Deixo me levar pelos tempos do inverno, nem tão rigoroso
assim.
Apesar do vento frio, assobio gelado ao pé do ouvido,
aqueço-me pelos raios de sol matutino.
É fim de julho, um sábado de aconchego, uma cama super king,
daquela que nos remete à infância, quando pulávamos na cama dos pais.
Descortino a janela e me deparo com mar calmo. Chinelo,
bermuda, óculos de sol, um protetor e uma bossa a tocar, “Dias de luz, festa de
sol...” me convidando “dia lindo, vamos aproveitá-lo”?
Dou meu habitual beijo de bom dia. Ela se espreguiça ainda,
com aquele tom de “mais dez minutinhos?”. Não, Búzios não me permite mais dez
minutos.
Ao anoitecer, venho lhe pedir sua mão. Um carinho, um afeto
sempre é bom.
Na volta daquele assobio frio, lembro-me que estamos no
inverno, à beira mar. Desce uma, duas, três taças de um tinto, até me
entorpecer no seu afago. Acende aquela vela, coloca a água da banheira para
esquentar e vem me despir devagar. Apimentar a relação faz parte do seu
feitiço?
Trago boas lembranças daquele final de semana em Armação dos
Búzios. Nem a charmosa rua das pedras, nem Brigitte Bardot sentava à beira mar,
nem as belas praias Ferradura, Azedinha, Rasa, Tartaruga ou Geribá me amarraram
tanto quanto o seu encanto, no tempo que passamos por lá.
Um comentário:
só fui a búzios uma vez.
tenho que voltar lá.
abraços,
raileronline
Postar um comentário