“Enquanto rodava ‘Bruna Surfistinha’, Deborah Secco diz que
incorporou a personagem. ‘Fiquei quatro meses fora de mim, pensando, falando e
agindo que nem ela. Sei que dei realismo às cenas de sexo, mas espero que as
pessoas se impressionem mais com a minha atuação do que com as imagens picantes”,
disse em entrevista à revista Veja desta semana.
Isso resume bem o estilo do filme. Lembro-me que escrevi um
post em outubro de 2007 contando a grande procura de candidatas ao papel de
garota de programa. Na época, o responsável pela seleção do elenco afirmava que
não importava se a candidata era atriz de fato, poderia ser uma própria garota
de programa. Enfim, a escolhida foi Deborah Secco que não consegue convencer
com seu rosto de “ah coitada”.
O filme é fraco de história e rico em imagens fortes. Umas cenas
de bom gosto, outras desnecessárias. Mas afinal de contas o filme
conta a história de uma... garota de programa em sua atividade, então não tinha muito que escapar!
Não li o livro, mas acredito que o roteiro tenha sido
superficial, sem detalhar de fato os dilemas de uma profissional do sexo. Alguns
trechos mostram uma menina despreparada, outros uma patricinha iludida e outros
uma mulher no fundo do poço, drogada e largada. A Bruna do filme é uma mulher
sem propósito de vida, sem rumo. Tinha ao seu favor a beleza e a “facilidade”
em topar todo tipo de programa, sem restrições, sem pudor nem preconceito. A
atriz realmente se entregou ao papel e, desculpe Deborah, mas é impossível não
ficar impressionado com as imagens picantes, muito mais que sua interpretação...
Li outro dia que a família da atriz só ficou tensa com as
cenas de overdose da personagem... então as cenas de sexo explícito tudo bem? E
o Roger vai bem?
Vergonha alheia à parte, é um filme para assistir
(convenhamos) bem acompanhado. Só cuidado para não levar sua avó para assistir
ao seu lado.
2 comentários:
ainda não vi o filme.
Ainda não vi o filme. Sei lá, não senti tesão.
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