá?

Cassandra disse...

http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=59363141

Essa idéia eu tinha fazia um tempinho, e quando vi o blog curti e usei pra descrição ^^