Não sou cientista político, nem especialista no assunto, mas
acho no mínimo curioso o burburinho que se formou nas redes sociais por conta
do atual cenário político brasileiro.
De fato, estamos vivenciando um período atípico da
democracia no País, quando o processo de Impeachment contra a presidente Dilma
saiu do estágio de “possibilidade” para algo real. Certo ou errado, o avanço do
processo – com a aprovação pela Câmara dos Deputados no último domingo – está
gerando um movimento de fato revolucionário na população.
Infelizmente, estamos diante de um cenário catastrófico,
pois aqueles que culpam o atual Governo por uma série de prejuízos causados na econômica
do país, são os mesmos que passam por processos judiciais e respondem por
crimes de corrupção. Ou seja, é o esfarrapado falando do mal lavado.
O povo vai às ruas para lutar pela democracia, mas não sabe
votar. Se soubesse, não assistiríamos uma votação tão desastrosa, no verdadeiro
momento “vergonha alheia”. Quase todos que votaram a favor do Impeachment não
justificaram a acusação contra o Governo. Optaram por falar de Deus, da família
e até por coronel envolvido em tortura durante o Golpe. A quem lembra em quem
votou na última eleição para deputado federal, ao assistir tal deputado na
votação, concordou com o discurso? Eu sim.
Há os que realmente defendem um Bolsonaro da vida. Para esses,
só há lamentação e repúdio pelo discurso desumano.
O processo de Impeachment ainda percorre um longo caminho.
Até lá, o cenário econômico ainda fica em segundo plano, sendo praticamente
esquecido pelo Governo, que só tem olhos para sua defesa e conquista dos
senadores indecisos.
O pior é não ver luz no fim do túnel, diante das opções para
assumir o cargo de Dilma. Ninguém está preparado para encarar atual crise com
um plano econômico eficaz. Vai demorar para arrumar a casa, tendo ou não o
impeachment.
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