Este ano retornei ao grupo de estudo da doutrina espírita.
Algo que me fazia falta porque, além de estudar e aprender mais sobre a
doutrina que escolhi, é uma oportunidade que tenho a cada semana de refletir
sobre minhas ações (ou falta delas) e de auto-análise.
Ser espírita não é apenas crer na vida após a morte,
acreditar na reencarnação e crer nos ensinamentos de Jesus. É assumir um
compromisso consigo mesmo e com a espiritualidade, na busca de seu progresso
espiritual através da prática da caridade. Passamos a ter consciência da nossa
missão enquanto encarnados, ou pelo menos, acreditamos que há um planejamento
prévio, estabelecido antes de reencarnarmos. Portanto, sabemos que houve um
comprometimento de nossa parte em cumprir tal planejamento.
Quando encarnamos, esquecemos propositalmente tudo aquilo
que foi planejado no plano espiritual. Digo propositalmente porque se nós,
espíritos em evolução, tivéssemos consciência plena de todas nossas falhas
pretéritas, viveríamos perturbados diante de tantas cobranças íntimas. Não
sabemos o que exatamente cometemos em vidas passadas, mas se estamos encarnados
certamente é porque temos uma missão, algo a ser reparado, provas e expiações a
serem cumpridas. Nossa nova oportunidade de vida é como um papel em branco, em
que vamos aos poucos preenchendo com boas ou más atitudes e pensamentos. Assim
como na escola, onde sabemos que o erro faz parte do aprendizado; em nossa vida
nem sempre escolhemos os melhores caminhos, as melhores respostas, as melhores
condutas. Mas nem por isso, deixamos de reconhecer o erro (quando percebemos a
tempo) e tentamos consertar, ou melhorar.
Vejo no espiritismo uma verdadeira escola da vida, onde
somos encaminhados aos ensinamentos de Jesus – a verdade e o caminho. É buscar
as respostas para os desafios que encontramos no dia a dia. Crer que para tudo
há um sentido, um significado, nada é por acaso e que as provas e expiações nos
servem para amadurecer, aprender e evoluir.
É um momento de auto-conhecimento, identificando nossas
falhas, nossas fraquezas, medos, inseguranças. A auto-evangelização também é
importante, quando assimilamos os ensinamentos e buscamos corrigir nossas
falhas. Mas acima de tudo, percebemos o quanto estamos atrasados e precisamos
evoluir, diante de exemplos de trabalhadores como Chico Xavier, Divaldo Franco,
Irmã Sheila, Bezerra de Menezes, André Luiz e tantos que nos inspiram.
“Viver é uma arte, um ofício, só que precisa cuidado, pra
perceber que olhar só pra dentro é o maior desperdício”. Portanto, essa
auto-evangelização depende também de como estamos enxergando o nosso próximo.
Amar o próximo como a si mesmo é essencial para nossa própria evolução. Doar-se
é o compromisso que nós assumimos lá em cima, independente das nossas falhas.
Nosso crescimento espiritual depende disso. O meu desejo (e vou tentar o
máximo) é falar menos e praticar mais.
Um comentário:
Filho, continue lendo e estudando, pois o seu progresso depende muito disso, nós evoluímos ou ficamos estacionados espiritualmente, todos os dias, depende muito do que fazemos. Quando for fazer algo, pense no que você veio fazer nesse orbe. Não deixe de se divertir, isso também é evolução, mas com moderação, pois o exceder é que é prejudicial para o nosso desenvolvimento. Pratique sempre o bem, sem olhar a quem, e não espere de maneira nenhuma o retorno de algum benefício. Beijos, seu pai.
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