5 de maio de 2010

Uma noite e nada mais.

Para alguns, é um lugar comum. Para muitos, um lugar excitante. Já para outros é sinônimo de mal gosto, impessoalidade e até certo ponto “nojento”.

O fato é que motel nem sempre é a melhor opção para uma noite a dois. Há os que sentem prazer em freqüentá-lo, ao comemorar o aniversário de namoro ou casamento, o dia dos namorados, ou só para praticar um sexo casual. Muitos vão porque não têm muita opção mesmo. Moram com os pais, não viajam muito e acabam não encontrando outra saída. Há também aqueles que mesmo depois de casados gostam de variar o ambiente, conhecer suítes novas, experimentar ambientes diferentes, excêntricos etc.

Depende do gosto de cada um, é claro. Particularmente, acho que ambientes assim são impessoais, e se você não tiver no clima (ou sua cia) pode acabar sendo uma furada. Não troco um ambiente aconchegante, próprio, sem hora para fechar a conta por um motel. Até já ouvi dizer que são ambientes “carregados”, com baixas vibrações, mas daí vai da crença de cada um.

Conheço algumas histórias tanto de pessoas que preferem transar no motel que em casa até das que têm trauma ou que nunca pisaram em um por opção. Uma, em particular, vale a pena contar. Ela já foi casada (morou junto por um tempo), já namorou alguns caras, tem lá seus vinte e muitos anos, mas nunca conseguiu ir ao motel com um de seus namorados. Não por falta de convite. Mas ela já teve a oportunidade de conhecer bem de perto. Chegou a passar uma noite mal dormida e graças a isso acabou ficando com trauma do ambiente nada acolhedor.


Ela ainda estava na faculdade, estudava à noite e morava com uma tia num bairro esquisito do Rio. Numa noite, ao sair da aula, a prima ligou avisando que estava rolando um tiroteio intenso perto de casa, então pediu que ela não voltasse pra casa nem tão cedo. “Putz! E agora, o que eu faço? Onde vou dormir?”. Ela até tinha um namorado na época, mas como não tinha tanto tempo assim de namoro, não tinha ainda intimidade suficiente para dormir na casa dele, com os pais juntos. Então teve a idéia de dormir num motel. E que motel!

Ela acabou, sem querer querendo, escolhendo uma suíte das mais caras, com direito a sauna, banheira, cadeira erótica etc, mas sozinha, só tinha como assistir mesmo os filmes pornôs na tv. Pra falar a verdade, ela nem ligou a tv, e foi tentar dormir um pouco. E quem disse que ela conseguiu? A gritaria de uma mulher enlouquecida do quarto ao lado só a deixava mais tensa naquela noite esquisita. Era inevitável não imaginar tal cena bizarra que estaria acontecendo bem ao lado de sua luxuosa suíte. Fora isso, inconscientemente, ela tomou nojo de tudo ao seu redor: cama, lençol, toalhas, banheira, copo...

Resultado: a experiência lhe deixou traumatizada, até hoje.

2 comentários:

Ju disse...

hahahahhaha já conhecia esta história ;)

railer disse...

realmente se você ficar pensando muito, não curte. e se for curtir tudo que o lugar tem pra oferecer como hidromassagem e tal, não vai sobrar tempo pra fazer o que realmente foi fazer lá. hehe