18 de março de 2011

“Acho que dormi com meu melhor amigo”


Entra em cartaz hoje nos cinemas o filme “Sexo sem compromisso”, com Natalie Portman e Ashton. Certamente um filme “mamão com açúcar” que narra o relacionamento entre dois grandes amigos que acabam estragando a amizade quando transam em uma manhã.

Lembrei de uma história engraçada de uma amiga que passou por uma situação parecida e, segundo a própria, foi a coisa mais estranha que já passou. Numa noite dessas de bebedeira e badalação entre amigos, ela e seu fiel e companheiro amigo resolveram “confundir as bolas”. Os dois na época estavam solteiros, descompromissados com o mundo e, portanto, completamente livres para “novas experiências”, até surgir um “por que não nós dois?”. Fato é que os dois perderam a noção da bebedeira, e no “calor” da conversa cheia de insinuações acabaram a noite na... cama.

O nível de amizade era extremamente alto, tipo “amigos de infância”, apesar de terem se conhecidos no período da faculdade. Segundo a própria, ela nunca sentiu atração por ele, e acredita que a recíproca é verdadeira. Então, não foi algo “aquele tesão encubado acabou extrapolando”, nada disso. A verdade é que os dois estavam bêbados mesmo, num fim de noite derrota (zero a zero para ambos) e sem nenhuma perspectiva de arranjar alguém. Lembrando também que, ao contrário dele, ela não era adepta do tal “sexo sem compromisso” e realmente gostava de se envolver com a pessoa antes de chegar no finalmente.

Resultado: a transa foi a mais esquisita e desajeitada de todas que já viveu (nem quando perdeu a virgindade a cena foi bizarra assim). Eles não sabiam se se beijavam, se só praticavam o ato em si ou se riam da situação tosca. Nem romantismo nem sexo selvagem. Os dois terminaram logo e resolveram dormir, afinal o cansaço era mais forte que aquela confusão.

No dia seguinte, a cena não poderia ser pior. Os dois, com olhos de ressaca, se entreolharam sem saber responder: “o que estamos fazendo aqui?”. Ele preferiu partir sem muito diálogo. Ela preferiu tomar um café amargo para cair na real. Um bilhete foi deixado na mesa da sala: “espero que não mude nada entre nós”...

É fato que os dois ficaram um período (curto) sem se comunicarem, talvez por vergonha mesmo um do outro. Até que eles resolveram colocar um ponto final naquele fatídico dia e daí passaram para próxima página da amizade – que não foi nada abalada. Continuam grandes amigos até hoje, cada um com seus respectivos.

Um comentário:

railer disse...

se a amizade se mantém, que mal tem?