Já havia lido por alto sobre a história do livro “A culpa é
das estrelas”, mas ainda sim o filme me surpreendeu. A mensagem é estimulante,
sensível, sem ser piegas ou algo parecido com autoajuda. O tema é pesado e
triste, mas nem por isso a história é narrada de forma dramática. Ao contrário,
o filme é leve e bem humorado, em alguns momentos, e profundo quando tem que
ser.
Hazel é uma adolescente de dezesseis anos que tem câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Até o encontro despretensioso com o também jovem Augustus Waters em uma reunião do Grupo de Apoio a Crianças com Câncer, a vida desanimada da adolescente se preenchia com livros, seriados na tv e estudo. E é justamente o encontro com o garoto bonito e espirituoso que faz sua vida ganhar... vida! Augustus aparece na reunião a pedido de seu amigo, mas ele está em remissão de um câncer há mais de um ano. Ao contrário de Hazel, o jovem busca intensidade e não transforma a doença em um fardo.
Desde o encontro, eles se aproximaram e aos poucos foram
construindo uma relação afetuosa que, inevitavelmente, se transformou em paixão.
Ela tentou resistir, porque se sentia uma granada a ponto de explodir a
qualquer momento, ferindo as pessoas mais próximas. Mas ele mostrou que o que
importava não era quanto tempo eles passariam juntos, mas como passariam juntos
o tempo indeterminado.
E é aí que se tem a melhor metáfora da história como lição
de vida. Depois de ceder e finalmente se apaixonar por Augustus, Hazel tenta
demonstrar em uma lição matemática o significado do relacionamento dos dois. Entre
0 e 1, há infinitos números (0,12; 0,35...), assim como uma infinidade maior
ainda entre 1 a 1 milhão. Portanto, eles conseguem viver seu conjunto infinito
de números dentro dos poucos anos restantes.
A menina que inspirou o autor John Green a escrever o livro
não viveu essa linda história de amor,
mas certamente impressionou Green com
sua energia e espontaneidade. Era uma adolescente consciente de sua condição,
mas nem por isso deixou a vida de lado, para sofrer com a doença. Ela foi
diagnosticada em 2006 e, até 2010 (ano de sua morte), ela se expressou e ganhou
espaço na internet, principalmente após ser conhecida pelo próprio John Green.
Foi lançado esse ano (2014) o livro sobre Esther Grace Earl, reunindo suas
cartas, contos e anotações de seus pais, como uma espécie de autobiografia.
Ainda não li, mas deu vontade de conhecer mais sobre essa adolescente. O livro
se chama “A estrela que nunca vai se apagar" (editora Intrínseca).
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