19 de abril de 2016

Vai passar nessa avenida...



Não sou cientista político, nem especialista no assunto, mas acho no mínimo curioso o burburinho que se formou nas redes sociais por conta do atual cenário político brasileiro. 

De fato, estamos vivenciando um período atípico da democracia no País, quando o processo de Impeachment contra a presidente Dilma saiu do estágio de “possibilidade” para algo real. Certo ou errado, o avanço do processo – com a aprovação pela Câmara dos Deputados no último domingo – está gerando um movimento de fato revolucionário na população. 

Infelizmente, estamos diante de um cenário catastrófico, pois aqueles que culpam o atual Governo por uma série de prejuízos causados na econômica do país, são os mesmos que passam por processos judiciais e respondem por crimes de corrupção. Ou seja, é o esfarrapado falando do mal lavado.

O povo vai às ruas para lutar pela democracia, mas não sabe votar. Se soubesse, não assistiríamos uma votação tão desastrosa, no verdadeiro momento “vergonha alheia”. Quase todos que votaram a favor do Impeachment não justificaram a acusação contra o Governo. Optaram por falar de Deus, da família e até por coronel envolvido em tortura durante o Golpe. A quem lembra em quem votou na última eleição para deputado federal, ao assistir tal deputado na votação, concordou com o discurso? Eu sim.

Há os que realmente defendem um Bolsonaro da vida. Para esses, só há lamentação e repúdio pelo discurso desumano.

O processo de Impeachment ainda percorre um longo caminho. Até lá, o cenário econômico ainda fica em segundo plano, sendo praticamente esquecido pelo Governo, que só tem olhos para sua defesa e conquista dos senadores indecisos.

O pior é não ver luz no fim do túnel, diante das opções para assumir o cargo de Dilma. Ninguém está preparado para encarar atual crise com um plano econômico eficaz. Vai demorar para arrumar a casa, tendo ou não o impeachment.

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