Todo mundo já falou sobre a crise econômica, que tomou o
país e transformou muitas vidas, na maioria das vezes para pior. Quantos em
nossos ciclos sociais conheceram alguém que perdeu o emprego, por exemplo? Eu mesmo
sofri com a crise. Eu e mais dez companheiros de uma mesma equipe, que fomos “pegos
de surpresa”, quando a estabilidade deu lugar a incerteza.
Por um lado, o desespero de perder o emprego e ficar à
deriva num mercado que já agonizava por conta da crise. Por outro, sair da zona
de conforto, perceber novas oportunidades e encarar o desafio de correr atrás
de um emprego novo.
O balanço que faço de 2015 é justamente sobre isso. O fim da
zona de conforto, depois de tantos anos trabalhando numa mesma empresa, com as
mesmas pessoas, fazendo as mesmas tarefas quase todos os dias. “Tudo dia ela
faz tudo sempre igual”. O cotidiano lhe faz esquecer das muitas possibilidades de
experimentar algo novo. Simplesmente entender que suas competências e talentos
podem ser aproveitados para outras atuações.
A maré de oportunidades, infelizmente, não foi para todos.
Mas se posso tirar alguma conclusão do que aconteceu esse ano é que podemos
sempre nos reinventar. Somos capazes de descobrir competências até então
desconhecidas. E até mesmo perceber como o próximo lhe enxerga muda seu modo de
ser. Sua postura, seu jeito de expor suas ideias, seu comportamento, seu
approach. Somos testados a todo momento, até quando não damos conta disso. Tudo
é avaliado, até sua simpatia, mesmo quando isso não seja fundamental como
competência profissional.
Aprendi, portanto, que otimismo, fé e força de vontade podem
ajudar nessa transformação. Mas além disso, que acreditar no seu potencial, na
flexibilidade de ampliar seu olhar para novas experiências, tudo isso faz obter
bons resultados, no final das contas. Pode demorar, e essa demora muitas vezes
nos faz insatisfeitos, infelizes, desolados. Ninguém gosta de esperar.
Mas quando o retorno vem, de forma positiva, a satisfação
vem com gosto de vitória! Valeu a pena ser otimista! Bons pensamentos geram
bons frutos. Boas ações geram bons frutos.
2015 pode ter sido um ano esquisito, em princípio, com mudanças
bruscas, pesadas e com rupturas. Mas também serviu para enxergar além. Sair da
caverna e ver a luz lá fora. Dá medo? Claro! Qual mudança não gera medo? Ao
mesmo tempo dá força, um entusiasmo, uma energia renovada para criar, ser
diferente, experimentar, até dar certo de novo e você voltar para velha zona de
conforto. Fecha-se o ciclo.
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