2 de fevereiro de 2010

FÉvereiro (Conto)

Parte 1
Parte 2

“Todo dia um ninguém josé acorda já deitado”
Estou perdendo as forças... não quero mais acordar e levantar pra ver o sol.
“Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado”
Tenho que trabalhar minha chatice
“Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia”
Estou trocando o dia pela noite, virando acordado.
“Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado”
Estou perdendo a esperança, pra falar a verdade.
“De que o dia insiste em nascer. Mas o dia insiste em nascer”
E se eu deixasse de lado todas frustrações?
”Pra ver deitar o novo”

Acordei hoje um pouco mais disposto.
Bola preta acaba sendo uma recaída.
“Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada”
Beijei umas sete, mas sem compromisso.
"Toda Bossa é nova e você não liga se é usada”
Mas agora acabou mesmo. Prometo.
“Todo o carnaval tem seu fim. Todo o carnaval tem seu fim”
É o meu fim.
“E é o fim, e é o fim”



- Meu amigo não pára de gritar “é carnaval!”
- Não me diga, “mas quem é você?”
Mas essa já é outra letra.
- Esse é o Chico.
- Prazer, meu nome é...

“Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco”
- Você não me é estranha...
“Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco”
- Jura? Então de onde você me conhece?
“Toda escolha é feita por quem acorda já deitado”
- Não sei direito, mas você parece com alguém que estou procurando há tempos.
“Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado”
- Então acha que encontrou?
“E pinta o estandarte de azul”
- Tenho certeza. Vem comigo!
“E põe suas estrelas no azul”
- Pra onde você está me levando?
“Pra que mudar?”
- Deixa...

“Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz”

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