2 de agosto de 2011

Um outro tempo em Búzios



Deixo me levar pelos tempos do inverno, nem tão rigoroso assim.
Apesar do vento frio, assobio gelado ao pé do ouvido, aqueço-me pelos raios de sol matutino.
É fim de julho, um sábado de aconchego, uma cama super king, daquela que nos remete à infância, quando pulávamos na cama dos pais.

Descortino a janela e me deparo com mar calmo. Chinelo, bermuda, óculos de sol, um protetor e uma bossa a tocar, “Dias de luz, festa de sol...” me convidando “dia lindo, vamos aproveitá-lo”?
Dou meu habitual beijo de bom dia. Ela se espreguiça ainda, com aquele tom de “mais dez minutinhos?”. Não, Búzios não me permite mais dez minutos.

Azul é uma cor que acalma a alma, não tem jeito. Não sei se fico na esteira, ou se me descalço na areia molhada. Às vezes, permito-me uma vida de rei. Prefiro aproveitar cada vão momento, com todos relógios derretidos de Dalí. Assim, o velho tempo custa a passar...

Ao anoitecer, venho lhe pedir sua mão. Um carinho, um afeto sempre é bom.
Na volta daquele assobio frio, lembro-me que estamos no inverno, à beira mar. Desce uma, duas, três taças de um tinto, até me entorpecer no seu afago. Acende aquela vela, coloca a água da banheira para esquentar e vem me despir devagar. Apimentar a relação faz parte do seu feitiço? 

 
Trago boas lembranças daquele final de semana em Armação dos Búzios. Nem a charmosa rua das pedras, nem Brigitte Bardot sentava à beira mar, nem as belas praias Ferradura, Azedinha, Rasa, Tartaruga ou Geribá me amarraram tanto quanto o seu encanto, no tempo que passamos por lá. 

Um comentário:

railer disse...

só fui a búzios uma vez.
tenho que voltar lá.

abraços,
raileronline